Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Viagenzinha à Paquetá (Sendo turista na própria cidade)

Olá, amigos!

No último carnaval, tudo o que eu queria era paz! Queria fugir do burburinho e da confusão da minha rua, onde há uma quadra de escola de samba do Grupo especial do Rio de Janeiro, então eu e meus amigos fomos passear em Paquetá, uma ilha que fica na Baía de Guanabara, a 1h10 do Centro do RJ.
O dia amanheceu chuvoso e até pensamos em desistir do passeio, mas havíamos combinado esse piquenique há mais de um ano e, da última vez que tentamos, nos frustramos por não termos conseguido ir. Então decidimos que uma chuvinha não nos deteria! Pegamos a barca na Praça XV as 10h30 da manhã (4,50 reais a passagem de ida) e concordamos em fazer desse um passeio verdadeiramente delicioso!
Esses aí embaixo são meus amigos na barca. Fizemos uma baguncinha na proa da barca...

...passamos por baixo da Ponte Rio-Niterói que tem 14 km de comprimento e 36 anos de construção...



...e finalmente chegamos à ilha de Paquetá, que tem apenas 400 habitantes fixos, mas que pode chegar a 3000 pessoas nos fins de semana e feriados prolongados...


Logo que chegamos, fomos ao Parque Ecológico de Paquetá, um belo parque com entrada grátis que fica na ponta esquerda da ilha. Ali sentamos em alguns bancos e fizemos nosso piquenique...e, claro, tiramos fotos! Aliás, o lugar, apesar do dia estar nublado, era lindo! E valia a pena tirar fotos com aquele belo cenário ao fundo...
Após a comilança, tínhamos que gastar aquele monte de calorias ingeridas, então resolvemos andar pela ilha. Andamos, andamos e andamos! Não satisfeitos, resolvemos fazer uma pequena trilha que leva a um belo mirante, muito usado pelos namorados. Subimos e apreciamos a linda vista...





Depois que descemos do mirante, continuamos passeando para ver outros pontos turísticos de Paquetá, como a estátua de golfinhos...


...que fica bem em frente à casa que pertenceu a José Bonifácio, o patrono da Independência...


...outro lugar muito bonito foi um caramanchão de pedra que encontramos pelo caminho...


...Há também pedalinhos em forma de cisne para quem quiser se aventurar a pedalar nas águas na Baía de Guanabara. Pessoalmente, eu não aconselho, a não ser que seu sonho de consumo em uma viagem seja voltar para casa com hepatite. Mas que os pedalinhos são lindinhos, isso são!



Foi em Paquetá que Joaquim Manoel de Macedo ambientou seu famoso livro "A moreninha" (que também virou novela da Globo). E assim como a catedral de Notre Dame ficou famosa pelo corcunda Quasímodo ou as ruas de Verona ficaram famosas por serem o cenário dos apaixonados Romeu e Julieta, Paquetá também tem seu local famoso, que salta da literatura para a realidade e que é conhecido como "A pedra da Moreninha", onde a protagonista Carolina espera pelo seu amado Augusto. O autor explica, no livro, a origem de uma fonte de águas cristalinas que teria existido ali até o século XIX. É uma história baseada em uma lenda indígena e também conta a origem do local que é hoje conhecido como "O túnel do Amor"...



...passando por esse pequeno e estreito túnel chega-se à praia conhecida como "Praia da Moreninha"...


...ao lado há uma pequena trilha (mais uma! Pra quem não gosta de trilhas, duas no mesmo dia está de bom tamanho!) que leva ao topo da pedra...



...mas só se chega ao topo, de fato, depois de passar por uma sinistra ponte de madeira que, pelo estado em que se encontra, deve ser do tempo que Joaquim Manoel de Macedo escreveu o livro. Enfim, depois do sacrifício, a vista vale a pena!...




Depois dessa meia-maratona de subidas e descidas, ainda nos faltava ver metade da ilha (e eu que achava que ela era pequena...), então resolvemos fazer um passeio de charrete (50 reais para 40 minutos de passeio. O preço é por passeio e não por pessoa!), aliás, um dos poucos meios de transporte que existem por lá. Ela só compete com o cavalo e a bicicleta, já que carros e ônibus não existem na cidade.
Descobrimos alguns lugares interessantes, com casinhas singelas de varandas floridas...



...pracinhas arborizadas com mesas para jogar damas...



...um cemitério de pássaros...


