Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Alerta aos viajantes que andam de trem pela Europa!!

olá, amigos!


Recebi um email de uma leitora contando sua triste experiência de furto em um trem suíço. Por isso, resolvi transformar a história dela em um post, afinal, cuidado nunca é demais.

No início de outubro de 2013, ILV,  saiu de Brasília com seu filho com a intenção de aproveitar alguns dias na Suíça. Depois de uma viagem agradável que durou 1 semana, ela e o filho deveriam se deslocar a Milão para poder pegar seu avião da TAP de volta ao Brasil. Ela havia comprado as passagens de trem GENEBRA-MILÃO  em vagão de primeira classe pela internet no site da Rail Europe.
No dia marcado, ela e seu filho chegaram à estação de trem de Genebra e, logo do início, estranharam a pouca quantidade de funcionários na plataforma. Ainda assim, conseguiram ser informados que estavam no vagão errado (de segunda classe) e correram para entrar no vagão correto, já que os trens, em toda Europa, costumam ficar apenas alguns minutos parados na estação.
Eu já peguei trem em vários países europeus e,em todo espaço Schengen, uma coisa que quase não muda é a maneira como eles controlam as passagens: em todos os trens eles nunca pedem o bilhete na hora do embarque (salvo em Madri, onde há um check-in em que se passa pelo raio X e se tem de mostrar o bilhete antes de entrar na composição). Por isso, ILV e seu filho entraram no trem, colocaram suas bagagens nos compartimentos adequados e sentaram para aproveitar a vista. Em dado momento, o fiscal passou, pediu os bilhetes, carimbou e devolveu, como costuma acontecer em qualquer outro trem. Segundo ILV, o funcionário não mencionou nada sobre cuidados com a bagagem ou número de paradas até o destino.
Isso, certamente, se dá porque os europeus acreditam que as pessoas tem de cuidar, elas mesmas, de suas bagagens (incluindo a segurança das mesmas) e o número de paradas está escrito nos letreiros das estações, portanto, eles não se veem na obrigação de avisar sobre nenhuma das duas coisas.
Para ILV, isso significou que o país era seguro e que se poderia confiar nas pessoas. Qual não foi sua surpresa quando, em uma das paradas, um homem bem vestido, com uma mochila nas costas, entrou no vagão pela porta da frente, foi andando pelo corredor colocando as mãos nos compartimentos de bagagem, acima das poltronas, como se estivesse se segurando (embora o trem estivesse parado) e pegou sua mochila sem que eles percebessem. O tal homem saiu tranquilamente pela porta traseira do vagão.
Dentro da mochila: máquina fotográfica, computador, telefone, relógio, cerca de 300 euros e mais alguns outros pertences.
ILV conta que, ao dar por falta da mochila quase imediatamente, pois seu filho precisava tomar um remédio que estava dentro dela, ela correu para tentar achar algum funcionário da companhia de trem na plataforma e nada. O ladrão desaparecera com sua mochila sem deixar rastro. Segundo ela, isso é algo recorrente e feito por profissionais que acreditam que as pessoas só vão dar por falta de suas bagagens no destino final.
Como ela não poderia perder seu avião para o Brasil, visto que o prejuízo seria muito maior, resolveu seguir em frente e deu parte às autoridades quando chegou aqui, informando a Rail Europe e a Interpol. As autoridades responsáveis ainda não lhe deram qualquer resposta, mas assim que isso acontecer, volto para contar.

