Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Gardel: um ícone da cultura portenha


Hola, amigos!

Hoje acordamos mais tarde que de costume, pois estávamos um tanto cansadas de tanto andar em Colônia naquelas ruazinhas com calçamento pé-de-moleque. Pegamos o metrô para irmos ao bairro de Abasto onde está a Casa-museu Carlos Gardel ( calle Jean Jaurés, 735. Funciona segundas, quartas e sextas de 11h às 18h e sábados e domingos, de 10h às 19h.). Eu já conhecia esse pequeno museu que foi, na verdade, a casa onde o cantor morou até sua morte em 1935 num acidente de avião.
Bairro Abasto com homenagem a Carlos Gardel

Lá dentro está a mobília dele, discos, filmes, revistas e jornais da época. É bem interessante para quem quer conhecer um pouco mais desse ícone do tango portenho.

Gramofone de Gardel

Sorriso de Gardel: um símbolo do cantor

Escritório de Gardel

Banheiro de Gardel com seus apetrechos de barba

Muito interessante também é observar o bairro de Abasto com seus filetes, um tipo de pintura característico daqui e nas ruas do entorno da casa de Gardel há músicas decorando as paredes das casas e o chão. Lembra um pouco o bairro carioca de Vila Isabel. Gostei bastante.

Pintura chamada de "Filete", um símbolo do bairro e posteriormente, de Buenos Aires

Música no muro

Música na calçada
Ao chegarmos no metrô de volta começou a chover forte então voltamos para o apartamento e mais tarde, que pretendíamos ir ao Café Tortoni, acabamos nem indo e só fomos até o Havanna pois eu queria muito tomar um submarino, que é um leite quente com chocolate derretido. Dali voltamos para casa.
No dia seguinte foi nosso último dia em Buenos Aires então decidimos ir ao "El Ateneo", aquela livraria deliciosa que era um teatro antigo. Passamos algumas horas por lá, inclusive almoçamos lá mesmo. Comida deliciosa e nem era tão caro quanto eu imaginei que poderia ser.

Livraria El Ateneo

Comida deliciosa no Ateneo

 De lá fomos passear  um pouco na Avenida Corrientes pois eu queria procurar umas lojinhas estilo brechó que eu conheci em 2009, mas elas não existiam mais. A crise deve ter acabado com elas. Aliás, a crise econômica aqui em Buenos Aires está fortíssima e acho que vou passar, pelo menos, uns 2 anos sem voltar.  Tudo está caro demais. Uma pena porque adoro essa cidade e fico triste de ver a decadência de um lugar que tinha tudo para ser maravilhoso.
Fomos para a casa para arrumar as malas, pois no dia seguinte teríamos uma longa espera no aeroporto.
Voltamos para o Brasil um pouco mais tristes de ver que os paraísos vão se esfarelando. Foi com essa sensação que voltei de uma Buenos Aires mais suja, mais violenta, mais cara. Realmente acho que "olhos de primeira vez" nos deixam meio cegos para as mazelas dos lugares que só conseguimos perceber depois de ir muitas e muitas vezes lá. Mas a despeito disso tudo, continuo amando Buenos Aires.
Até a próxima!

VIAGEM REALIZADA EM DEZEMBRO DE 2012

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Buenos Aires pela quinta vez