...e a lenda do baobá, que é uma árvore centenária apelidada de "Maria Gorda". Diz a lenda:
"Sorte por longo prazo
a quem me beija e respeita
Mas sete anos de atraso
a cada maldade a mim feita"


Achamos a cidade toda muito bucólica e interessante, ótima para o passeio de uma tarde, principalmente porque o dia estava relativamente fresco e pudemos passear bastante sem nos cansar muito.


Ás 17h30 há uma barca de volta e foi essa que pegamos. O dia foi muito divertido! É muito bom poder passar um dia feliz com pessoas que eu amo e que sei que me amam também. Amigos são um bem precioso na vida e Deus me brindou com alguns muito especiais! Afinal, amigos são os irmãos que escolhemos!

Até breve!

VIAGEM REALIZADA EM FEVEREIRO DE 2010

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A emoção vinda por E-mail

Ciao, amigos!

Planeja daqui, planeja de lá e eu aqui às voltas com guias de viagem, revistas sobre viagem, comunidades de viagem no orkut, blogs de viagem, sites de turismo de cidades interessantes, enfim, uma infinidade de informações que serão fundamentais para minha nova empreitada no velho continente.
Mas nada me deixou tão emocionada até agora do que fazer minha reserva em um hotelzinho de Veneza! Pois é...Veneza! Meu sonho em forma de cidade! Há anos sonho em visitá-la, em conhecê-la, em desbravá-la.
Quero andar pelas suas ruas labirínticas e me perder e me achar nessa cidade que é, na minha opinião, a mais romântica do mundo! Quero cruzar seus canais, suas pontes, respirar o aroma de seus mercados, andar de gôndola ouvindo um gondoleiro veneziano cantar desafinado e achar lindo! Quero entrar em suas igrejas, descobrir seus segredos, visitar seus museus e tomar um belline no Harry's Bar!
Quero me sentar ao pôr do sol na piazza San Marco e apenas observar...quero perceber o quanto a vida vale a pena, porque quem vai até Veneza (tenho certeza disso!) descobre que valeu a pena ter vivido para poder testemunhar essa maravilha de cidade e descobre como é simples ser feliz! Quem vai até Veneza deve ter a certeza de que o ser humano ainda tem jeito, pois foi capaz de criar algo tão belo e tão único e de perpetuar essa criação por mais de 1000 anos!
E hoje me senti mais perto de tudo isso quando recebi o email dizendo que minha reserva estava confirmada! Estarei ao lado da Piazza de San Marco que durante tantos anos povoou meu imaginário e me fez sorrir...Não dá para descrever como fiquei emocionada! Sei que parece meio ridículo, porém, para quem acalenta o desejo de conhecer essa cidade há mais de 25 anos, isso significa mais um passo rumo a esse sonho...mais um degrau galgado...em breve terei subido a escada inteira e lá de cima dela (e da Torre do Campanário) irei sorrir e dizer: "Veneza é mesmo tudo o que eu achei que fosse!"

Arrivereci!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Erros que acontecem...

Hola!!

Finalmente, depois de quase um mês, vou postar sobre minha última viagem a Buenos Aires, em janeiro de 2010. Na verdade, ela foi inesquecível, mas não no bom sentido da palavra e sim no pior de todos os significados: ela foi inesquecível porque eu estava muito mal acompanhada!
E não falo aqui da minha mãe e das minhas tias, que também foram a esse passeio e que são sempre companhias muito agradáveis. Falo de um certo cidadão que tive o desprazer de namorar por alguns meses e que cometi a burrice de levar comigo nessa viagem. O que prometia ser um sonho se tornou meu pior pesadelo!

Enfim, falemos do que interessa...
Buenos Aires continua linda! E quente! Aquele calor seco tão peculiar à cidade portenha. As praças continuam de um verde singular e o céu, de um azul invejável! Alguns monumentos estão sendo restaurados e os argentinos continuam muito simpáticos "con nosostros". Nada tenho a reclamar da cidade que, por duas vezes, me recebeu tão bem! Pelo contrário! Buenos Aires, para mim, é uma cidade que só merece elogios. É claro que ela tem seus problemas, como toda cidade grande, mas ainda preserva aquele ar "europeu" dentro da América do Sul.