De qualquer modo, uma coisa que tenho percebido com essa crise que assolou a Europa desde 2008 e, mais contundentemente em 2011, é que aquele continente não é mais tão seguro como já foi. Em um lugar onde muita gente está sem emprego e onde se pode circular livremente entre os países mais e menos abastados, é de se esperar que haja mais roubos e furtos, por isso, todo cuidado é pouco! Em especial nos trens que circulam por vários países e, cuja entrada não é controlada, é sempre bom ficar atento às suas bagagens. Eu, como carioca que sou, levo um cabo de bicicleta ou mesmo uma corrente com cadeado para prender minhas malas no trem, assim, posso viajar longe delas sem me preocupar. É claro que isso não impede o roubo, mas dificulta bastante.
É sempre bom não descuidar da segurança, especialmente com documentos, cartões e dinheiro. Aja como se estivesse numa grande cidade do Brasil. Tenha medo! Pois o medo faz com que você se cuide mais, fique mais atento e não se descuide achando que pode confiar só porque está no chamado "primeiro mundo".
A experiência de ILV, embora triste e desagradável, serve de alerta a todos nós para que tenhamos mais cuidado com nossos pertences, pois a Europa já não é mais a mesma há algum tempo...
Até a próxima!


domingo, 14 de julho de 2013

Uma deliciosa escapada à Suíça

Bonjour, amigos!

Um dos passeios mais bacanas que fiz quando estive na Suíça em 2010 foi o passeio do Trem do Chocolate. Foi tão bom que resolvi repeti-lo na viagem desse ano. O esquema que usei foi o seguinte: Com 3 meses de antecedência da viagem, entrei no site http://www.goldenpass.ch/CMS/default.asp?ID=414    e comprei online a reserva. Imprimi e levei esse papel que vale como passagem (não é voucher, portanto, não precisará ser trocada). No dia escolhido fui até a estação de trem de Montreux (chegue sempre com uns 15 minutos de antecedência) e, da plataforma 7, saiu o trem. Pode até ser que você dê a sorte de conseguir comprar lá, na hora, mas acho bem pouco provável. Como a Suíça não é um destino em que os brasileiros costumam passar muito tempo, é melhor garantir seu passeio antes de sair do Brasil.
Ao fazer a reserva, clique em “Montreux” como estação de partida e “Broc-Chocolat” como estação de chegada. Se puder, escolha os lugares do trem que aparecem na parte superior do desenho, pois a vista é mais bonita. É sempre bom lembrar também que esse passeio só acontece entre maio e outubro (toda segunda, quarta e quinta. Em julho e agosto o trem sai todos os dias da semana). A passagem custa 99 francos suíços atualmente e é bem tranquilo de comprar com cartão de crédito, desde que seja internacional.

O passeio já começa pelo próprio trem que é todo em estilo Belle-Époque, com poltronas acolchoadas com tecido em veludo, muitos adornos dourados e janelões bem grandes para se apreciar a vista. Ali será servido um café da manhã, incluído na tarifa. Você pode escolher entre café com leite, chá ou ovomaltine. Acompanha um croissant de chocolate e um pequeno tabletinho de chocolate da fábrica que mais tarde será visitada.

Interior do trem

vista 

café da manhã servido no trem
De Montreux se vai subindo até a Fábrica de queijo Gruyére, onde se visita a fábrica (ingresso e audioguia incluídos. Não tem em português, mas há a possibilidade do espanhol). A visita é relativamente curta. Ali pode-se ver como são feitos os famosos queijos Gruyére e vemos também como são tratadas as vacas que dão o leite para fazer esse queijo, assim é possível entender porque eles são tão caros. No fim, há uma lojinha com degustação e onde pode-se comprar diversos tipos de queijos (dica: não compre chocolates ali, pois na fábrica de chocolates eles são mais variados e mais baratos!)


Dali, pega-se um ônibus para a cidade de Gruyéres. Tecnicamente essa é a parada para o almoço. Fica-se umas duas horas na cidade, tempo suficiente para se conhecer as ruazinhas cheias de flores, as lojinhas repletas de souvenirs, o castelo de Gruyéres, cujo ingresso também está incluso no passeio, basta apresentar a passagem na bilheteria do castelo. Uma curiosidade: Há folheto explicativo em português explicando as mais de 20 salas que compõem o castelo. A vista é fantástica! Vale muito a visita. Além de tudo isso, ainda dá tempo de comer um crepe numa lojinha que fica bem na entrada da cidade, ao lado de uma escadinha simpática.