Hola, amigos!
Mal cheguei da viagem da Europa e já emendei em outra para a terra de Gardel. Aproveitamos um programa de milhagens para visitar mais uma vez Buenos Aires, essa terra de que tanto gosto. Chegamos anteontem à noite, pois como viemos por milhas não tínhamos muitas opções de horários e acabamos tendo que fazer conexão em Porto Alegre. Os dois voos foram bem tranquilos e, embora eu soubesse que a Gol agora cobra pelos serviços de bordo, nos dois voos que fizemos a comida e a bebida eram gratuitas.
Dessa vez eu resolvi alugar um apartamento em Buenos Aires, do mesmo modo que costumo fazer quando vou a Paris, só que por aqui isso não é muito comum, então não foi tão fácil de encontrar. Conseguimos um estúdio na avenida Córdoba com um preço bem razoável e que  acomoda até 4 pessoas! Ele tem o básico: camas, um armário bem grande, Tv com vários canais a cabo, telefone, frigobar, fogão, microondas, torradeira, utensílios de cozinha, adaptador de tomada, ferro e tábua de passar roupa, secador de cabelo, toalhas e lençóis incluídos. O único problema dele é a limpeza que deixa a desejar, mas acho que isso é cultural pois tudo o que vejo por aqui não é lá muito limpo...a vantagem é que muito bem localizado, silencioso, perto de mercados e comércio em geral e bem perto do Porto que é onde pegaremos um barco para irmos a Colônia do Sacramento, no Uruguai, no fim de semana.
No dia seguinte à nossa chegada, fomos tomar café no “Il Grand Café” que fica na esquina da Avenida Córdoba com a Calle Florida. Café da manhã bem gostoso com medialunas (que é o croissant portenho), queijo e presunto, doce de leite, suco de laranja natural e café com leite. Contudo os preços aqui estão caríssimos! Eu sabia que a inflação de Buenos Aires estava alta, mas não imaginei que fosse afetar tanto o preço da alimentação. Restaurantes caros, mercados caros, isso sem falar nas lojas que estão proibitivas. Quem ainda acha que pode vir a Buenos Aires fazer compras, tem de se preparar para gastar muito, pois tudo custa mais do que no Brasil.
Depois do café e das compras de mercado (há um Carrefour na esquina da Suipacha com Paraguay)necessárias para abastecer o apartamento, fomos passear um pouco. Primeiro andamos até a Basílica de Nossa Senhora da Merced ( Calle Reconquista, 207), muito bonita.

Basílica Nossa Senhora de la Merced
 Dali andamos até a Plazoleta San Francisco (esquina das calles Alsina e Defensa), mas quase não a reconhecemos de tão depredada que estava. Uma pena! Em frente, havia uma outra Igreja dedicada a São Francisco de Assis, e, ao lado dela, um pequeno museu gratuito que fomos visitar. Depois fomos fazer a visita guiada à “Manzana de las Luces” que é o quarteirão das luzes, sendo que aqui “luzes” tem o significado de “ideias”, pois era o lugar onde estava o conhecimento na época da fundação da cidade. Havia colégios, conventos, igrejas, tudo feito incialmente pelos jesuítas. A visita é bem interessante e custa 15 pesos por pessoa. Acontece todos os dias às 15h, sendo que nos fins de semana há também visitas às 16h30 e às 18h.

Manzana de las luces

exposição de roupas antigas na Manzana de las luces

túnel dentro da Manzana de las luces

Terminada a visita, fomos passear um pouco por San Telmo e ver a estátua da Mafalda (esquina das calles Defensa e Chile), personagem de Quino, um cartunista portenho bem querido por aqui. Tiramos fotos e depois fomos andar mais um pouco.

Mafalda 
Chegamos em casa bem cansadas e dormimos cedo. No dia seguinte, saímos para trocar dinheiro na Calle Sarmiento que é onde ficam algumas casas de câmbio confiáveis por aqui. Na saída do banco, sentimos um cheiro estranho no ar, continuamos andando e fomos envolvidas por uma névoa com um cheiro adocicado bem forte que lembrava aqueles carro de “fumacê” que passam no Rio na época da dengue. Fomos direto para casa e lá descobrimos que havia acontecido um acidente no porto, onde um container com pesticida vazou e transformou a cidade num caos. Prédios foram evacuados, as crianças saíram mais cedo das escolas e o trânsito ficou complicado. Como se não bastasse, São Pedro devia estar de mau humor porque mandou uma chuva absurda para cá que alagou vários bairros. Resultado: metrôs foram fechados, os ônibus não conseguiam passar e o trânsito que já estava difícil, simplesmente parou. A sorte é que estávamos em casa vendo tudo pela Tv, pois diante da nuvem de pesticida, alertaram para que as pessoas não saíssem de suas casas para evitar inalar aquele cheiro e irem parar no hospital como havia acontecido com algumas.

No outro dia, amanheceu um céu azul e um lindo sol, nem parecia que havia chovido tanto no dia anterior. Saímos cedo e fomos ao Jardim Bothanico, que tem um metrô bem na porta chamado “Plaza Italia". Por algum motivo desconhecido não estavam cobrando entrada no metrô, então fomos e voltamos de graça. Talvez tenho sido para compensar o caos do dia anterior.

