Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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domingo, 1 de agosto de 2010

Um passeio acidental ao Lido di Venezia

Ciao, amigos!

Acordei cedo hoje! Queria aproveitar o máximo de Veneza! Desci para tomar café da manhã no hotel. É bem farto! Há cereais, yogurte, salada de frutas, croisant doce, pão salgado, queijo, presunto, manteiga, nutella, café, leite, suco e chá. Excelente!
Como eu havia comprado o Venice Card ontem, mas só vou começar a usá-lo no domingo, comprei um passe de 24h para o vaporetto que custou absurdos 18 euros e fui ao Museo dell'Accademia di Venezia (que não está nos museus contemplados pelo passe), cujo ingresso custa 6,50 e é o seu passaporte para o paraíso barroco e renascentista de Tintoretto, Veronese, Ticiano e Tiepolo. Cada quadro mais bonito e impressionante que o outro! Como não poderia deixar de ser, todos com temática religiosa.



Infelizmente não eram permitidas fotos. Fiquei lá umas 2 horas contemplando tudo, observando a grandiosidade daquelas obras, a noção incrível de profundidade dada pelos artistas que fazia com que eu achasse que a figuras iriam sair da tela direto para a realidade. Magnífico!
Depois que saí, resolvi passear no entorno e percebi como a visão da Igreja da Salute é bela vista da ponte da Accademia. Fiquei meio boba ali olhando tudo...e fui andar. Fazer aquilo que todo mundo faz: me perder em Veneza!!

Fui ao Campo Santo Stefano que tem uma linda Igreja, mas que não permite fotos...caminhei, virei aqui, entrei num beco acolá e descobri a Igreja de San Vidal, uma gracinha! Também descobri que é época de concertos na Igrejas venezianas e por qualquer uma que se passe é possível ouvir o som de Vivaldi, célebre compositor da cidade que criou aqui sua obra mais famosa: “As quatro estações”!




Voltei ao “pontile”( que é o píer onde se espera pelo vaporetto) com intenção de ir a Igreja da Salute (essa ao fundo da foto), mas adivinhem? Peguei o vaporetto errado!!! Ele passou direto e não parou na estação que eu queria. Resultado: fui parar em San Marco. Sem problemas. Acabei descobrindo um simpático jardinzinho público e comi uma fatia de pizza, pois, a essas alturas, já estava com fome. Dali resolvi pegar outro vaporetto e pimba! Outra vez errado! Dessa vez era o número certo, mas a direção errada! Sou uma perdida mesmo! Fui parar na Ferrovia e, nesse momento, resolvi fazer o passe de 24h valer a pena e peguei outro vaporetto (dessa vez o certo!) até o fim da linha, no Lido.




O Lido di Venezia é uma parte ligada ao continente, na verdade, é o Lido que separa Veneza Santa Lucia do mar Adriático. É uma espécie de restinga para onde vão, no verão, as pessoas que tem dinheiro, pois o Lido é o balneário de Veneza.
Já que estava indo para lá, tirei milhões de fotos de Veneza vista de longe...e ao chegar lá fui explorar um pouco a região. Ao saltar do vaporetto, depois de quase 1 hora dentro dele, eu estava meio mareada e minha labirintite dava sinais de sua existência. Mas em alguns minutos eu estava ótima e passeando pelas belas ruas da cidade. Tudo muito florido e arborizado.



Ao sair do vaporetto, você pode seguir em frente pela rua S.M. Elizabeta até uma rotatória linda, toda florida. Ali, vira-se para a esquerda e em menos de 3 minutos você se depara com a praia! Pra quem é carioca e está acostumado com praia desde criança, é engraçado ver aquela praia fechada, quase particular, cheia de cimento em volta.



Ali pode-se alugar os guarda-sóis (ombrellones) ou uma espécie de casinha onde você guarda suas coisas e tem banheiro. Você não pode simplesmente chegar e armar sua barraca. Tem de alugar um espaço para poder ir à praia! E tudo custa muito caro! Pelo menos para o meu padrão de Rio de Janeiro, em que a praia é o programa mais barato que o carioca pode fazer. Mas valeu a pena ter conhecido o Lido. Acho que se não tivesse sido assim, meio por acaso, eu não teria ido lá. Essa é a vantagem de se ficar muito tempo em um só local: dá para descobrir tudo sem ter de deixar de ver nada do que foi planejado!