vista a partir do Castelo de Gruyéres

castelo de Gruyéres

Cidade de Gruyéres

Vista da cidade com o castelo ao fundo
Depois, pega-se novamente o ônibus e se vai até a Fábrica de chocolates Cailler-Nestlé, onde se pode optar pela visita em inglês, francês ou espanhol. Ingressos inclusos também. A visita pela fábrica é divertida, cheia de efeitos especiais e creio que seja um bom passeio para ser feito com crianças mais velhas (na faixa dos 10, 12 anos), desde que elas já possam entender o idioma.
No fim do passeio há a degustação. São mais de 20 tipos diferentes de chocolate para serem experimentados. Dica: preste atenção nos que você mais gostar, pois após a sala de degustação há a loja, onde se pode comprar todos aqueles chocolates maravilhosos. O preço é justo, levando em conta que é um chocolate suíço. Nada exorbitante. Na loja eles aceitam cartão de crédito e Visa Travel Money.


Dali já é hora de voltar. Pega-se o trem novamente e volta-se para Montreux pela mesma estradinha simpática.
Como eu achei Montreux uma cidade um tanto cara em termos de hospedagem, optei por ficar em um albergue em Genebra que fica a 1 hora de trem. Mesmo com a passagem, ainda saía mais barato que ficar em um hotel nas imediações da estação de Montreux. Fiquei no City Hostel Geneva (http://www.cityhostel.ch/spanish/index.html) , um albergue muito limpo e bem perto da estação de trem Cornavin, em Genebra. Já é a segunda vez que fico lá e recomendo muito pois é um albergue que tem tudo que se pode esperar (vale deixar claro que esse post não é patrocinado! Realmente conferi e gostei dos serviços desse albergue).
Para quem vai dar uma escapada à Suíça e estará na parte francesa do país, aconselho a fazer o passeio do Trem do Chocolate, pois é uma maneira bem divertida e gostosa de conhecer um pedacinho desse país tão bonito!

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JUNHO DE 2013

sábado, 24 de julho de 2010

Última postagem de Genebra

Bonjour amigos,

Essa postagem vai sem foto mesmo porque meu tempo na internet já vai acabar.
Fui à Catedral de Saint Pierre assistir ao concerto de órgão. Lindo! O rapaz tocou obras de Bach...voei longe até uma certa praia no Rio de Janeiro com concertos de música clássica...ai, ai...
Depois saí para dar uma última voltinha pela cidade já que amanhã devo voltar super cansada do passeio do "trem do chocolate" e talvez nem queira passear.
Genebra não me impressionou. Eu esperava bem mais. É uma cidade muito grande e com pouca coisa para se fazer. Vale a pena apenas para passar dois dias, mais que isso é exagero, a não ser que você queira torná-la uma base para alguns outros passeios!
Os suíços não são tão bonitos como imaginei, aliás, são bem comuns (ou serei eu que estou vendo todos comuns porque meu coração está ocupado?) e há muita gente estranha por aqui. Hoje mesmo vi um cara de idade já, numa bicicleta, bêbado, todo tatuado, sem camisa, com um casaco de couro estilo motoqueiro, uma minissaia plissada colorida e um sapato alto. Visualizou? Pois é...pode rir!
Aqui também tem muitos africanos e árabes, esses estão por toda parte! Impressionante! Paris estava cheia deles e aqui não é diferente.
Percebi que esse bairro onde estou é de pessoas mais humildes e onde se concentram os mendigos e pedintes. Como não saio à noite (aqui só escurece às 22h) não tive problemas, mas escuto da minha janela as brigas, confusões e batidas de carro na madrugada.
Hoje quase fui abordada por um ser, no mínimo, suspeito. Eu estava parada no sinal esperando para atravessar e abri meu mapa. Quando olho, um sujeito estranho com cara de mendigo vem na minha direção fazendo menção de falar alguma coisa. Nem esperei. Fechei o mapa e saí andando! Só ouvi ele dizer em francês: "Espere, brasileira!" pois eu tava com a minha mochila do Brasil. Nem dei ideia! Mal sabe ele que estava lidando com uma carioca acostumada aos mendigos do Rio de Janeiro. Não tenho noção do que ele queria, mas não fiquei para saber...cuidados que se deve ter quando se viaja sozinha.
De um modo geral tem corrido tudo bem, tenho entendido as pessoas (na medida do que meu parco francês permite) e tenho me feito entender. Hoje no trem para Yvoire até conversei uns 10 minutos com uma moça de Marseille! No início foi meio complicado,mas depois deu pra falar...
Creio que vou levar uma bela bagagem cultural dessa viagem, embora eu sinta muita falta da minha família, dos meus amigos e do meu namorado! Espero que a Itália seja mais animada que Genebra. Meu próximo post será de lá, direto de Milão!