Jardim Bothanico
De lá tentamos ir ao Museu Evita, mas ele estava fechado (mais outro mistério da capital portenha), então seguimos até o Museu de Arte Popular José Hernadez (Avenida del Libertador, 2373), porém chegamos cedo demais já que de quarta a sexta, ele só abre de 13h às 19h (sábado e domingo ele funciona de 10h às 20h), então fomos fazer uma hora almoçando num restaurante em frente chamado “Dandy” que tinha uma comida horrível e cara, mas como não havia outro pela região, acabamos tendo que comer ali mesmo. Não recomendo a ninguém.
Finalmente conseguimos ir ao Museu que é bem bonitinho e tem uma coleção objetos de prata bem interessante. Estava acontecendo também uma exposição de presépios artesanais e uma outra com miniaturas em madeira e papel machê muito bacana.


exposição de presépios

De lá fomos conhecer a fachada da casa onde viveu o poeta Jorge Luis Borges e caminhamos até uma lojinha bem divertida que eu havia conhecido através de outro blog (http://finestrino.com.br/?p=11192)     e que vende doces em forma de remédio para curar males da alma. O nome da loja é Dr. Candy e fica na Pasaje Santa Rosa 4985, bem perto da Plaza Cortázar.

fachada da casa de Jorge Luis Borges
Já cansadas de tanto andar, voltamos para casa para descansar um pouco e depois saímos novamente apenas para dar uma voltinha e tomar um café com alfajor no Havanna, pois vir a Buenos Aires e não comer no Havanna não tem graça.
Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM DEZEMBRO DE 2012

domingo, 2 de outubro de 2011

Dia para flanar em Buenos Aires

Hola, amigos!

Acordei cedo! Na verdade, dormi muito mal essa noite, pois como tive de ficar na cama de cima, eu tinha a sensação de que iria cair de lá a cada vez que virava! Foi bem ruim!
Subi para tomar café da manhã e depois fui passear na Florida com a Claudia, uma menina de Rondônia que conheci pelo orkut e que também está no hostel. Andamos pela rua em busca de um local onde eu pudesse trocar dinheiro, pois não estava com muitos pesos argentinos. Encontrei uma casa de câmbio no número 580 da Florida com boa cotação (levando em conta que era fim de semana) e troquei lá. Depois, demos mais uma volta e voltamos para o albergue pois tínhamos combinado com alguns meninos de ir ao “Siga la Vaca”, um restaurante onde comeríamos a verdadeira parrillada argentina! O restaurante fica em Puerto Madero e andamos bastante até lá, aproveitamos para tirar algumas fotos! Como era sábado, o preço é um pouco mais caro. Pagamos 110 pesos cada um, com direito a comida à vontade + 1 litro de bebida a escolha (vinho, cerveja ou refrigerante), água à vontade + sobremesa a escolher. Comemos muito! Quase saímos rolando de lá! Estava muito bom!


Quando saímos o pôr do sol estava lindo e aproveitamos para tirar belas fotos do rio em Puerto Madero que é um dos bairros de que mais gosto em Buenos Aires.


Dali pegamos um táxi até a livraria “El Ateneo” que já foi um teatro e hoje abriga uma bela coleção de livros, pena que estava tudo muito caro e acabei nem comprando nada. Olhamos, tiramos fotos e depois tomamos um café no que, um dia, foi o palco daquele teatro. Voltamos de táxi para o hostel e ficamos conversando no living até de madrugada, quando o povo saiu para a balada e eu fui, mais uma vez, brigar com aquele beliche na tentativa de dormir!
Acabei nem indo aos museus que pretendia hoje, mas o dia com a galera foi bem divertido!

Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM SETEMBRO DE 2011

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Nossos 3 últimos dias em Buenos Aires (temporada 2011)

Hola, amigos!

Na terça-feira, dia 11 de janeiro, tive que trocar dinheiro novamente lá na calle Sarmiento (que é a rua onde ficam as casas de câmbio com melhor cotação da cidade), pois, como eu já havia percebido desde que chegamos, Buenos Aires em 2011 estava bem mais cara que em 2010. Tudo subiu uma média de 80% e o dinheiro que eu achei que daria, só deu para a metade do tempo. Ainda bem que trouxe um pouco mais para emergências e também um cartão de crédito.
Pela manhã, passei na Plaza Lavalle, onde fica o famoso Teatro Colón. A reforma desse teatro durou anos e das duas primeiras vezes que fui a Buenos Aires ele estava rodeado de tapumes, mas em abril de 2010 ele foi novamente aberto e fui ali tirar umas fotos (já que não dava para entrar, pois ainda não liberaram as visitas guiadas). O teatro é bonito sim, mas nada tão espetacular...

