Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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segunda-feira, 29 de julho de 2013

A Nova Rodoviária Novo Rio (da série "Sendo turista na própria cidade")

Olá, amigos!

A Rodoviária Novo Rio, no Rio de Janeiro, já foi bem ruim. Houve um tempo em que ela estava mais para um simples terminal de ônibus que propriamente para a principal Rodoviária de uma cidade tão grande como o Rio. Porém, isso mudou há alguns anos, quando ela foi revitalizada e passou a ter uma cara mais hospitaleira e, por que não dizer, até agradável.
Fui buscar um amigo lá um dia desses e pude ver que, agora, a Rodoviária da minha cidade conta com serviços mais dignos para o turista.
Para começar, no desembarque, logo embaixo da escada rolante, há um novo e grande posto de informações Turísticas, com funcionários simpáticos e bilíngues e material informativo de qualidade, tanto em português como em inglês. São mapas; informativos sobre as linhas de ônibus e metrô; dicas de o que fazer na cidade, tudo em um guia completinho que tem edição mensal. Ponto para a Riotur!
Fiquei muito feliz em ver que a Novo Rio agora tem esse tipo de serviço para fazer o turista se sentir mais acolhido e menos perdido ao chegar à cidade.

Posto de Informações Turísticas embaixo da escada rolante

Funcionários simpáticos dispostos a ajudar

Guia mensal informativo

mapa


Placas espalhadas pela Rodoviária
Além disso, a Rodoviária  possui também caixas eletrônicos de diversos bancos (Itaú, Bradesco, Santander e Caixa Econômica); várias lojas de roupa; doces; souvenirs, bancas de jornal; uma agência dos correios; uma casa de câmbio e um guarda-volumes. Há ainda duas praças de alimentação com algumas lanchonetes bem conhecidas como Spoleto e Girafa's. Também é possível ver muitos guardas, alguns são seguranças da própria Rodoviária, outros são da Polícia Militar.
A maioria dos balcões das Companhias de ônibus está localizada na parte de cima, mas é possível comprar as passagens com antecedência pela internet no site da Rodoviária (www.novorio.com.br) e pelos corredores é possível ver telões com os principais horários de embarque e desembarque.
Telões para conferir o embarque e o desembarque
Para quem, como eu, presenciou uma Rodoviária decadente há menos de 5 anos atrás, é muito bom poder me orgulhar dela agora. O único grande problema da Rodoviária Novo Rio continua sendo o acesso por transporte público. Na saída do desembarque há alguns balcões de táxi que cobram preço fechado para a corrida. Claro que é possível conseguir um táxi na rua, a preço de taxímetro, contudo, diante das obras que estão acontecendo ao redor da Rodoviária por causa do chamado "Porto Maravilha", essa tarefa é um pouco mais complicada já que é preciso ir para o meio da rua com malas e aquela não é uma região muito segura, especialmente à noite.
Para quem quiser sair de ônibus municipal, existe o terminal Padre Henrique Otte, que fica na rua à direita de quem sai do desembarque, dentro de um antigo galpão. Ali há diversas linhas de ônibus que atendem principalmente à Zona Sul e à Zona Central do Rio de Janeiro, contudo há o ônibus 353 que vai para a Zona Norte (Praça da Bandeira; Maracanã; Vila Isabel) e faz ponto final em Jacarepaguá, na Cidade de Deus. Como existem muitos fiscais nesse terminal, pode-se perguntar a eles qual seria o melhor ônibus para atender às suas necessidades.

Espaço de Convivência criado para a Jornada Mundial da Juventude, mas que promete permanecer

Infelizmente a Rodoviária ainda não possui uma estação de metrô (e parece que isso não acontecerá tão cedo, visto que não faz parte dos planos para as obras da prefeitura e do Estado até 2016, quando o Rio de Janeiro vai abrigar as Olimpíadas) e isso dificulta bastante, contudo creio que ela já melhorou muito e, dependendo de onde você vem e para onde você vai no Rio de Janeiro, às vezes pode ser mais fácil sair da Rodoviária que do Aeroporto.
Creio que a Novo Rio ainda pode melhorar muito e assim que terminarem as obras que acontecem em seu entorno, voltarei aqui para contar.

Até Breve e Boa Viagem!

Em tempo: Este blog não recebeu nada para fazer propaganda da Rodoviária, apenas estou orgulhosa de ver as melhorias aparecendo na minha cidade, portanto este post NÃO é patrocinado!

terça-feira, 16 de julho de 2013

Um museu para quem gosta da Idade Média

Bonjour, amigos!