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2010

Yvoire, uma cidade medieval

Bonjour, amigos!

Hoje fiz um passeio de trem a Yvoire, uma cidadezinha minúscula que fica no sul da França e faz fronteira com a Suiça. Demora uma hora de trem (não é exatamente um trem, é um ônibus em formato de trem). Fui pela "Trolley et Train Tours" (custo: 49 SF) que sai do Quai du Mont Blanc, beirando o Lac Léman. Aliás, nesse tour eu descobri que esse é o maior lago de água doce da Europa Ocidental!
O passeio é bem gostoso, vai por várias cidadezinhas (essas sim com cara de Suiça!) até chegar em Yvoire, que, como toda cidade medieval, era murada. Tudo é muito pequeno e muito florido. Em 2horas dá tempo de andar por toda a parte murada.
Em 2002, Yvoire representou a França em um concurso e ganhou o troféu de "cidade mais florida e com mais variedade de flores" e realmente, para qualquer lugar que se olhe, só se vê flor! Uma graça!



Passeei bastante e descobri um Labirinto de plantas feito para representar o homem na busca pelo paraíso! São 9 partes. As cinco últimas são as mais interessantes pois cada jardim representa um dos sentidos do ser humano (paladar, olfato, tato, visão e audição) e as plantas ali colocadas tem a ver com isso: no do paladar estão frutas, no do olfato as flores mais cheirosas, no do tato a gente pode tocar nas plantas para sentir sua textura, no da audição está uma fonte com o barulho das águas e no da visão estão as flores mais coloridas que misturam azul, púrpura e todos os seus matizes. É lindo!









Saí de lá feliz com tanta paz! Tirei um milhão de fotos do lugar, comi um crepe e voltei para esperar o trem de volta. Foi um passeio muito interessante, na verdade, acho que foi a melhor coisa que fiz em Genebra até agora. Agora vou sair de novo para ir até a Igreja de Saint Pierre assistir a um concerto. Se, quando eu voltar, meu cartão de 24horas da internet ainda estiver valendo, conto como foi.

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2010

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Genebra II, dia de sol!

Bonjour, amigos!

Hoje acordei tarde! Muito tarde! É que dormi mal à noite, pois há muito barulho aqui na rua do albergue, apesar dela ser uma rua que quase não tem trânsito, mas o que tem de criança berrando, adulto falando alto e caminhão de lixo reciclável passando é uma loucura! Enfim, como estou de férias, me dou ao luxo de acordar a hora que meu sono acabar, até porque, como eu estava ficando resfriada, achei melhor descansar um pouco mais.
Quando eu estava saindo do albergue, cruzei com um brasileiro, chamado Giovanni, fazendo check-in e saímos juntos para explorar a cidade. Fomos até a praça principal (se é que ela pode ser chamada assim porque o que mais tem por aqui é praça!) para ver a Catedral de Saint Pierre, uma Igreja de 1150 feita com elementos góticos e romanos, cuja fachada foi baseada no Pantheon romano. Dali continuei meu percurso sozinha, pois o Giovanni queria ir a outros lugares.





