Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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domingo, 20 de novembro de 2016

A eterna busca do meu lugar

Olá amigos!




Esses dias uma ex-aluna minha me perguntou sobre Roma. E, curiosamente, Roma, a tão aclamada cidade eterna, foi uma das poucas cidades em que estive e da qual não gostei.
Fui a Roma, a primeira vez, em 2010 e relatei aqui no blog minhas impressões dessa cidade que considerei um tanto caótica, suja e sem informações básicas para os turistas que não vão em excursão. Fui muito criticada por ousar não gostar de Roma. Algumas pessoas me consideraram quase como uma herege da religião viajante! 
Achei engraçado porque dá a impressão que, por ter um blog, eu sou obrigada a amar todos os lugares para onde vou e a falar bem de todos. Quem leu meus posts sobre Roma viu que, em nenhum momento, eu disse que a cidade não era bonita ou que não tinha uma história incrível. Pelo contrário! Foi exatamente por considerar Roma como uma "deusa" das cidades, tamanha a sua importância histórica e cultural para o mundo, que eu fiquei decepcionada em ver como eles tratavam o turista independente por lá.
Dei uma nova chance à cidade em 2015, quando fui passar uma temporada na Toscana e fiquei 2 dias em Roma. Continuei não gostando. Aliás, dessa vez foi ainda pior que da primeira, por isso nem me animei em escrever nenhum post a respeito.
Mas estou escrevendo esse post hoje porque tudo isso me fez pensar no porquê gostamos ou não de um lugar quando viajamos. Quais as nossas expectativas? Que gosto individual é esse que vai fazer eu me apaixonar por um lugar e ser indiferente a outro? 
Eu sou o tipo de pessoa que estuda e lê muito sobre os lugares para onde vou bem antes de ir. Minhas viagens começam meses antes, na leitura de guias, revistas, blogs; na busca por vídeos, por depoimentos de quem já foi, por troca de experiências através de grupos no facebook. Eu não sou o tipo de turista que vai para um lugar sem saber o que existe lá para ser visto, explorado e conhecido. 
E eu não tenho o menor problema em "ser turista". Eu faço programas clichês de turista sim. E gosto. Mas também busco outras atividades menos conhecidas (quem acompanha meu blog já viu aqui alguns programas  nessa seara). 
Eu fiquei me perguntando o que certas cidades como Conservatória, Paris e Buenos Aires têm que me encantam tanto e me fazem querer voltar sempre e sempre! (Agora Sevilha entrou nessa lista, pois fiquei extremamente encantada pela cidade andaluza) Mas que, para minha surpresa, Veneza não teve. Só fui a Veneza uma vez em 2010. Passei 10 dias lá realizando um sonho que vinha comigo desde a  adolescência. Foram 10 dias  vivendo em um universo paralelo simplesmente maravilhoso porque Veneza era tudo o que eu sonhava e até mais, porém (e curiosamente) eu nunca senti necessidade de voltar. Foi uma cidade que, certamente, encantou meu coração, assim como Madri, Bruxelas, Genebra, Montevidéu, Avignon, Colônia do Sacramento, São Paulo, Campos do Jordão e tantas outras cidades pelo mundo, contudo não são lugares em que eu "precise" voltar, como acontece com Conservatória, Paris, Buenos Aires e Sevilha. 
Há uma conhecida minha que está morando em Beirute. E, a despeito de tudo o que falam sobre as cidades árabes, ela está muito feliz. Da última vez que nos falamos, ela me disse que tinha encontrado  o seu lugar no mundo. Talvez seja esse o motivo que me faz querer voltar tantas vezes: nesses lugares eu encontro um pouco do meu lugar no mundo. Seriam lugares onde eu gostaria de morar (menos Sevilha porque é muito quente no verão) 
Acho que você, que está lendo esse blog agora, deve ter essa mesma sensação com algum dos lugares em que já esteve. Conta aí, na caixa de comentários, para qual lugar você sempre volta em toda viagem.  

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Tipos de viagem e de pessoas que viajam




Olá, amigos!

