Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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sábado, 25 de abril de 2015

Paraty: uma cidade que não é para mim.

Olá, amigos!
No meu último aniversário resolvi ir a Paraty, uma cidade histórica que fica entre o Rio e São Paulo e por onde se chega através de uma estradinha sinuosa que passa por Angra dos Reis. A empresa de ônibus que leva, a partir do RJ, é a Costa Verde, saindo da Rodoviária Novo Rio e são mais ou menos 5h de ônibus. A distância nem é tão grande, mas como a estrada é cheia de curvas (o que, aliás, não aconselho para quem sofre de labirintite) então o ônibus acaba indo mais devagar, sem contar o fato de que ele entra e para em algumas cidades pelo caminho.
Essa não era minha primeira vez na cidade. Cheguei a ir em 2011, para o festival de música latina, contudo, na época, eu namorava um carinha bem desagradável que conseguiu transformar minha viagem em um inferno, o que foi, inclusive, a deixa para que eu pudesse terminar com ele.
Dessa vez eu estava indo como gosto: sozinha e com a viagem toda planejada para poder aproveitar tudo o que a cidade tinha a me oferecer.
A rodoviária de Paraty fica bem perto do Centro Histórico e dá para ir a pé. Eu estava hospedada na Pousada Casa do Rio (Rua Antonio Oliveira Vidal, 120), um albergue meio caidinho, mas era o que eu podia pagar.  A dona do hotel foi até simpática, quando eu cheguei, me explicou como tudo funcionava e me mostrou o quarto para 6 pessoas que só estava ocupado por duas australianas. Conversei um pouco com elas (em francês, já que não falo inglês) e descobri que aquela seria a última noite delas ali e que no dia seguinte elas partiriam para Angra.
A pousada oferece locker (mas é preciso levar seu próprio cadeado), piscina, vista para a lago, passeio de barco (que eu não me interessei em fazer) e café da manhã bem simples, mas satisfatório, entretanto  o quarto é bem apertado e o ventilador era meio fraco, levando em conta que estávamos em pleno verão!
Deixei as coisas lá e fui passear. Passei  por uma agência de turismo chamada “Estrela da Manhã” (Avenida Roberto Silveira, 31) e comprei um city tour pelo Centro Histórico a pé para o dia seguinte.  Mesmo assim, fui dar uma voltinha por lá só para reconhecer o terreno e comer alguma coisa, levando em conta que já eram 18h e eu não tinha almoçado ainda.  Fui a um restaurante chamado “Paraty 33” logo na entrada do centrinho histórico,  e que tinha sido a minha única lembrança boa da minha viagem de 2011. Porém, dessa vez, a comida estava meio sem graça. Não era ruim, mas não tinha muito gosto. Pedi peixe achando que seria bom, afinal, Paraty é uma vila de pescadores, mas me decepcionei...
Voltei para a Pousada para dormir cedo. Aquele era o dia da primeira Lua cheia do mês e no meio da madrugada acordei e vi aquela lua linda no céu!


 Dia seguinte, depois do café, lá fui eu fazer o tal City Tour. Até que foi bom. A guia nos contou a história do lugar durante 2h30. Passamos por igrejas, lojas, praças e fomos até a Casa da Cultura. Tudo arrumadinho, bonitinho, porém nada que me encantasse. Naquele momento eu percebi que Paraty jamais entraria para o rol das cidadezinhas fofas que amo . No fundo, eu estava um tanto decepcionada. Esperava me apaixonar por ela como me apaixonei por Conservatória ou Colônia do Sacramento, ambas com o mesmo estilo arquitetônico e topográfico.  Mas isso simplesmente não aconteceu.  A cidade me pareceu um tanto enfadonha.





O city Tour acabou e  eu fui almoçar num restaurante chamado “Candeeiro”. Novamente pedi peixe e novamente ele estava meio sem graça ...mas melhor que o do dia anterior.
Foi durante o almoço que desisti definitivamente de ficar na cidade e fui até a rodoviária antecipar minha volta de domingo para sábado.  Começou a chover e voltei para o albergue para arrumar minhas coisas e esperar a chuva passar.
No fim da tarde, voltei ao Centro Histórico e, como havia chovido, consegui tirar aquela clássica foto do reflexo dos casarios na água. Ficou bacana. Aproveitei para passar numa lojinha chamada “Empório da Cachaça” (rua Dr. Samuel Costa, 22) e comprar um licor de milho verde muito gostoso que eu havia experimentado durante o City Tour de manhã.




A chuva recomeçou e parei para me abrigar numa cafeteria bem fofinha chamada “Café Pingado” que foi minha melhor experiência na cidade. Comida boa, café bem gostoso e atendimento muito simpático. Preços justos.
O difícil foi conseguir voltar para o albergue, pois  estava tudo alagado. As ruas pareciam rios! A guia havia contado, pela manhã, que o chão em pé de moleque, que foi originalmente colocado pelos escravos, já foi retirado 3 vezes: uma para colocarem manilhas, outra para colocarem os dutos com os fios de luz dado o risco de incêndio com os fios pendurados e a última, há 2 anos, para trocar as manilhas que já estava velhas. Só que na última recolocação, o piso ficou irregular e andar por lá sem tropeçar é agora tarefa árdua até para os moradores da cidade. Só que nessa história de tira e põe piso, aquele caimento que havia no piso original e fazia com que a água da chuva corresse para o mar, não existe mais, portanto, quando chove, agora, ninguém mais consegue andar pela cidade sem enfiar o pé até a canela na água!
Finalmente cheguei ao albergue, arrumei tudo e fui dormir, feliz da vida, que no dia seguinte eu iria embora!  Realmente eu não gostei de Paraty (sinto muito pelos leitores do blog que amam essa cidade e vão se chatear comigo) e não pretendo voltar. É uma cidade que dei como “conhecida” e, para mim, já está de bom tamanho.


Até a próxima! 
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