Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

Pesquisar este blog

Translate

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O ônibus turístico de Bruxelas

Bonjour!

Os dias em Bruxelas têm sido lindos! Amanhece um pouco frio, mas lá pelo meio dia esquenta e só vai esfriar de novo lá pras 21h30. A cidade tem um vento mais frio que o de Paris e para aqueles que são mais sensíveis é bom trazer um casaco.
Logo no nosso segundo dia aqui descobrimos um ônibus turístico chamado “Brussels city tour” que faz um trajeto por toda a cidade. Foi o que nos salvou por aqui já que não estávamos entendendo os caminhos e ruas da cidade... Paga-se 18 euros e pode-se andar quantas vezes quiser durante 24 horas, podendo subir e descer nos pontos turísticos. O ônibus tem um fone de ouvido em que se pode ouvir sobre a história da cidade e de seus pontos principais em 8 línguas diferentes (menos português, é claro...). Ouvimos parte em francês e parte em espanhol.
Primeiro demos uma volta completa para tentar fazer um reconhecimento da cidade e descobrir quais eram os lugares em que valia a pena descer. Depois de 1h30 de passeio descobrimos o quanto Bruxelas é grande! Essa coisa de cidade pequena que se conhece em uma tarde é balela! Bruxelas tem uma cultura riquíssima, com diversos museus, praças, igrejas, monumentos...impossível conhecer tudo em um dia! As pessoas que dizem que isso é possível, provavelmente, são aquelas que vêm apenas ao centro histórico, olham a estátua do Manneken Pis, a Grand Place e compram chocolates. Contudo Bruxelas é muito mais que isso! Bruxelas tem um centro comercial moderno, com prédios gigantescos, chamado de “Manhatan Bruxelense”. Ele fica na parte mais ao norte da cidade e lá existe a versão bruxelense das Torres gêmeas.



Há também o parlamento europeu, afinal, Bruxelas não é apenas a capital da Bélgica, mas também a capital da Europa. É aqui que se reúnem os líderes dos países que formam a união europeia para decidirem os rumos que serão tomados por esse bloco econômico.



A Bélgica é uma monarquia e o país é dividido em duas partes: uma chamada de Valônia, com influência francesa, onde está situada Bruxelas e outra chamada de Flandres, com influência holandesa onde estão cidades como Bruges e Antuérpia. A Bélgica é um país independente desde 1830, tem uma economia forte ( preços relativamente caros em relação à Paris) e muitos imigrantes árabes. Aliás, fiquei impressionada com a quantidade de pedintes árabes que vimos nas ruas.
Também há muita gente estranha, meio doida, andando pelas ruas. Não chegam a incomodar. Outra coisa que vimos aos montes foram artistas de rua. Daqueles que tocam em qualquer lugar pra ganhar um trocado. E o mais interessante é que os pais, desde cedo, ensinam os filhos a colocar moedinhas nas latas desses artistas, assim as crianças entendem que aquilo é arte e merece pagamento.

Durante esse passeio de ônibus turístico, paramos no “Atomium”.É uma espécie de Torre Eiffel bruxelense, pois foi um monumento também construído para uma exposição, na feira de 1958, e que seria demolido após a exposição, porém, assim como a Torre, ele se tornou símbolo da cidade e permanece até hoje. Ele representa um átomo aumentado 65 milhões de vezes, foi criado para homenagear a indústria siderúrgica da Bélgica, que é muito importante por aqui. Nessa exposição de 1958 também foi apresentado ao mundo o Sputinick, o primeiro satélite do mundo.



Dentro do Atomium pode-se pagar uma entrada e subir suas escadas rolantes pra conhecer as salas com exposições sobre ciências, mas como não temos muito interesse por esse assunto preferimos ir ao Brupark, que fica ao lado do Atomium e visitar a “Mini Europa”. Trata-se de um parque onde se vê diversos monumentos europeus em versão miniatura. Nem tão miniatura, é verdade, porque a versão da Torre Eiffel é maior do que eu! A entrada custa 12,90 euros e você ganha um guia em uma das 8 línguas possíveis (sem português, de novo!). No guia há a foto ilustrativa de cada monumento e uma explicação sobre ele. Imprescindível para poder acompanhar o percurso.
A mini Europa é muito bonita e a gente tem a verdadeira noção de como a Bélgica é um país importante por abrigar todas aquelas nações em seu parlamento. Para quem deseja fazer essa visita é bom saber que a mini Europa fecha no inverno e só fica aberta de maio a setembro. É um passeio que vale a pena fazer em Bruxelas!
À noite fomos passear pela Grand Place para tentar vê-la iluminada, pois eu tinha ouvido falar que ela ficava muito bonita cheia de luzes. O problema é que aqui, no verão, só anoitece as 21h30 e tivemos que sentar no meio fio (aliás, como metade da população que estava ali) e ficar esperando.
É engraçado como o céu aqui parece mais perto. É claro que eu sei que, estando acima da linha do Equador, o céu realmente está mais perto, mas só tive essa sensação aqui na Bélgica. Lá em Paris eu não havia percebido isso! Talvez porque o céu daqui seja mais azul...
Quando o relógio deu 22h a praça se iluminou! Lindo!! O museu da cidade, que fica em um dos lados ficou todo esverdeado e a prefeitura toda cheia de luz!