É engraçado como acontecem as viagens na minha vida. Há aquelas que são planejadas, pensadas por um ano inteiro, que tem até ingressos para os lugares turísticos mais concorridos comprados com antecedência. E tem aquelas que acontecem assim, de repente! Seja por uma promoção de uma companhia aérea, uma passagem tirada por milhas, um hotel que estava com aquelas promoções do tipo "fique duas noites e ganhe a terceira de graça", enfim, existem também essas viagens inesperadas que nem são tão planejadas, mas que ficavam ali, no interior do meu coração, como desejo, sendo gestadas lentamente e que um dia, pimba! Acontecem!
Não sei se um tipo é melhor que o outro, pois viajando, sempre se ganha. Claro que tenho uma tendência a preferir as primeiras, pelo meu jeito metódico de ser, mas nunca descarto a possibilidade da surpresa, especialmente quando se trata de viagem!
Já fiz planos, comprei passagem, reservei hotel, tudo como manda o figurino e na hora H, mudei de ideia e fui pra outro lugar, com outras pessoas, outros projetos. E foi muito bacana!
A grande verdade é que, quem é mordido pelo bicho viajeiro, gosta de qualquer viagem, desde que seja para um bom lugar, com boa companhia, seja de outras pessoas ou de si mesmo.
Conhecer outras cidades, outras culturas, outra língua (porque mesmo quando a gente viaja para o Brasil  de diversos sotaques e expressões, acabamos nos deparando quase com outra língua), outros hábitos, outros ares. Nada renova mais a alma!
Eu conheço tanta gente mais velha que eu que mantém esse espírito de juventude exatamente porque viaja.
Consigo entender perfeitamente aquelas pessoas que não viajam por falta de dinheiro, mas nunca vou entender as pessoas que, mesmo tendo possibilidade, se recusam a sair do seu mundinho confortável, se recusam a ver que o mundo vai muito além de seus quintais. Mal sabem elas, coitadas, o que estão perdendo! Espero que elas saibam o que estão ganhando, porque eu jamais saberei...

sábado, 19 de abril de 2014

Síndrome de abstinência

Olá, amigos!

Já tem mais de 3 meses que não viajo e minha última viagem à Paris já vai fazer um ano....acho que estou com síndrome de abstinência. Ando precisando viajar urgentemente!
Esse ano meus dias ganharam novas prioridades e, provavelmente, não vou viajar muito. Na verdade, estou bem feliz com o rumo que minha vida está tomando, mas não posso negar que sinto uma imensa falta de sair por aí desbravando novas cidades, novos países, novas culturas e novas línguas.
Porém, de tudo, acho que o que mais sinto falta é de Paris. Minha outra cidade. Meu universo paralelo. Meu mundo dentro da Europa. É lá que me encontro, que me sinto em casa. Impossível ir à Europa sem passar por Paris.
Queria ter duas vidas paralelas. Uma delas seria toda vivida lá, em um studiozinho no Quartier Latin, entre cursos na Sorbonne e visitas a museus e livrarias. E no final do dia, iria ao Parvis só para ver o meu amor se acender. Ela: a Notre Dame!
Sinto falta do cheiro de Paris, um misto de fumaça de cigarro e baguete saída do forno. Sinto falta do gosto de Paris, uma mistura de éclair de chocolate e sopa de cebola. Sinto falta de passear pelo Sena, só pra ver a Torre Eiffel de um lado e a Notre Dame do outro. Sinto falta do Louvre com sua pirâmide imponente e suas salas cheias de conhecimento, cultura e história. Mas sinto falta, principalmente, da sensação de chegar em casa toda vez que subia a escada do metrô Saint Michel ou toda vez que voltava das compras no Monoprix.
Paris é minha casa sentimental. Não há como ser triste em Paris. Mesmo com dias frios, com chuva, com o trânsito caótico na hora do rush, não há como não estar feliz ali.
Claro que ela tem problemas, como qualquer capital, mas deve ser muito bom poder viver na cidade com a qual se tem um caso de amor, mesmo que, vez ou outra, haja uma briguinha.
Paris, tu me manques! Exatamente assim, literalmente! Você me falta. É como se Paris fosse um pedaço da minha alma e essa alma só fica completa quando estou lá.

A Bientôt!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Alerta aos viajantes que andam de trem pela Europa!!

olá, amigos!


Recebi um email de uma leitora contando sua triste experiência de furto em um trem suíço. Por isso, resolvi transformar a história dela em um post, afinal, cuidado nunca é demais.

