Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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sábado, 20 de fevereiro de 2016

Arles, um bate e volta bem interessante a partir de Nîmes.

Bonjour, amigos!
Um dos passeios que fiz quando estava em Nîmes foi um bate e volta até Arles, uma cidade da região da Provence que, assim como Nîmes, também foi construída na intenção de reproduzir Roma.  Essa foi a cidade que Van Gogh escolheu para pintar mais de 300 telas, incluindo os famosos girassóis. O centro histórico de Arles ainda possui partes da muralha que cercava a cidade. Suas ruazinhas são estreitas e bonitinhas.
Saí cedo de Nîmes, peguei um trem e em menos de 30 minutos eu estava em Arles. A estação de trem não fica longe do centro da cidade, mas caso esteja chovendo ou você não queira andar, pode pegar um micro ônibus vermelho no ponto em frente à estação que ele te deixará bem no meio da cidade e o melhor: é de graça!
Ponto de ônibus em frente à estação de trem de Arles
O primeiro lugar onde fui foi, logicamente, as Arenas, o anfiteatro onde, em tempos antigos, cerca de 20 mil pessoas assistiam às lutas de gladiadores e até hoje assistem às touradas que, em Arles, tem a característica de não matar o touro no final. Funciona todos os dias de 10h às 17h e o ingresso custa 6 euros já com o audioguia incluído. Ela está bem mais bem preservada que as Arenas de Nîmes.
Dali passeei um pouco pelas ruas, fotografando a cidade e me dirigi às Termas de Constantino (ingresso a 3 euros. Funciona de 10h às 16h30). Elas ficam às margens do rio Reno e eram as termas do palácio do século III d.C. É bem grande e há explicação com desenhos no local para que a gente tente imaginar o que era o quê.

Arenas

Arenas




Pelas ruas de Arles

Cidade deserta no feriado




Termas de Cosntantino

Termas de Constantino

Ruazinha fofa ao lado das Termas 
 De lá fui até a Place du Forum, onde fica o Café Van Gogh. Este era um café que ele frequentava e que pintou em um de seus quadros. Hoje o café leva o nome do pintor. Eu até pensei em comer algo lá, mas como todo lugar famoso, tudo lá era bem caro e desisti, apenas tirei muitas fotos e preferi comer em uma creperia que encontrei quando estava indo para a gare.

Café imortalizado por Van Gogh em sua tela
Existem outras atrações em Arles, mas como eu fui lá no dia 06 de janeiro e nem me atinei que era dia de Reis e que os franceses têm essa data como feriado, muitos lugares estavam fechados.  Mas no blog da minha amiga Renata Inforzato, que passou alguns dias lá, há muitas dicas de o que fazer para quem quiser conhecer melhor a cidade. É só acessar: http://diretodeparis.com/category/franca/provence-alpes-cote-dazur/provence/arles/

Até a próxima! 

VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2016

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Nîmes: A Roma francesa

Bonjour, amigos!
Depois de uma semana em  Paris, peguei um trem para Nîmes, uma cidade na região de Languedoc-Roussillon, sul da França. Essa foi uma cidade colonizada pelos romanos há mais de dois mil anos e teve seu apogeu na época do imperador Augusto, ficando conhecida como “a Roma francesa”.
Fiquei em um apart-hotel da mesma rede Adagio, aquela que fiquei em Paris. Fica bem ao lado da estação de trem e é excelente! Quarto grande, vidro duplo na janela para evitar barulhos, chuveiro bom, calefação excelente e cozinha muito bem equipada! Tem um Carrefour bem ao lado e dá para ir a pé ao Centro Histórico. Porém, andar a pé em Nîmes não é muito agradável pois o piso da cidade é todo de pedrinhas e elas machucam o pé.   

Catedral de Nîmes
Há vários prédios que ainda mantêm a arquitetura daquela época romana como o Palácio da Justiça e a Maison Carré,  este foi um templo construído no século I a.C. e é o único templo do mundo  totalmente preservado. No interior do prédio é projetado um filme (em francês, com legendas em inglês) contando os principais fatos da cidade desde sua fundação. Funciona todos os dias de 10h às 13h e de 14h às 16h30 e o ingresso custa 6 euros.
 
Palácio da Justiça

Maison Carré

Maison Carré
Outro lugar da época romana são as Arenas, uma espécie de “coliseu” que funciona todo dia de 10h às 17h. O ingresso custa 10 euros (há também um ingresso combinado com a Maison Carré que custa 12 euros e vale a pena).  Acomoda 20 mil pessoas e até hoje acontecem touradas lá.  No momento as Arenas estão sendo restauradas (até porque, está precisando mesmo!) e a previsão é de que tudo fique pronto em 2025. Na frente dela há a estátua de um toureiro nimense e, como era início de ano, havia também uma roda gigante de um parque que foi montado para o natal e ano novo.




 Outro local com influência romana é o Jardin de la Fontaine, um parque construído no século XVIII em torno de uma fonte onde, na época romana, eram as termas. Foi o primeiro jardim público da França e, embora mal cuidado, ele é muito frequentado pelos habitantes da cidade para fazer exercícios. Vi muita gente correndo e fazendo ginástica lá.
Portão de entrada do Jardin de la Fontaine

A fonte que dá nome ao parque

Dentro desse parque há vestígios do que foi o Templo de Diana, que é do século II a.C.

Vestígios do Templo de Diana

Subindo muitas escadas também se chega  à Torre Magna, mas eu não fui até lá pois, no dia que fui ao parque, estava chuvoso e fiquei com preguiça.  Esse, inclusive, foi o mesmo motivo que me fez descobrir o ônibus que passava lá, já que eu não queria ir a pé. Há um ponto de ônibus bem em frente às Arenas e ali eu peguei o ônibus C (passagem= 1,30 euros) e saltei no terceiro ponto bem ao lado do Parque.
Outra atração que visitei em Nîmes foi o Museu de Belas Artes. Um museu pequeno, mas muito bem cuidado (ao contrário do resto da cidade) e com um acervo bem interessante.

mosaico romano dentro do museu de Belas Artes
Como fiz a maioria das minhas refeições no apart não posso indicar restaurantes, mas existem vários espalhados pela cidade e a comida não é cara.
Minha impressão sobre Nîmes é que ela não é exatamente uma cidade turística e, por isso, não é tão bem cuidada como outras da região. É bonitinha, tem uma arquitetura bacana ,mas andar nela não é fácil por causa do piso. A boa notícia é que muitos lugares da cidade estavam em reforma, o que significa que daqui a alguns anos ela vai estar bem mais cuidada e com os monumentos limpos.
Contudo, há uma coisa muito linda  nessa região da França  e que pude aproveitar bastante em Nîmes: a cor do céu! Não é à toa que os pintores impressionistas ficavam loucos com o sul do país. O céu é de um azul lindo! E no pôr do sol ele ganha cores maravilhosas! Posso imaginar que na primavera seja um deslumbre pois no inverno já era assim:




É isso, amigos. Desculpem pelo post longo, mas é que eu quis resumir tudo o que fiz nos 5 dias em que passei em Nîmes, já que a cidade não me encantou, apesar dela ter um valor histórico realmente impressionante.
Até a próxima!

VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2016
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