Na volta, terei lindas fotos da laguna dourada pelo sol...e saltei em San Marco,em um lado que eu ainda não tinha visto. Acabei passando, sem querer, pela “Ponte dos Suspiros” e vi que o Palazzo Ducale está em reforma, portanto, não poderei passar por baixo da Ponte, como eu gostaria.



Veneza está sendo uma descoberta mágica pra mim! Estou muito feliz! Tudo o que falam de ruim da cidade parece tão ínfimo perto da grandiosidade que ela possui que ainda não fui capaz de perceber seus problemas. Tudo o que vejo é beleza!

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010

Veneza: a realização de um sonho!

Ciao, amigos!

Finalmente, depois de quase 25 anos de espera, realizei um dos meus grandes sonhos: Estou em Veneza!!! Estou tão feliz e emocionada que é até difícil descrever em palavras o que estou sentindo! Mas vou tentar...vamos lá...
O trem saiu da Estação Milano Centrale no horário. É um trem rápido chamado Eurostar City. A viagem foi bem tranquila e a medida que o trem começava a parar em cidades conhecidas, meu coração ia acelerando! Primeiro Verona, depois Vicenza, Pádua, Veneza mestre e finalmente...Veneza Santa Lucia!!! Ao se aproximar da laguna o trem vai indo cada vez mais devagar e já deu pra ver que a cidade era mesmo tudo o que se vê nos livros!
Desembarquei sem pressa e fui até o balcão de informações turísticas comprar o “Venice Card”, um passe que dá direito a uso ilimitado de vaporettos, entradas gratuitas e com desconto em vários museus e igrejas e direito ao uso dos banheiros públicos da cidade. Para 7 dias paguei 96 euros (sem o alilaguna que é o transporte até o aeroporto Marco Polo. Como sairei de Veneza de trem não havia necessidade de pagar esse suplemento) .
Só então saí da estação e me deparei com tudo o que vi em filmes a vida inteira! Uma cidade sobre a água! Simplesmente um sonho!


Entrei no vaporetto número 1 com destino ao Rialto e fui fotografando todo o caminho. O dia não estava bonito, fazia frio, ventava um pouco e havia um prenúncio de chuva no ar, mas ainda assim, Veneza parecia tão bonita como em todos os cartões postais que eu já vira. Estar ali, dentro daquele vaporetto, atravessando o Grande Canal rumo ao meu hotel era a certeza de que tudo valera a pena! Todo o planejamento ao longo de tanto tempo, todo o estudo, toda a economia feita para poder viajar, tantas coisas das quais abri mão, tudo e todos que deixei lá no Brasil...sim, estar em Veneza era a certeza de que sonhos podem se realizar e que, às vezes, a realidade é melhor que o próprio sonho!


Chegando na estação Rialto, peguei a Calle Bembo ( que é um beco super estreito) e fui andando até chegar ao hotel que eu havia reservado. O nome dele é “Al Gambero”(calle dei Fabbri, 4687) e é um hotel 3 estrelas a 2 minutos da Piazza San Marco. Fiz o check-in e, tirando o fato de ter de subir 3 lances de escada com minha malinha rosa pesada, me senti muito chique! Tudo é muito limpo, muito luxuoso e bonito. Fiquei encantada com o quarto! É do jeitinho que mostra no site! Lindo! Tem até uma chaleira térmica para esquentar água e eles deixam em uma bandeja café solúvel e chá! Uma graça! Mas o melhor foi o banheiro! Tinha até uma banheira!! o hotel custou 95 euros por noite, mas valeu cada centavo investido! Principalmente porque, ao abrir a janela, me deparo com um Canal e vejo gôndolas passando lá embaixo! Me senti dentro de um filme!!









Depois de curtir um pouco meu quarto, fui passear. Andei alguns metros e lá estava ela: a Piazza San Marco! Linda! Enorme! Do lado esquerdo a Basílica e uma fila enorme para entrar...o lado, a torre do Relógio e em frente, o Campanário! Era ali que eu queria ir no meu primeiro dia em Veneza!