No início de outubro de 2013, ILV,  saiu de Brasília com seu filho com a intenção de aproveitar alguns dias na Suíça. Depois de uma viagem agradável que durou 1 semana, ela e o filho deveriam se deslocar a Milão para poder pegar seu avião da TAP de volta ao Brasil. Ela havia comprado as passagens de trem GENEBRA-MILÃO  em vagão de primeira classe pela internet no site da Rail Europe.
No dia marcado, ela e seu filho chegaram à estação de trem de Genebra e, logo do início, estranharam a pouca quantidade de funcionários na plataforma. Ainda assim, conseguiram ser informados que estavam no vagão errado (de segunda classe) e correram para entrar no vagão correto, já que os trens, em toda Europa, costumam ficar apenas alguns minutos parados na estação.
Eu já peguei trem em vários países europeus e,em todo espaço Schengen, uma coisa que quase não muda é a maneira como eles controlam as passagens: em todos os trens eles nunca pedem o bilhete na hora do embarque (salvo em Madri, onde há um check-in em que se passa pelo raio X e se tem de mostrar o bilhete antes de entrar na composição). Por isso, ILV e seu filho entraram no trem, colocaram suas bagagens nos compartimentos adequados e sentaram para aproveitar a vista. Em dado momento, o fiscal passou, pediu os bilhetes, carimbou e devolveu, como costuma acontecer em qualquer outro trem. Segundo ILV, o funcionário não mencionou nada sobre cuidados com a bagagem ou número de paradas até o destino.
Isso, certamente, se dá porque os europeus acreditam que as pessoas tem de cuidar, elas mesmas, de suas bagagens (incluindo a segurança das mesmas) e o número de paradas está escrito nos letreiros das estações, portanto, eles não se veem na obrigação de avisar sobre nenhuma das duas coisas.
Para ILV, isso significou que o país era seguro e que se poderia confiar nas pessoas. Qual não foi sua surpresa quando, em uma das paradas, um homem bem vestido, com uma mochila nas costas, entrou no vagão pela porta da frente, foi andando pelo corredor colocando as mãos nos compartimentos de bagagem, acima das poltronas, como se estivesse se segurando (embora o trem estivesse parado) e pegou sua mochila sem que eles percebessem. O tal homem saiu tranquilamente pela porta traseira do vagão.
Dentro da mochila: máquina fotográfica, computador, telefone, relógio, cerca de 300 euros e mais alguns outros pertences.
ILV conta que, ao dar por falta da mochila quase imediatamente, pois seu filho precisava tomar um remédio que estava dentro dela, ela correu para tentar achar algum funcionário da companhia de trem na plataforma e nada. O ladrão desaparecera com sua mochila sem deixar rastro. Segundo ela, isso é algo recorrente e feito por profissionais que acreditam que as pessoas só vão dar por falta de suas bagagens no destino final.
Como ela não poderia perder seu avião para o Brasil, visto que o prejuízo seria muito maior, resolveu seguir em frente e deu parte às autoridades quando chegou aqui, informando a Rail Europe e a Interpol. As autoridades responsáveis ainda não lhe deram qualquer resposta, mas assim que isso acontecer, volto para contar.

De qualquer modo, uma coisa que tenho percebido com essa crise que assolou a Europa desde 2008 e, mais contundentemente em 2011, é que aquele continente não é mais tão seguro como já foi. Em um lugar onde muita gente está sem emprego e onde se pode circular livremente entre os países mais e menos abastados, é de se esperar que haja mais roubos e furtos, por isso, todo cuidado é pouco! Em especial nos trens que circulam por vários países e, cuja entrada não é controlada, é sempre bom ficar atento às suas bagagens. Eu, como carioca que sou, levo um cabo de bicicleta ou mesmo uma corrente com cadeado para prender minhas malas no trem, assim, posso viajar longe delas sem me preocupar. É claro que isso não impede o roubo, mas dificulta bastante.
É sempre bom não descuidar da segurança, especialmente com documentos, cartões e dinheiro. Aja como se estivesse numa grande cidade do Brasil. Tenha medo! Pois o medo faz com que você se cuide mais, fique mais atento e não se descuide achando que pode confiar só porque está no chamado "primeiro mundo".
A experiência de ILV, embora triste e desagradável, serve de alerta a todos nós para que tenhamos mais cuidado com nossos pertences, pois a Europa já não é mais a mesma há algum tempo...
Até a próxima!


sábado, 29 de dezembro de 2012

Última viagem de 2012

Olá, amigos!

Não, eu não estou viajando fisicamente. Essa última viagem do ano a qual me refiro no título desse post é uma viagem interna. Pensei muito se deveria ou não fazer um post de retrospectiva desse ano que passou e, depois de muito relutar, cá estou.
2012 não foi um ano fácil para mim. Deveria ter sido, mas não foi. Sofri inúmeras pressões, principalmente de mim mesma, querendo sempre ser melhor, querendo sempre ir adiante e esbarrando em percalços aqui e ali. Mas deixemos a filosofia de lado!
Esse foi, sem sombra de dúvida, o ano que mais viajei! Foram 5 viagens no total. Nesse sentido, foi realmente um bom ano, contudo, quantidade não é qualidade e as viagens não foram tão boas como eu esperava. Não que tenham sido ruins, longe disso, mas eu é que não estava muito bem e, por mais que a gente não queira, mesmo quando a gente viaja com a intenção de esquecer tudo, acaba levando os problemas com a gente. Contudo, esse não é o lugar nem o momento para lamentações e vamos falar do que foi bom!
Logo no início de 2012 fui ao meu paraíso particular (Conservatória) para arrecadar energia para todo o ano. Fui com a família e uma amiga. Foi um fim de semana bem bacana, afinal, não há como Conservatória ser ruim com tanta música espalhada por aquela cidade com cheiro de passado.