Um dos museus que melhor ilustra a época medieval, em Paris, é o Museu Cluny, localizado no número 6 da Place Paul Painlevé, esquina com a Boulevard Saint Michel no coração do Quartier Latin. Ali pode-se ver as cabeças dos reis de Judá, decapitadas da Notre Dame na época da Revolução Francesa; alguns vitrais de igrejas; peças religiosas bem valiosas que agora ficam no restaurado Friggidarium (onde, na época em que a França era território do Império Romano, eram as antigas termas de Cluny); belas tapeçarias que contam como era a vida naquela época tal como histórias em quadrinho; peças raras de Limoges e o famoso conjunto com 6 tapeçarias chamado de  "A Dama e o Unicórnio". Na verdade, essas tapeçarias acabam de ser restauradas e, enquanto a sala onde elas ficam é restaurada também, elas estão no Museu de Tokyo, até o fim de 2013, portanto se seu intuito era apenas vê-las, não vale a pena pagar os 8,50 euros da entrada.
Contudo eu garanto que há bem mais para se ver ali dentro que "A  Dama e o Unicórnio", mas isso só vale para quem gosta da Idade Média.
Entrada do Museu


Cabeças dos Reis de Judá

Vitrais

Aviso de que a sala da "Dama e o Unicórnio" está fechada para restauração

Pietá de Tarascon

Tapeçarias

Jóias de Limoges

Capela

Peças usadas no dia-a-dia pelas pessoas da Idade Média

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JUNHO DE 2013

domingo, 14 de julho de 2013

Uma deliciosa escapada à Suíça

Bonjour, amigos!

Um dos passeios mais bacanas que fiz quando estive na Suíça em 2010 foi o passeio do Trem do Chocolate. Foi tão bom que resolvi repeti-lo na viagem desse ano. O esquema que usei foi o seguinte: Com 3 meses de antecedência da viagem, entrei no site http://www.goldenpass.ch/CMS/default.asp?ID=414    e comprei online a reserva. Imprimi e levei esse papel que vale como passagem (não é voucher, portanto, não precisará ser trocada). No dia escolhido fui até a estação de trem de Montreux (chegue sempre com uns 15 minutos de antecedência) e, da plataforma 7, saiu o trem. Pode até ser que você dê a sorte de conseguir comprar lá, na hora, mas acho bem pouco provável. Como a Suíça não é um destino em que os brasileiros costumam passar muito tempo, é melhor garantir seu passeio antes de sair do Brasil.
Ao fazer a reserva, clique em “Montreux” como estação de partida e “Broc-Chocolat” como estação de chegada. Se puder, escolha os lugares do trem que aparecem na parte superior do desenho, pois a vista é mais bonita. É sempre bom lembrar também que esse passeio só acontece entre maio e outubro (toda segunda, quarta e quinta. Em julho e agosto o trem sai todos os dias da semana). A passagem custa 99 francos suíços atualmente e é bem tranquilo de comprar com cartão de crédito, desde que seja internacional.

O passeio já começa pelo próprio trem que é todo em estilo Belle-Époque, com poltronas acolchoadas com tecido em veludo, muitos adornos dourados e janelões bem grandes para se apreciar a vista. Ali será servido um café da manhã, incluído na tarifa. Você pode escolher entre café com leite, chá ou ovomaltine. Acompanha um croissant de chocolate e um pequeno tabletinho de chocolate da fábrica que mais tarde será visitada.

Interior do trem

vista 

café da manhã servido no trem
De Montreux se vai subindo até a Fábrica de queijo Gruyére, onde se visita a fábrica (ingresso e audioguia incluídos. Não tem em português, mas há a possibilidade do espanhol). A visita é relativamente curta. Ali pode-se ver como são feitos os famosos queijos Gruyére e vemos também como são tratadas as vacas que dão o leite para fazer esse queijo, assim é possível entender porque eles são tão caros. No fim, há uma lojinha com degustação e onde pode-se comprar diversos tipos de queijos (dica: não compre chocolates ali, pois na fábrica de chocolates eles são mais variados e mais baratos!)


Dali, pega-se um ônibus para a cidade de Gruyéres. Tecnicamente essa é a parada para o almoço. Fica-se umas duas horas na cidade, tempo suficiente para se conhecer as ruazinhas cheias de flores, as lojinhas repletas de souvenirs, o castelo de Gruyéres, cujo ingresso também está incluso no passeio, basta apresentar a passagem na bilheteria do castelo. Uma curiosidade: Há folheto explicativo em português explicando as mais de 20 salas que compõem o castelo. A vista é fantástica! Vale muito a visita. Além de tudo isso, ainda dá tempo de comer um crepe numa lojinha que fica bem na entrada da cidade, ao lado de uma escadinha simpática.

vista a partir do Castelo de Gruyéres

castelo de Gruyéres

Cidade de Gruyéres

Vista da cidade com o castelo ao fundo
Depois, pega-se novamente o ônibus e se vai até a Fábrica de chocolates Cailler-Nestlé, onde se pode optar pela visita em inglês, francês ou espanhol. Ingressos inclusos também. A visita pela fábrica é divertida, cheia de efeitos especiais e creio que seja um bom passeio para ser feito com crianças mais velhas (na faixa dos 10, 12 anos), desde que elas já possam entender o idioma.
No fim do passeio há a degustação. São mais de 20 tipos diferentes de chocolate para serem experimentados. Dica: preste atenção nos que você mais gostar, pois após a sala de degustação há a loja, onde se pode comprar todos aqueles chocolates maravilhosos. O preço é justo, levando em conta que é um chocolate suíço. Nada exorbitante. Na loja eles aceitam cartão de crédito e Visa Travel Money.