Durante a época da Reforma Protestante, essa igreja foi reservada aos cultos da nova religião de Calvino e Genebra acabou se tornando uma cidade protestante. Tanto que existe, ao lado da Igreja, um "Museu da Reforma" que mostra toda a trajetória dos líderes desse movimento religioso aqui na cidade. O lugar é um tanto sinistro, tem bíblias antiquíssimas e várias informações de como os protestantes foram perseguidos naquela época, mas infelizmente não é possível fotografar. O ingresso custou 10 SF (francos suiços) e acho que valeu a pena pela história do lugar.



De lá fui almoçar em um restaurantezinho bem simpático chamado "Chez ma cousine" (6, Place du Bourg-de-Four, Vieille-ville) e comi um delicioso frango com batatas e salada por menos de 20 SF, o que para os padrões suiços, é bem barato.



Voltei andando para o Jardin Anglais e resolvi fazer um passeio de trenzinho que vai beirando o lago (8 SF). Foi bom. O dia estava bonito e deu para tirar boas fotos.





Genebra não se parece muito com aquela Suiça que a gente tem na cabeça, mas é bonitinha. Contudo me arrependi um pouco de ter reservado 4 dias para ficar aqui. Dois seriam suficientes e eu poderia ter passado mais dois em Paris, mas tudo bem...nem sempre os lugares são como a gente gostaria.
As pessoas daqui são muito simpáticas e atenciosas, mas parece uma cidade cosmopolita demais. De qualquer modo, estou aproveitando e amanhã devo fazer um passeio a Yvoire de trem, naquela mesma companhia do trenzinho que andei. Yvoire é uma cidade no sul da França, mas como fica muito perto de Genebra há esse passeio de trem. Espero que seja divertido. E no domingo tem o passeio a Montreux para ir no "trem do chocolate", esse, sim, está sendo ansiosamente aguardado!
Se eu não estiver muito cansada, conto como foi no próprio domingo, senão, só quando eu chegar em Milão na segunda-feira, pois no hotel de lá a internet é grátis.

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2010

Genebra

Bonjour, amigos!

Estou em Genebra. Cheguei ontem, vinda de Paris, mas antes de contar minhas aventuras em terras suiças, vou narrar meu último dia em Paris. Na quarta-feira eu tinha ficado de me encontrar com o Leo novamente para irmos ao Museu Eugene Delacroix, mas ele se enrolou com a mudança de albergue e acabamos não nos vendo mais. Fui sozinha ao museu. Ele fica em uma pracinha simpática bem atrás da Igreja de Saint Germain des Prés. Na verdade ali foi a casa em que Delacroix viveu nos últimos anos da sua vida. Eu só conhecia uma obra dele (“ A liberdade guiando o povo” que está no Louvre). O Museu é pequeno e tem poucas obras. A maioria são quadros pequenos. Bonitos, mas bem longe da imponência do quadro que eu conhecia.





Saindo de lá, resolvi passar na Igreja de Saint Germain, até porque, ano passado quando estive lá, a bateria da máquina havia acabado e não pude tirar fotos internas.
Eu não me lembrava como essa Igreja era bonita! Ela é a mais antiga de Paris, datada do ano de 900. Fiquei um tempo lá dentro. Acendi até uma vela! Eu, que nem católica sou!! Mas eu tinha lá meus motivos...Tirei fotos e fiquei apreciando o belo órgão que estava tocando. Aliás, estão acontecendo vários concertos em várias Igrejas de Paris nesse mês de julho. Pena que não poderei vê-los.
Depois da Igreja, resolvi flanar um pouco por Paris, afinal estou fazendo uma viagem com calma e com tempo para curtir as cidades sem aquele desespero de “bater ponto” nas principais atrações. Vou indo devagar, no meu ritmo. Vendo um museu aqui, uma igreja ali, um monumento acolá, porém sem pressa. Com tempo para observar as pessoas, os hábitos, ouvir a língua e apreciar o céu.
Foi imbuída por esse espírito que fui parar na beira do Sena, em plena “Paris Plages”. Esse evento acontece já há alguns anos na cidade, sempre entre julho e agosto e é quando a prefeitura coloca areia na beira do rio com cadeiras e guarda-sóis para aqueles que não puderam viajar poderem curtir o mais próximo de uma praia que o parisiense é capaz de chegar. É interessante. Há jogos para as crianças, aulas gratuitas de dança de salão e algumas atividades esportivas. Como era meu último dia na cidade, resolvi sentar em uma daquelas espreguiçadeiras e ficar lendo um pouco. Bem parisiense!