Depois, ainda em janeiro, fui fazer uma visita aos amigos de São Paulo e aproveitar para conhecer um pouco mais aquela terra pela qual desenvolvi um carinho imenso. O mais engraçado é que odiava Sampa quando morava lá, mas alguns anos depois que voltei ao Rio, acabei fazendo  amizade com tantos paulistas e paulistanos que a cidade ficou amigável. Isso sem contar o fato de que culturalmente, acho que nenhuma cidade brasileira supera São Paulo.

Em junho, houve um grande feriado aqui no Rio por conta da "Rio+20", um encontro entre líderes mundiais após 20 anos da "Eco 92". Era um encontro para que os países fizessem alguns acordos para salvar o planeta que já pede socorro há muito tempo, mas acho que passarão mais 20 anos e nada acontecerá. De qualquer modo, aproveitei o feriado para ir a São Lourenço, uma cidade mineira que eu adorava há uns 10 anos atrás. A cidade estava bem diferente, mas a chuva acabou atrapalhando a viagem e eu fiz apenas um post sobre os dias que passei lá.

Após 3 viagens ao meu país, em novembro, fui à Europa. Foi uma viagem bem diferente das que eu costumava fazer. Primeiro pela época. Eu nunca havia viajado para a Europa no frio e estranhei bastante, não tanto pela quantidade de frio, pois estava bem suportável, mas por toda a dinâmica envolvida nesse frio, à qual não consegui me habituar. Além disso, a viagem foi diferente também porque foi a primeira vez que viajei em grupo. Éramos 8 pessoas. Nem todas viajaram para o mesmo lugar e nem ao mesmo tempo, mas durante 6 dias, ficamos todos juntos em Paris. Foi bom e foi difícil ao mesmo tempo. Me vi em situações complicadas e tive de aprender a lidar com elas. Porém, ao mesmo tempo, houve muita risada, muitas histórias e muitos passeios bem divertidos justamente porque estávamos juntos. Enfim, foi um aprendizado.

E quase emendando uma viagem na outra, logo que cheguei da Europa, acabei não resistindo a uma promoção de passagens por milhas para Buenos Aires e lá fui eu para a terra do los hermanos. Afinal não é todo dia que a gente consegue não pagar uma viagem de avião. Buenos Aires é uma paixão aqui na América do Sul. Foi a primeira cidade para a qual viajei inteiramente sozinha, foi o primeiro lugar fora do Brasil para onde fui e desenvolvi um amor especial por essa cidade tão perto e tão europeia. Essa foi minha quinta vez por lá, no entanto, a crise econômica está prejudicando muito o turismo, pelo menos o turismo no estilo mais mochileiro, já que tudo está caro demais!! DEMAIS mesmo!!!! Além disso a cidade anda mais suja que o normal e com o triplo de pedintes e moradores de rua. Eles não chegaram a me incomodar, mas andei vendo pela Tv, logo que voltei ao Brasil, que a crise está tão feia que a população está fazendo protestos saqueando lojas e mercados. Claro que isso dá margem aos bandidos agirem e a cidade acabou ficando um tanto perigosa. Uma pena. Ainda não postei sobre essa viagem, os posts ficaram para o ano que vem.

Saldo final: 5 viagens, sendo 3 para o Brasil e 2 para fora. E durante todas elas, fiz muitas viagens internas, muitas descobertas sobre mim mesma. Aprendi em todas e entre todas. Chorei um pouco. Ri muito. Me diverti, conheci lugares novos, pessoas novas. Revi amigos antigos. Fiquei mais próxima de algumas pessoas e mais distante de outras. Descobri o que gosto, o que não gosto e aquilo que não estou mais disposta a abrir mão. Mas também descobri como coisas simples podem ser encantadoras e divertidas.
Viajar é sempre expandir a mente, abrir horizontes na cabeça e no coração e foi isso o que me aconteceu esse ano mais que em todos os outros.
Para 2013, desejo menos quantidade e mais qualidade nas viagens. E sei que isso vai acontecer, pois foi graças a esse ano de 2012 que pude descobrir que era isso que eu queria. Se eu não tivesse viajado tanto, nunca saberia. No fundo, toda experiência é boa, mesmo quando não é.
É isso, amigos! Um feliz 2013 a todos nós e, aproveitando que o mundo não acabou, façamos muitos planos de viagem!
beijos e até ano que vem!

sábado, 17 de março de 2012

O ato de viajar


Olá, amigos!