Dali já é hora de voltar. Pega-se o trem novamente e volta-se para Montreux pela mesma estradinha simpática.
Como eu achei Montreux uma cidade um tanto cara em termos de hospedagem, optei por ficar em um albergue em Genebra que fica a 1 hora de trem. Mesmo com a passagem, ainda saía mais barato que ficar em um hotel nas imediações da estação de Montreux. Fiquei no City Hostel Geneva (http://www.cityhostel.ch/spanish/index.html) , um albergue muito limpo e bem perto da estação de trem Cornavin, em Genebra. Já é a segunda vez que fico lá e recomendo muito pois é um albergue que tem tudo que se pode esperar (vale deixar claro que esse post não é patrocinado! Realmente conferi e gostei dos serviços desse albergue).
Para quem vai dar uma escapada à Suíça e estará na parte francesa do país, aconselho a fazer o passeio do Trem do Chocolate, pois é uma maneira bem divertida e gostosa de conhecer um pedacinho desse país tão bonito!

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JUNHO DE 2013

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Um passeio pelas ladeiras de Montmartre

Bonjour, amigos!
Montmartre é um dos bairros mais charmosos de Paris, na minha opinião. E a despeito de tudo o que dizem sobre os perigos que rondam a região, continuo achando que ele tem uma aura deliciosa e que é impossível não se apaixonar pelo bairro em uma breve caminhada por suas ladeiras cheias de história. 

Ladeira de Montmartre




Bateau Lavoir

Fotos de Modigliani (no alto, de perfil) e Picasso (sentado, embaixo), figuras ilustres do Bateau Lavoir
Um dos lugares que chamam a atenção é o Bateau Lavoir, um prédio onde moraram alguns artistas ao longo de vários anos, incluindo Picasso e Modigliani, que, inclusive, estiveram lá na mesma época. Era um local pobre, uma espécie de cortiço, mas de onde saíram algumas das maiores obras da arte moderna. Hoje o prédio propriamente dito nem existe mais, pois pegou fogo em 1970, mas há uma referência a ele com fotos de pintores e algumas histórias de seus quadros (alguns que estão, hoje, no Museu de Montmartre)

Outro local interessante de se ver é a Place Marcel Aymé, onde está a estátua conhecida como “Passe Muraille”, que é um personagem de um conto que tinha o dom de passar através das paredes, até que um dia ele fica preso entre elas. Marcel Aymé era o escritor desse conto e viveu em Montmartre, assim como diversos artistas entre escritores, pintores e escultores. Talvez seja por isso que o bairro tenha uma aura tão mágica, afinal, era o reduto dos artistas.


Passe Muraille
No topo de Montmartre está a Baílica de Sacre-Coeur, uma igreja linda (embora muitos franceses não gostem dela) e que foi erguida a partir de uma pedra especial que fica cada vez mais branca em contato com a água.


Sacre-Coeur
 Do alto de Montmartre  dá para ver os tetos de Paris e dá para se sentir um pouco dentro do filme “O fabuloso destino de Amélie Poulin”. Ali no número 11 da rue du Mont Cenis existe uma lojinha chamada “Montmartre village” com diversas lembrancinhas simpáticas e a bons preços para se presentear os amigos.

Descendo Montmartre

Uma ruazinha fofa
Há muito mais para se ver em Montmartre. Há o Moulin Rouge; a Place de Tertre; o Espace Dalí; o Museu de Montmartre;  o Moulin de la Galette; o muro do "eu te amo"  e tantos outros lugares que valem a pena descobrir, por isso aconselho a todos a pegarem um mapa e irem descobrindo o bairro do seu jeito, afinal não existe apenas um modo de visitá-lo ou de conhecê-lo. Uma boa opção é pegar o  trenzinho que sai da praça em frente ao metrô Blanche, dar a volta para descobrir qual o seu cantinho preferido nesse bairro tão charmoso.

Moulin de la Galette

Muro do "eu te amo"
A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JUNHO DE 2013

Feiras de bairro em Paris

Bonjour, amigos!
Um dos grandes prazeres de se morar em Paris deve ser o de poder frequentar as feirinhas que acontecem, todos os dias da semana, em bairros diferentes. A feira de Saint Germain des Prés, no 6 arrondissement, tem de tudo: cerejas enormes, do tamanho de uma bola de gude; morangos e framboesas com um aroma delicioso, legumes diferentes como aspargos frescos, mini rabanetes e mini cenouras com talos; peixes e camarões de dar água na boca e muitos condimentos interessantes. Posso imaginar que, para quem gosta de cozinhar, seja um oásis visitar um lugar como esse. O mais impressionante é que as feiras são pequenas, geralmente em uma praça, mas tem de tudo e com alta qualidade. E nada é tão caro assim que impossibilite mesmo a nós, brasileiros, de comprar bons ingredientes para um almoço de domingo.







A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JUNHO DE 2013
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