Dali fui até o Museu Xul Solar (calle Laprida, 1212, Palermo Viejo. Abre de terça a sábado, entre 12h e 19h e a entrada custa 10 pesos). Esse é um museu dedicado a um pintor argentino, cujas pinturas são baseadas em conhecimentos de astrologia, cabala e tarot. O lugar é pequeno, não se pode tirar fotos do interior,mas o acervo vale a pena. Achei as obras desse artista muito bonitas.

No dia seguinte, acordei cedo e fui ao Parque 3 de Febrero, onde estão localizados o Pátio Andaluz...
e o Rosedal....




O lugar é lindo, bucólico, com muito verde. Um passeio bem gostoso para uma manhã. Dali parti a pé para o Malba (Museu de Arte Latino Americano), que fica na calle Figueroa Alcorta, 3415 e tem entrada a 10 pesos. Fecha às terças.
Ali no Malba é onde está o quadro famoso de Tarsila do Amaral entitulado "Abapuru" (não é possível fotografar), além de obras de Frida Kahlo, Diego Rivera, Antonio Berni e Botero. A cada ano há uma exposição temporária no andar de cima. Esse ano tinha uma espécie de "exposição de colchões", era tudo muito psicodélico e não gostei muito...mas arte moderna é isso mesmo.







Dali peguei um táxi para o centro, pois não aguentava mais andar! A noite fui ao "Siga la Vaca", um restaurante em Puerto Madero com a famosa "parillada", uma espécie de churrasco portenho. A carne da Argentina é algo singular! Não sei o que eles fazem, mas a maciez e a suculência são inigualáveis! Recomendo muito esse restaurante! Paguei 85 pesos por pessoa, com direto a comer quanta carne e acompanhamento quiser, mais um litro de bebida (cerveja, vinho da casa ou refrigerante), mais uma sobremesa a escolher. Água com ou sem gás era a vontade! Quase explodi de tanto comer!!!! Uma delícia!
Quinta-feira, dia 13, era o último dia em terras portenhas, então resolvi apenas passear um pouco. Fui a calle Florida, ao centro da cidade e comi um "pancho", que é a versão de cachorro-quente de lá. Super simples e super barato também. Vale a pena experimentar.
Á noite, arrumei a mala (foi uma ginástica conseguir fazer caber tudo! Isso que dá levar mala pequena!) e no dia seguinte, pela manhã, vim embora.
Voo tranquilo. Cheguei ao Rio por volta de 15h30 e foi muito bom chegar em casa! Adoro viajar, mas retornar é sempre muito prazeroso...mas os leitores desse blog não perdem por esperar, pois já estou nos preparativos para a próxima viagem em julho!

Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2011

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Jardim Bothânico e Edifíco Barolo: construções de influências europeias em Buenos Aires

Hola, amigos!

Segunda acordei cedo, mas estava morta depois da odisseia do dia anterior! Mesmo assim, resolvi ir ao Parque 3 de Febrero, que fica em Palermo. Peguei o metrô até lá e, ao chegar perto da entrada, um senhor muito simpático que estava ali fazendo seu cooper me abordou e disse que, às segundas, o parque estava fechado! Raios! No meu guia de viagem diz que ele abre diariamente! Diariamente não é todo dia? Hunf!
Para não perder a viagem, resolvi ir ao Jardim Bothânico. Este estava aberto! É um belo parque, cheio de esculturas em estilo grego. É menor que o do Rio de Janeiro e tem uma variedade de flora menor também, pelo menos aparentemente.O Parque foi criado, em 1898, por Charles Thays, um paisagista francês que se inspirou no Bois de Boulogne. As estátuas colocadas ao longo do parque dão um ar antigo e gostoso!


Fiquei um tempo lá, mas estava cansada para andar demais e fui descansar um pouco antes de ir a uma visita guiada que havia marcado lá no Edifício Barolo. Esse edifício localizado ao lado do hotel, na avenida de mayo, 1370, foi inspirado na "Divina Comédia" de Dante.