Hoje não tenho nenhum assunto especial para falar aqui, mas quero falar um pouco apenas do maravilhoso e sempre bem vindo ato de viajar!
Viajar aquece a alma, nos torna mais cultos, mais tolerantes, nos faz perceber que existe um mundo muito maior que aquele que avistamos do nosso quintal. Viajar é cruzar as fronteiras não apenas físicas, mas culturais e linguísticas.
Comecei a viajar bem cedo, não me lembro exatamente quando, mas desde pequena que todas as férias eu e minha família saíamos em viagem para algum lugar do Brasil. Assim conheci primeiro as cidades do Estado do Rio de Janeiro como Visconde de Mauá, Itatiaia e Penedo. Depois, algumas cidades mineiras (Estado pelo qual tenho paixão!) como Poços de Caldas, São Lourenço, Caxambu, Tiradentes, Mariana, São João del Rey, Ouro Preto, Congonhas e Sabará. Ainda adolescente fui parar em Curitiba e Blumenau em pleno verão achando que lá sempre fazia frio (claro que tive que comprar roupa já que a mala não era compatível com o clima!). Também fui a Maceió e Porto Seguro, mas confesso que o Nordeste não faz muito a minha cabeça, levando em conta que não gosto de sol nem de praia e nem de comida condimentada. Ainda conheci a linda cidade de Campos do Jordão, na Serra Paulista,  para onde fui algumas vezes.
Só depois de adulta, formada e já tendo passado dos 30 anos é que me atrevi a viajar para fora do Brasil, começando com aquele destino clássico que a maioria dos brasileiros escolhe para primeira viagem internacional: Buenos Aires!
Como foi diferente aquela viagem! Não apenas por ser o primeiro lugar fora do meu país, tampouco por ser minha primeira viagem inteiramente sozinha, mas porque foi a minha primeira viagem para fora em tempos de internet! E como isso fez diferença!
Sempre gostei de guias e sempre os comprei, desde muito cedo, mas com a internet todas as informações ficam mais acessíveis, sem falar na gama de informações que se pode obter com um simples click no mouse. Foi nessa época que descobri o maravilhoso mundo dos blogs de viagem e seus mais ilustres integrantes e aí não parei mais! Lia, relia, lia em outro blog sobre o mesmo assunto, perguntava na caixa de comentários, mandava email para o blogueiro, enfim...foi somente em 2008 que o mundo das viagens "interneticionais"(junção para internet+internacionais) se descortinou à minha frente e, a partir daquele momento, viajar se tornou minha nova religião!
Desde aquela época, continuo comprando guias impressos e livros sobre viagens (tenho quase 3 prateleiras da estante cheia deles), mas nunca, em hipótese alguma, planejo uma viagem sem recorrer à internet.
Foi também naquela época que nasceu esse blog, no intuito de se tornar uma espécie de "diário de viagem", fosse das viagens já realizadas, fosse dos planejamentos para realizá-las.
Hoje em dia, passados 4 anos, ajudo alguns amigos e conhecidos a planejar roteiros, dou dicas  de hotéis, restaurantes, lojas, passagens aéreas e passeios. Algumas dessas dicas eu, de fato, experimentei. Outras não experimentei ainda mas estão nos meus planos. Tenho amigos que acabam realizando meus planos antes de mim por conta das dicas, o que é ótimo para troca de informações. Aliás, a troca é fundamental! Troco dicas com amigos que também amam viajar. A maioria desses amigos eu conheci primeiro virtualmente e só depois nos conhecemos na vida real. Alguns estão na esfera virtual até hoje.
Depois de Buenos Aires, veio minha primeira viagem à Europa . Uma conhecida minha havia feito um pacote por uma famosa agência de viagens e tinha se decepcionado horrores, então decidi não usar nenhuma agência no meu planejamento e fui, aos poucos, desbravando os percalços de como se pode viajar para Europa por conta própria. O truque é óbvio: antecedência no planejamento (principalmente se for a primeira vez) e muita leitura (física e virtual)!!!! Descobri que era mais fácil do que eu imaginava! Só precisava de uma boa dose de coragem e uma certa organização para que nada saísse errado (sempre tem algo que vai sair do controle, mas com essa organização, pode-se minimizar os danos).
Descobri o caminho das pedras de se planejar uma viagem utilizando a internet (com muita ajuda de grandes blogueiros como o Ricardo Freire do http://www.viajenaviagem.com/; a Mari Campos do http://pelo-mundo.blogspot.com.br/ e a Maria Lina do http://www.conexaoparis.com.br/; isso para citar apenas três) e hoje sei que posso ser minha própria agente de viagem  e de alguns amigos também (o que faço com grande prazer).
Não tenho nenhuma viagem planejada por hora, mas continuo devota do ato de viajar e recomendo sempre, a qualquer pessoa que tenha possibilidade financeira: viaje!
Depois de uma viagem o seu mundo muda! Tanto o mundo interno quanto a  percepção do mundo exterior! Novos horizontes se abrem e a gente percebe o quanto há para se descobrir! Muita gente não compreende essa vontade que arde ali, latente, pronta para ganhar ímpeto a cada possibilidade de nova viagem, contudo, de uma coisa eu tenho certeza: viajar é um ato que vicia! Porém, só vai trazer benefícios a quem puder escolhê-lo como seu único  e saudável vício!

