Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Córdoba, um pedaço da cultura árabe em plena Espanha católica

Hola, amigos! 

Hoje acordei cedo, tomei meu café no hostel e peguei o ônibus 32 ( passagem a 1,40 euros) até a estação de trem Sevilha-Santa Justa para pegar o trem de 10h45 para Córdoba. A estação de trem de Córdoba é bem pequena, iluminada e simpática. Tem um posto de informação turística onde peguei um mapa da cidade e me informei sobre como ir ao Centro Histórico que fica bem longe para ir a pé. Em frente à estação peguei o ônibus 3 ( passagem a 1,20 euros) e saltei na parada “calle San Fernando” que é a mais próxima da grande Mesquita. Com o mapa na mão, fui seguindo em direção ao rio. Fui andando ali pela margem, observando a bela paisagem com a qual aquele dia de sol e céu azul me presenteava. Que belo e agradável passeio foi aquele! 


Até que, finalmente, cheguei a um grande portal. Atravessando, chega-se à Mesquita, que é, ao mesmo tempo, a catedral da cidade, já foi o maior templo islâmico do mundo e o primeiro monumento muçulmano do Ocidente. Depois da reconquista, em 1262, ela virou uma catedral, mas sem alterar a arquitetura moura. A Igreja se ergueu dentro da Mesquita e o resultado foi algo sui generis!
Pórtico


Colunas árabes com elementos católicos





o belo órgão 
Ver aquelas colunas mouriscas coloridas com aquelas capelas cheias de símbolos católicos dentro daquela arquitetura é de emocionar! Dá até a impressão de que a convivência foi pacífica entre eles, mas sabemos que não foi, já que aquele é um local com toda a cara de templo muçulmano, mas onde eles são proibidos, pelo Vaticano, de rezar, já que , hoje, se trata de um templo católico. A Mesquita funciona de segunda a sábado, de 10h às 18h30 e domingo, de 14h às 18h30 e o ingresso custa 8 euros. Dá para se ficar umas 3 horas lá dentro só observando os detalhes e se perdendo entre colunas, capelas, altares e arabescos.
Ao redor da Mesquita existem dezenas de lojinhas com presentes que parecem saídos de um mercado em Istambul. São todas bem parecidas, no melhor estilo “viu uma, viu todas” e, a não ser que você seja um comprador compulsivo, não acho que valha a pena entrar em mais que duas delas para comprar sua lembrancinha da cidade. 
  


A cidade estava lotada na hora do almoço e os restaurantes tinham fila na porta. Tentei almoçar em um que tinha um cardápio interessante preso na porta, mas sequer conseguir sentar. Acabei indo a um outro, um tanto escondido em um bequinho, mas do qual não lembro o nome. Pra variar, pedi tapas. Aliás, foi em Córdoba  que  comi as tapas mais diferentes da viagem: berinjelas ao mel. Uma delícia!

Berinjelas ao mel
Depois do almoço, dei uma volta pela cidade e fui ao Real Alcazar dos reis cristãos. Lembra quando você aprendeu em história que os reinos espanhóis de Castela e Aragão se uniram com o casamento de Isabel de Castela e Fernão de Aragão? Pois é. Essa era a casa deles. Diz a história que foi ali que eles receberam Cristóvão Colombo antes dele partir para o Novo Mundo. Ali também foi uma das sedes da Inquisição na Espanha. Apesar desse passado nebuloso de inquisição, o lugar é bonito. Ainda guarda alguma mobília da época, como arcas e cadeiras; tem um belo jardim e, como toda construção árabe ( essa também era uma delas) há uma importância muito grande da água na arquitetura interna do projeto, por isso há lagos e fontes em toda o palácio, o que deve amenizar muito o calor em dias de verão. Imagino que Córdoba deva ser uma cidade bem quente pois, em pleno janeiro, eu estava bem confortável apenas com uma blusa e um casaco. O Real Alcazar funciona de terça a sábado, de 10h às 14h e de 16h30 às 18h30 e aos domingos de 9h30 às 14h30. O ingresso custa 4 euros mas às sextas a entrada é gratuita!








Ao sair dali, depois de algumas horas de passeio, subindo e descendo escadas, eu estava um tanto cansada e resolvi voltar para Sevilha. Fui seguindo meu mapa e andando de volta para o rio. Ali, peguei o ônibus 3 novamente e saltei na estação, de onde peguei o trem de volta para Sevilha. Ainda deu tempo de passar numa loja de departamentos bem famosa na Espanha chamada El Corte Ingles, que fica na Plaza del Duque. No último andar existe um espaço gourmet com um mercado cheio de produtos deliciosos e uma praça de alimentação onde comi uma pizza de nozes com pera e queijo gorgonzola deliciosa! 


Voltei andando para o hostel, já que essa tem sido minha atividade favorita em Sevilha, pois a cidade é linda tanto de dia quanto à noite.

Até a próxima!

VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2016
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