Subi de elevador (8 euros) e lá de cima pude ter a noção exata de como Veneza é encantadora! A cidade parece flutuar na laguna! É mágico! Tirei um milhão de fotos, fiquei um bom tempo observando tudo e, de repente, aquele prenúncio de chuva virou realidade e vi, aos poucos, aquela nuvem cinza se aproximando...foi então que o vento se intensificou e, sem demora, começou a soprar acompanhado de um fina camada de água. Certamente deve ser lindo subir no Campanário em um dia de sol, mas ver a chuva cobrindo a cidade lá de cima foi, em dúvida, inusitado. Poucos turistas já devem ter tido essa visão.








Descemos e, quando cheguei lá embaixo, chovia à cântaros!! Era tanta chuva que, dos gárgulas da Basílica, se podia ver escoar aquela cachoeira! Era uma visão esplêndida! Eu sempre quis ver como seria a água escoando pelos gárgulas e Veneza me deu esse presente! Parecia ridículo, mas eu estava feliz mesmo com a chuva!



Fiquei quase 1 hora no Campanário esperando que estiasse um pouco, afinal eu tinha medo de me molhar e pegar outro resfriado. Assim que deu, saí e a primeira providência foi fazer o que todo mundo estava fazendo: comprar uma capa de chuva!
Parei em um restaurante para almoçar/jantar e esperar a chuva passar de todo. A comida estava ótima. Lasagna!


Ao sair, fui até ponte do Rialto passear um pouco. Vi várias máscaras lindas! Dá vontade de comprar tudo! Veneza é um paraíso para os olhos! Tudo é muito bonito e muito colorido!
Depois de algum tempo começou a chover novamente e resolvi voltar para o hotel, tomar um delicioso banho de banheira e me organizar para passear amanhã.
O que posso dizer até agora é que Veneza flutua entre o sonho e a realidade e eu me sinto em um universo paralelo onde tudo pode ser possível e onde o terreno do onírico se confunde com o terreno do real numa parceria simbólica tornando a cidade o resultado entre a inspiração humana e a divina.

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010

Finalmente consegui postar! Atualizando...

Ciao, amigos,
Estou no trem, indo para Veneza e, como tenho algumas horas pela frente, resolvi escrever sobre um passeio que fiz em Milão ao Castelo Sforzesco, que é um local que simboliza a era do Renascimento Dourado. Ele foi construído pela família Visconti para ser uma fortaleza,depois se transformou em Forte Renascentista e depois em residência de nobres. Na época de Napoleão virou um quartel.
O passeio é muito bonito, o castelo tem mesmo uma aura de fortaleza, com muros, torres e o que restou das pontes levadiças...dentro dele existes diversos museus. Visitei o de arte antiga e vi cada coisa linda! Esculturas em pedra feitas em séculos em que o Brasil nem existia ainda! Impressionante!












O passeio demorou umas 3 horas, com calma. Saindo de lá, peguei novamente meu ônibus turístico e fui ver outros pontos da cidade que ainda não tinha passado...



Milão tem muitas Igrejas e uma arquitetura bem interessante. A maioria dos prédios parecem ter sido construídos há século atrás! Há algumas curiosidades como o fato de, de repente, no meio da rua, nos depararmos com um pedaço de ruína que foi preservado...


Há também alguns monumentos engraçados como uma agulha gigante que simboliza a alta costura milanesa...



Um prédio estranho chamado “Torre Velasca”que foi o primeiro arranha-céu construído em Milão...



Um jardim público muito arborizado com um planetário que eu planejava visitar, mas que acabei não tenho tempo...




Milão é uma cidade bonita, mas não tenho vontade de voltar aqui. Aliás, vejo que saí dela no dia certo, pois, pela janela do trem a chuva caía copiosamente! Gostei muito do passeio ao Cenacolo Vinciano, e aconselho a quem planejar vir a Milão, fazer a reserva pela internet, pois vale a pena (se você gostar de pintura, é claro!), mas, de um modo geral, a cidade não tem muitos atrativos e se parece bastante com o Rio de Janeiro (tirando o fato de haver asiáticos e árabes para todos os lados! Agora eu entendo as regras duras da política europeia contra a imigração!) porém sem as belezas naturais da cidade maravilhosa.



Agora estou ansiosa para chegar a Veneza,cidade com a qual sonhei por anos, desde que vi o filme “Um pequeno romance”. Dizem que Veneza é uma cidade que ou você ama, ou odeia, pois ela é muito diferente de tudo o que já se viu. Vou descobrir e espero amá-la ao vivo como a amei por tantos anos no meu imaginário. Que venha Veneza!

Arrivederci!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO/AGOSTO DE 2010
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