É interessante visitar esse prédio que funciona como um edifício comercial, cheio de escritórios. Ele tem 22 andares, pois a maioria dos cantos da Divina Comédia tem 22 versos. No saguão, existem alguns gárgulas ou bestas para fazer referência ao "inferno" dantesco.


Ali há também uma curiosa estátua que mostra uma águia elevando Dante morto até o paraíso. Na verdade a intenção do construtor do edifício era trazer as cinzas de Dante para serem colocadas sob essa estátua, contudo a estátua original se perdeu na viagem de navio e o que vemos hoje é uma réplica. Além disso a Itália também não permitiu que a cinzas de seu escritor fossem mandadas para a Argentina.


Depois sobe-se (de elevador) até o 14° andar, onde começa o purgatório. Dali são 6 lances de escada (em espiral) para se chegar ao topo,ou seja, ao paraíso, onde há uma bela vista da praça do Congresso.


Dali subi mais 2 andares em uma escadinha super estreita (lembrei tanto do Vaticano!) para se chegar ao farol. Esse farol deveria se comunicar com o do Uruguai, contudo quando foram construídos os prédios, ninguém levou em conta a inclinação da Terra, então as luzes não se encontram.
Ali é o mais perto do céu que se pode chegar em Buenos Aires. Depois desci para ver o escritório do criador do edifício, com um busto de Beatriz, a amada de Dante e outro do próprio escritor.



Descobri, inclusive, que o número do prédio foi escolhido de propósito pois foi o ano em que Dante escreveu "A Divina Comédia". A visita, em si, é mais curiosa do que bonita, mas é interessante ver como um livro pode ser tão importante para uma pessoa. O passeio custou 40 pesos por pessoa e deve ser agendado com antecedência na cabine que fica no saguão. Depois disso resolvi me poupar um pouco e fui descansar no hotel.

Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2011

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

museu, feira e tango em Buenos Aires

Hola, amigos!

Acordei cedo no sábado, dia 8, pois queria ir ao Museu Nacional de Bellas Artes (avenida del Libertador, 1473. Aberto de terça a sexta de 12h30 ás 20h30 e aos sábados e domingos de 9h30 ás 20h30). Peguei o metrô no centro (valor absurdamente baixo!! Apenas 1,10 pesos!!!) , saltei na estação Pueyrredon e dali andei mais ou menos 1,5 km. O dia estava fresco, chuvoso até!
Lá pelo meio do caminho um cachorro passou a me acompanhar. Ele era muito fofo! Eu parava e ele parava! Eu atravessava a rua e ele ia junto. Teve uma hora que eu resolvi para dar nome a ele e não tive dúvidas: "Puyerredon!", afinal foi perto dessa estação que ele me adotou.
Estava no meio do caminho quando eu disse a ele: "Puyerredon, estou indo ao museu nacional de Bellas Artes e você não vai poder entrar, tá? Depois que chegar lá teremos que nos separar."
Ele pareceu entender, pois, ao atravessar a Avenida del Libertador, ele que me acompanhava, passou a andar na minha frente como quem estivesse me  guiando. Paramos, ele olhou pra trás e esperou. Continuei e, ao chegar na escada do museu, ele subiu, mostrou com a cabeça que ali era o museu, desceu as escadas e foi embora! Muito lindo! Queria adotar aquele cachorro!!!O museu é grande e bem bonito. Um passeio que vale a pena em Buenos Aires, e o melhor: gratuito! De lá fui até o monumento da Floralis Genérica, uma flor de aço gigante feita em 2002. Todos os dias suas pétalas de abrem e se fecham de acordo com a luz do sol e um mecanismo elaborado feito pelo arquiteto que a construiu.

Almocei empanadas no " El Sanjuanino", um restaurante famosinho entre os turistas, mas pessoalmente eu não gostei muito. As empanadas eram pequenas e caras.
Passei no "EL Ateneo Grand Esplendid" (Santa Fé, 1860), uma livraria que já foi um teatro. A arquitetura é um caso à parte. Linda demais!

Na volta, comprei  um picolé artesanal D-E-L-I-C-I-O-S-O em uma lojinha chamada "Helados Via Maggiore" (fica mais ou menos na esquina da Callao com a Córdoba), dali fui andando, observando aquela bela arquitetura que há em Buenos Aires , passei no mercado e fui para o hotel porque estava acabada de tanto andar!!! Andei uns 10 km nesse dia (emagrecer que é bom, nada!).