Até Breve!
p.s. A foto acima é de Veneza em 2010

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Como montar uma mala de viagem

Olá, amigos!

Essa costuma ser uma dúvida recorrente em blogs e redes sociais, por isso, quando vi os vídeos abaixo não pude deixar de copiá-los para cá.
A professora consegue fazer uma mala apenas de mão para 20 dias na Europa na primavera! Fiquei impressionada!
Eu, que sou conhecida pelos amigos, por fazer sempre malas pequenas e preferir não despachar bagagem, só consegui esse feito por sempre viajar no verão, onde naturalmente as roupas são mais leves e podemos lavá-las na pia do banheiro do hotel que no dia seguinte estão secas. No caso desse vídeo (são dois vídeos, um é continuação do outro) ela consegue a proeza para uma estação de primavera na Europa, onde se precisa de casacos e acessórios mais pesados!
É claro que ela não leva a parafernália tecnológica que costumo carregar (laptop, mais de uma câmera, cabos, adaptadores de tomada, pen drives, etc, etc, etc...), mas ainda assim, tiro meu chapéu!
Eu costumo levar poucas blusas/camisetas pois não me importo de sair nas fotos com a mesma roupa, por isso eu diminuiria  umas 3 blusas da mala dela, mas acho que esses vídeos mostram como se pode viajar com malas bem pequenas (E sempre daquelas de 4 rodinhas 360°. Sempre, não importa o tamanho da mala!!)

Fica a dica para quem quer ter uma ideia de como fazer uma mala leve e não correr o risco de ter sua bagagem extraviada.

http://www.youtube.com/watch?v=i_zmrWKRXGI

http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&NR=1&v=b2pP1ZrOX40


Até Breve!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Uruguai - um país a ser desvendado


Olá, amigos!!

De repente, me peguei com vontade de conhecer mais a América do Sul...principalmente o Uruguai. Não sei por que, de uns tempos para cá, desenvolvi um carinho por aquele país e resolvi ir até lá conhecer suas principais cidades! Claro que isso ainda demora um pouquinho, estou na fase de planejamento.
Minhas intenções são conhecer a capital Montevidéu, onde descobri que existe um lindo teatro (Solís) com visitas guiadas. Há também as ramblas, assim como existem em Barcelona, um grande calçadão para a caminhada dos pedestres.
Outro destino que tem me interessado é Colônia del Sacramento, uma pequena cidade que fica a 1 hora de barco de Buenos Aires, e que, segundo li, se parece muito com a nossa Paraty.
Alguns dizem que Colônia se conhece em apenas 3 ou 4 horas, outros dizem que há um charme todo especial em se pernoitar na cidade por causa de sua iluminação e calma noturna. Ainda não decidi se pernoitarei ou não...
Há ainda Punta del Leste, uma cidade de praia, cujo monumento mais conhecido é La Mano de diós, uma mão saindo da areia. Dizem que é uma cidade cara e não tenho certeza se vale a pena um bate e volta de Montevidéu para uma pessoa como eu que nem gosta de praia...

Alguém teria alguma dica para dar? :)

sábado, 9 de abril de 2011

Saudade




Olá, amigos!!