Quando estávamos lá, presenciamos a morte de um cantor famoso chamado Sandro, el Gitano. Era uma espécie de Roberto Carlos portenho. A comoção nacional foi grande e ele foi velado no Congresso Nacional, bem perto de onde estávamos hospedados.
Dessa vez fiquei em um hotel de verdade: O Ibis-Congresso. Gosto dessa rede de hotéis. São todos limpos, bem cuidados, com atendimento simpático e, principalmente, bem localizados! Há um outro Ibis na avenida Corrientes ( a "Brodway portenha") bem em frente aos teatros e perto do Obelisco. Acho que, da próxima vez, ficarei lá. É mais movimentado. Não que a localização do Congresso seja ruim. Em absoluto!! Acontece que, à noite, há muitos mendigos e pedintes e eu, como carioca que sou, não quero ter de conviver com essa realidade tão de perto nas minhas viagens, afinal convivo com isso diariamente no bairro onde moro e, infelizmente, nada posso fazer para melhorar a vida dessas pessoas.
Aqui no Rio a gente acaba aprendendo a conviver com essas mazelas socais, o que não impede o carioca de ter cada vez mais medo de sair às ruas à noite...

Mas enfim, voltemos a Buenos Aires!!

Fui a poucos lugares diferentes dos do ano passado, mas três deles me chamaram a atenção:

1- O Museu Hispanoamericamo Fernández Blanco (calle Suipacha, 1422), que conta a história das várias civilizações de língua hispânica na América do Sul e cujo acervo belíssimo (!!) não pode ser fotografado...Tirei apenas fotos do jardim.
Esse museu é muito bonito, fica na Recoleta e se você saltar do metrô na Plaza Itália e tiver um mapa na mão, consegue chegar lá a pé.


2- O Palácio de Águas Corrientes (Avenida Riobamba, 750), que foi construído para ser o reservatório de água da cidade no século XIX e que parece mesmo um palácio visto de fora. Hoje em dia ele funciona como a "Cedae" aqui do Rio de Janeiro, mas vale a pena visitar pois é gratuito. Funciona de segunda a sexta de 9h as 12h e as 11h (segundas, quartas e sextas) há uma visita guiada muito interessante!


3- O museu de Arte do Tigre. Esse era um palácio que foi transformado em museu belíssimo e que só é possível acessar com guia, pois fica muito longe de tudo. Fomos com o Pablo, nosso incrível e simpático guia portenho. Eu já o conhecia desde a outra viagem e, dessa vez, contratei os serviços dele não apenas de guia no passeio do Tigre, mas de translado do aeroporto também. Excelente! Recomendadíssimo!

Pablo Blacher
Buenos Aires Trip
Desde el exterior Cel (54) 911-61471367
Desde Argentina Cel 1561471367
http://www.buenosaires-viajes.com.ar
Para consulta online no MSN: infobuenosairestrip@hotmail.com
(só lembrando que esse blog não recebe nada para fazer propaganda do Pablo, mas como ele é meu amigo e gosto dos serviços dele, faço isso de graça numa boa!)



Uma dica pra quem vai a Buenos Aires no verão:
A cidade agora tem um ônibus turístico, do mesmo estilo que eu peguei na Europa, no qual você pode descer e subir quantas vezes quiser durante o dia. Custa 50 pesos por pessoa para 1 dia e 60 pesos para 2 dias. No entanto, não compensa pegar esse ônibus! Pelo menos, não no verão! As filas são gigantescas e você pode perder até 2 horas esperando nelas. Sinceramente, tempo é o que não se tem para perder em qualquer viagem, portanto não aconselho a pegar esse ônibus, a não ser que sua intenção seja a de fazer o tour completo (em média 3 horas), ter uma visão geral da cidade e de seus pontos turísticos principais e escolher um deles para saltar durante o segundo tour e não pegar mais o ônibus! Caso contrário, é estresse na certa!

Fora esses três lugares diferentes que citei acima, fui aos outros lugares já conhecidos e descritos por mim neste blog: A Floralis Generica; A livraria El Ateneo; o tango do Café Tortoni; A casa Rosada, o Rosedal...lugares que foram muito mais divertidos de serem visitados ano passado sozinha ou com a galera do curso.

Contudo, entre brigas, lágrimas e arrependimentos, acho que consegui extrair o melhor de Buenos Aires que me foi permitido. Até porque a gente só sabe que determinadas pessoas não prestam quando se convive com elas e, principalmente, quando se viaja com elas! Bem que eu li em um dos tantos livros de viagem que "viajar junto com alguém pode consolidar ou destruir um relacionamento". E pode mesmo!

Porém, Buenos Aires estará sempre ali, a 3 horas de distância, pronta para me receber novamente com todo o seu carinho no próximo ano em que eu decidir ir para lá, afinal, sendo tão perto e tão barata, não vai ser difícil eu querer voltar muitas e muitas vezes, principalmente para fazer o que ficou pendente nessa viagem e para ratificar o ditado "antes só do que mal acompanhada", pois de uma coisa eu tenho certeza: mesmo que eu viaje sozinha, serei sempre minha melhor companhia!

Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2010
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