Tiramos umas fotos e resolvemos atravessar a praça de um lado a outro...eu me senti atravessando a Torre de Babel! A cada passo, ouvíamos uma língua diferente: era francês, espanhol, italiano, inglês, árabe, português (sim, há muitos brasileiros visitando a Bélgica), além de outras línguas incompreensíveis...
Estávamos quase indo embora, quando às 22h30, em ponto, toda a praça se apagou e a prefeitura começou a piscar! Era um show de luzes e som! Lindo, lindo, lindo!! Eu estudei tanto sobre Bruxelas e nunca tinha ouvido falar nesse show!

Há um jogo de luz e sombras, umas músicas clássicas e o hino da Bélgica. Todos os dias às 22h30 isso acontece! É um espetáculo imperdível pra quem vem a Bruxelas. As fotos postadas aqui, nem de longe, conseguem captar a beleza desse show.




A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO DE 2009

Primeiras impressões de Bruxelas

Bonjour!

Amigos, sei que passei muito tempo sem postar, mas é que fui para Bélgica e lá a internet era paga e era cara, por isso esperei voltar para Paris para poder colocar aqui minhas aventuras na terra do Tim-Tim.
Fomos para Bruxelas na segunda-feira, dia 27, de trem. Compramos a passagem do Thalys que é um trem de alta velocidade que faz o trajeto Paris-Bruxelas em 1h22 minutos. Como tínhamos que entregar as chaves do apartamento até 10h e nosso trem só partia as 14h30, ficamos fazendo uma hora no Jardim de Luxembourg, que é bem pertinho da “nossa casa”.
A estação onde se pega o Thalys é a Gare du Nord e ali ficamos esperando o painel de horários dizer qual seria o trem. Ele saiu exatamente no horário, sem atrasar um só minuto!! Coisa de europeu!




Chegamos em Bruxelas na estação Midi e eu sabia que teríamos que pegar outro trem para a gare Central que era mais perto do nosso hotel, só que eu não sabia que a Gare Central também se chamava Louvine e cadê que a gente encontrava onde era a saída do trem? Ficamos alguns minutos rodando e procurando um guichê de informação. Finalmente conseguimos descobrir! Não precisamos pagar esse outro trem, pois a nossa passagem de Paris já dava direito a essa baldeação.
Chegamos a Gare Central e bem ao lado ficava o nosso hotel Ibis, que é bem parecido com o de São Paulo. Fizemos check-in e fomos explorar a cidade.
Qual não foi a nossa surpresa ao descobrirmos o quanto é complicado de se localizar em Bruxelas! O mapa não adianta muito, pois a ruas mudam de nome a cada quarteirão e tudo é muito parecido, o que nos deixa sem ponto de referência. Fomos procurar o Manneken Pis, que é uma estátua símbolo da cidade. Conta uma das lendas que quando Bruxelas estava em guerra um menino apagou uma bomba com o xixi e isso teria salvado a cidade. Existem outras tantas lendas acerca desse menino mijão (manneken pis, ao pé da letra, significa isso mesmo), mas o fato é que a estátua de mais ou menos 50 cm fica em um cantinho da rue de L'Etuve e é uma gracinha. Vários turistas ficam a sua volta para tirar uma foto e conosco não foi diferente...depois de um tempo em Bruxelas a gente acaba se apaixonando por esse menininho...


Depois andando mais um pouco chegamos à Grand Place,que é a praça central do centro histórico de Bruxelas. É lindíssima e abriga o prédio mais lindo que eu já vi na vida, onde funcionava a prefeitura. O prédio tem uma arquitetura tão detalhada que é impossível vê-la em apenas um dia. Ficamos um tempo ali na praça observando a beleza de tudo, extasiadas! Até os postes aqui são ornamentados com flores! Estávamos encantadas com Bruxelas. Ela parecia muito mais bonita do que imaginávamos. Claro que, como nem tudo é perfeito, duas coisas aqui nos incomodaram bastante: a dificuldade de localização e o calçamento das ruas que é todo (veja bem, eu disse TODO) em paralelepípedos.





Acho que agora eu começo a entender por quê é difícil encontrar guias sobre a Bélgica ou mesmo mapas de sua capital. A cidade parece feita de holograma, tudo é igual. Temos sempre a sensação de estarmos passando pelo mesmo lugar. Fora isso, tudo é muito bonito, limpo, as pessoas são simpáticas e o francês daqui é até mais fácil de entender que o de Paris.

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2009
Powered By Blogger