Ando com saudade de Paris, com saudade de Veneza, com saudade de viajar...mas acho que estou com saudade da liberdade que uma viagem sozinha me proporciona. Viajar sozinha tem inúmeras vantagens: você faz tudo no seu ritmo, sem se preocupar com ninguém. Acorda a hora que quer, planeja e replaneja o dia à medida que as vontades de ir ali ou acolá vão surgindo, come o que quer, na hora que quer e SE quiser!
Ouve a música que quer no MP3, fica no computador o tempo que achar que deve, passa nos lugares que quer e olha os museus do jeito que acha melhor, sem ter de se deter em uma obra que não interessou ou ficando mais de meia hora em frente a um quadro que ama.
Viajar sozinho só tem duas desvantagens a meu ver: não há ninguém para registrar que você esteve ali nas suas fotos e, a não ser que você seja cara de pau e peça a desconhecidos para tirarem fotos suas (que nem sempre ficam boas!), você não terá muitas fotos com a sua presença diante dos monumentos e paisagens mais interessantes que visitou.
A outra desvantagem é a conversa. Pode ficar chato passar muito tempo sem ter com quem compartilhar o que está vivendo, contudo, eu resolvi esse problema blogando e tendo o retorno dos meus amigos e leitores em tempo real, além disso, sempre que eu ouvia algum brasileiro conversando, me metia e começava a conversar também. Aliás, brasileiro tem essa característica quando viaja sozinho: não pode ouvir português que já quer logo virar amigo de infância da pessoa. Eu era meio cara de pau mesmo, mas nunca excedia os 15 minutos de conversa. Algumas vezes levei foras, mas na maioria, todos estavam querendo compartilhar suas vivências também.
Tirando isso, só vi vantagens em viajar sozinha e estou com saudade disso. Não é que eu não goste de viajar acompanhada (que isso fique bem claro!), mas acho que, vez por outra, preciso dessa liberdade de sair pelo mundo (nem precisa ser para longe, pode ser até  para São Paulo) e ver tudo no meu ritmo, do meu jeito, comigo mesma.
Nem sei explicar por que inventei de fazer esse post hoje, mas acho que, como  minha vida pessoal anda passando por turbulências, acabei lembrando de como foram prazerosas as viagens que fiz comigo.
De qualquer modo, sou uma defensora das viagens solo! Acho que, ao menos uma vez na vida, as pessoas deveriam ter o prazer e o direito de viver essa experiência!

Até!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Dicas para qualquer viagem


Olá, amigos!

Enquanto minha nova viagem não chega, resolvi postar um "pequeno manual" com algumas dicas que aprendi ao longo dos meus dois últimos anos de viagem.

1- Seguro-viagem: faça o seu!

Toda viagem à Europa necessita de um seguro-saúde no valor de 30.000 euros. O quanto você vai pagar por esse seguro depende do número de dias que vai ficar lá, da sua idade e de qual seguradora vai escolher.  Eu fiz o meu na casa de câmbio em que troco meus euros, mas você pode fazer direto pela internet ou em uma agência de viagem, tanto faz. O importante é fazer, porque apesar de 99% das vezes eles não pedirem isso quando se passa na imigração, você não vai querer voltar para o Brasil por ter caído justamente no 1% restante, vai?
Uma dica: Passei 57 dias na Europa em 2010 e gastei R$350,00 com o seguro que cobriria qualquer eventualidade médica de que eu pudesse precisar nesse tempo. Graças a Deus não usei, mas conheço várias pessoas que já precisaram! Faça o seu! É um gasto a mais, contudo você viaja descansado!


2- Visa Travel Money


A maioria das pessoas já conhece, porém não custa nada fazer mais um post sobre o assunto. Esse é um cartão que tem a bandeira VISA e que se faz em qualquer casa de câmbio ou mesmo pela internet no Banco Rendimento (www.rendimentovtm.com.br) e funciona como um cartão de débito.
É o seguinte: Você deposita aqui no Brasil a quantidade de reais que quiser nesse cartão (lembrando que cada depósito mínimo é o do valor correspondente a 200 euros/dólares) e vai acumulando ali esse dinheiro como uma espécie de poupança. Ao chegar na Europa, procura qualquer estabelecimento que aceite VISA e pode pagar suas compras com ele, debitando o valor do que estava lá previamente depositado. A vantagem em relação ao cartão VISA internacional (aquele tradicional do seu banco) é que você não paga IOF, o que se gasta é exatamente o que será debitado. Outra super vantagem para quem faz viagens longas é que ele pode ser abastecido aqui no Brasil por alguém que se escolha e você resgata o dim-dim lá fora. É preciso fazer uma procuração na própria casa de câmbio onde se adquire o cartão em nome dessa outra pessoa.
A única desvantagem dele é que se você quiser sacar no caixa eletrônico lá fora (sim, ele tem essa função!) você pagará uma taxa de 2,50 euros por saque, logo a ideia é sacar uma quantia grande pois serão os mesmos 2,50 para um saque de 100 ou de 500 euros.
Contudo, uma outra vantagem é que se perder ou for roubado, pode suspender o crédito e mandar vir outro cartão onde você estiver (grátis só da primeira vez que isso acontece) e transferir seu saldo para esse novo cartão. E você ainda pode acompanhar todas as suas compras, débitos e saldo pela internet.
Dica: Usei em inúmeros lugares, desde farmácia, restaurante, supermercado, compra de passagem de trem até entradas de museu. Muito prático! E mais: para quem quiser há a versão em dólar no mesmo esquema.