Lá pelas 18h a Renata me ligou para combinarmos de comer alguma coisa. Nos encontramos no metrô Saint Michel e fomos a um simpático restaurante chamado “Le Lutéce” no Blv. Saint Michel mesmo. Uma delícia! Pedimos o prato do dia que era salmão com macarrão e molho de mostarda! Simplesmente de-li-ci-o-so! Mas o melhor estava por vir: a sobremesa! Eu pedi um mil folhas de maçã e a Renata pediu Profiterolis de chocolate. Era de comer rezando!!!!! De lá demos uma volta para ela me mostrar onde ficava uma livraria só com livros de viagem. Um paraíso! Ainda bem que àquela hora ela já estava fechada! Como estava ficando tarde, fui pra casa arrumar minha mala e tentar dormir um pouco já que hoje eu iria viajar cedo.



Fui para a Gare de Lyon de ônibus (número 63 que passa no Blv. Saint Germain bem ao lado da estação de metrô Cluny-La Sorbonne), o que foi bem mais fácil que ir de metrô lotado com mala. Aliás, descobri que 20kg é muita coisa pra carregar, mesmo divididos entre mala e mochila. E o pior é que eu não trouxe absolutamente NADA supérfluo! Impressionante como a gente carrega tralha!
Cheguei na Gare de Lyon e descobri que existem plataformas de trem em cima e embaixo. Naquele quadro em que a gente vê o horário, antes de aparecer qual é o “voie”(plataforma) em que o trem vai parar, primeiro ele mostra um quadrado azul (plataformas de baixo, identificadas por letras) ou um quadrado amarelo (plataformas de cima, identificadas por números). Já sabendo isso, você vai para as plataformas e fica esperando, pois 20 minutos antes do horário do trem sair, aparece a letra ou o número correspondente à plataforma que se deve ir. Fácil.
Entrei no trem, coloquei minha bagagem no local correspondente e sentei no meu lugar. Seriam 3h22 de viagem e eu vim dormindo a maior parte dela. Ao chegar na Gare Cornavin em Genebra, passei no posto de informações turísticas, peguei mapa e um livreto com o que há para fazer na cidade. Aproveitei também para comprar as passagens para Milão e para Montreux.
Saí da Gare em direção ao Albergue “City Hostel Geneva” que fica na rue Ferrier, número 2. É perto da estação. Uns 10 minutos a pé, talvez nem isso, mas carregando 20kg isso parece uma eternidade. O albergue é bonzinho. Limpo, organizado e com vários serviços como internet, lavanderia e telefone público, só que são todos pagos. Tudo aqui é muito caro e é outra moeda, o franco suíço, por isso é preciso fazer câmbio, mas há uma casa de câmbio em cada esquina, com cotações bem variadas.
Saí do albergue e fui dar uma volta pra fazer um reconhecimento do território. Fui até o Jardin Anglais, um parque no centro da cidade que vai beirando o lago, chamado de Lac Léman. Nesse parque há um relógio florido, construído em homenagem à indústria de precisão de Genebra. São 6500 tipos diferentes de plantas.





No Lac Léman fica o “Jet d'eau”, um jato de água que é o símbolo da cidade. É só um chafariz, mas é bem bonito. Pena que o dia hoje estava nublado e chuvoso, mas eu tenho esperança que melhore nos próximos dias.



Depois de tudo, eu estava cansada e voltei para o albergue, até porque, com essa virada de tempo, minha garganta começou a inflamar um pouco. Como eu já sabia que isso iria acontecer, trouxe meu antiinflamatório e estou tomando, portanto, aos leitores desse blog, não se preocupem, estou bem.
Amanhã vou explorar mais a cidade e depois venho contar.

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM JULHO DE 2010
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