Dia seguinte seria o único domingo nessa viagem, então não poderia deixar de ir a Feira de San Telmo. Estava um calor dos infernos, mas aproveitei bem a feira. Comprei umas bobagenzinhas e almocei em um restaurante nada turístico, porém muito bem servido chamado "El Peregrino" (Calle Defensa, 445). Foi o lugar mais barato onde comi (muito bem, por sinal!).
Dali fui para o hotel descansar um pouco, pois à noite iria a um grande evento: show de tango no café Tortoni, o mais antigo e tradicional café de Buenos Aires!
O show foi simplesmente maravilhoso! Como sempre! Aliás, se você for a Buenos Aires, não deixe de ir ao Café Tortoni (Avenida de Mayo, 825), pois o lugar exala uma magia típica daqueles lugares que foram bem frequentados ao longo dos anos...vale a pena pedir o "Submarino"(uma xícara de leite quente com um chocolate para derreter) que é delicioso!
Depois do show que terminou lá pelas 23h, fui até Puerto Madero dar uma volta e tirar fotos noturnas. Voltei andando despreocupadamente passando por vários policiais ao longo do caminho, atestando a segurança da cidade. Como é bom poder andar sem medo pelas ruas de madrugada! A noite foi, literalmente, um espetáculo!
Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2011

domingo, 16 de janeiro de 2011

Um dia dedicado à religiosidade em Buenos Aires

Olá, amigos!

Acordei cedo na sexta-feira, dia 7 para trocar dinheiro no Banco América da Calle Sarmiento. Dali fui almoçar em um restaurantezinho bem familiar chamado "La Petrona" (calle Juan Domingos Peron, 1594. Esquina com a rua Montevideo). Eu já conhecia esse restaurante da primeira vez que estive em Buenos Aires pois era na rua do meu curso e agora, dois anos depois, a comida continuava deliciosa, o preço barato e o atendimento simpático.
De lá tomei um táxi para ir até um parque temático que descobri nessas minhas andanças pela internet. Chama-se "Tierra Santa" e é o único parque com temática religiosa da América Latina.
É longe do centro, o táxi custou 40 pesos, mas o lugar é um encanto! Mesmo para quem não é religioso!
A entrada é 30 pesos por pessoa e te dá direito a assistir aos 4 pequenos espetáculos que existem lá, mais os shows de dança típica.




Na verdade o Tierra Santa é um parque que remonta Jerusalém. Tudo é muito fake, parece aqueles cenários de filme B, feitos de papelão e isopor, mas as fotos ficam ótimas! Ali pode-se ver a reprodução de cenas bíblicas com bonecos em tamanho natural. Pode-se interagir nas cenas e tirar fotos divertidas.



E não é só para quem é católico não, pois há também uma mesquita...


...uma homenagem a Lutero....


...e uma homenagem a Ghandi.


É um lugar bonito, grande e bem árido, por isso leve uma garrafa de água na mochila. Existem 4 shows, cada um contando uma passagem da bíblia (o paraíso; o presépio; a última ceia e a ressurreição de Cristo), todos feitos com bonecos de madeira, música, narração e iluminação especial. No caso da Santa Ceia os bonecos são articulados e Jesus até fala espanhol! É interessante!

O paraíso

O presépio

A santa ceia

A ressurreição de Cristo
Também assisti a um show de dança árabe muito bonito e depois comprei umas lembrancinhas (todas religiosas) nas barraquinhas que eles têm lá. Tudo bem em conta. Aliás, foi o lugar mais barato para comprar lembranças que fui esse ano em Buenos Aires.

No final, você pode adquirir uma foto que eles tiram de você logo na entrada. São 3 fotos por 50 pesos. Vem com uma moldurazinha de papel bem bonitinha. Caso não goste da foto, não é obrigado a comprar.
Passei 4 horas lá dentro, tirei inúmeras fotos! Foi bem divertido! O lugar é lindo e os funcionários se vestem como as pessoas daquela época, ou seja, a gente realmente se sente em Jerusalém! Caso vá passar um tempo maior que 5 dias em Buenos Aires ou ainda se não for sua primeira viagem, aconselho a visitar esse Parque, pois, com ceretza, você sairá de lá com uma sensação muito boa! Além de ser um passeio bem pitoresco!
Há um site para quem quiser saber mais detalhes: www.tierrasanta.com.ar

Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2011
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