3- Vacinação

Descobri que Portugal é o único país da Europa que exige certificado de vacinação contra febre amarela. Claro que isso é teoricamente, nunca ouvi falar de ninguém que voltou porque não tinha tomado a vacina, entretanto, não acho prudente correr o risco de cair naquele 1%, portanto...
O esquema é assim: você vai ao posto de saúde mais perto da sua casa, toma a vacina com pelo menos 10 dias de antecedência da data da sua viagem, e pega o comprovante de vacinação. Ao chegar no aeroporto vai até o posto da Anvisa e transforma esse seu comprovante em um "certificado de vacinação internacional". Para tanto, chegue com antecedência ao aeroporto.

4- Estudo

Eu sei que nem todo mundo tem a paciência de ficar lendo guias, revistas, blogs e tópicos no orkut , facebook e no twitter sobre os lugares para onde quer ir, mas estudar o mínimo a cidade para onde se vai otimiza o tempo e faz com que não se caia nas roubadas típicas para turistas. Por isso, procure se informar sobre o que há para fazer naquela cidade; os horários em que abrem e fecham as atrações que você quer ver naquela época do ano (os horários costumam ser menores no inverno e mais extensos no verão); como é o transporte público e qual a melhor forma de se locomover (em Buenos Aires, por exemplo, pegar táxi pra todo canto é prático e barato, porém, na Europa esse hábito pode arruinar seu orçamento); onde ficam os mercados mais próximos do seu hotel; quais os restaurantes que têm uma boa relação custo-benefício e, se puder, compre com antecedência, pela internet, a entrada para aquele museu concorridíssimo ou para aquela peça imperdível, pois isso, além de garantir sua entrada, evita horas desnecessárias e preciosas na fila.
Dica: Para quem vai a Florença, na Itália, ou ao Vaticano, existe um site excelente chamado Florece Tickets (www.florence-tickets.com) no qual se compra as entradas com bastante antecedência e evita as monstruosas filas da Galleria Uffzi ou dos museus do Vaticano, por exemplo. Eu comprei e achei um excelente custo-benefício.

5- Hospedagem

O melhor lugar para se hospedar em uma cidade é aquele que fica mais perto de tudo o que você considera mais importante!E isso, é claro, varia de pessoa para pessoa. Tem gente que detesta carregar mala, então o melhor lugar para se hospedar é perto do aeroporto ou da estação de trem; tem gente que curte baladas e bares então o melhor lugar para se hospedar é na parte mais boêmia da cidade; tem gente que prefere uma viagem cultural então o melhor lugar para se hospedar é perto de onde se concentram os principais museus e igrejas da cidade; tem gente que gosta de fazer viagem para comprar então o melhor lugar para se hospedar é perto das ruas de compras mais badaladas ou dos shoppings mais famosos. Tudo depende do seu perfil de viajante. Seja ele qual for o importante é  conseguir um hotel que atenda às suas necessidades e um dos sites mais interessantes para isso é o www.booking.com onde você pode ver comentários sobre os hotéis e a média das notas dadas pelos hóspedes.
Dica: Prefira hotéis ou albergues em que não se tenha que fazer um depósito prévio e possa cancelar com até 2 dias de antecedência da chegada, porque se você quiser mudar seus planos de uma hora para outra (como aconteceu comigo em Veneza, antes de chegar a Florença) fica mais fácil de minimizar os prejuízos.


6- Visto


Esse tópico ficou por último porque, na minha pouca experiência em viagens internacionais, nunca precisei de visto para onde fui.
Sei o seguinte: Para quem vai a Europa ficar até 90 dias não é necessário ter visto, basta um passaporte válido por, no mínimo, mais 6 meses a partir da sua data de viagem. É só disso que se vai precisar para entrar em qualquer país do chamado "Espaço Schengen". É um acordo firmado entre as 24 nações da União Europeia ( Alemanha, Áustria,Bélgica, Bulgária, Chipre,Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Suécia) sobre uma política de livre circulação de pessoas no espaço geográfico da Europa. Na prática, isso permite que você faça a imigração em um país e possa andar livremente por qualquer outro sem ter de carimbar novamente seu passaporte.
Aqui no Mercosul temos um esquema parecido entre Brasil, Argentina Paraguai e Uruguai. Pode-se circular por esses países apenas com a carteira de identidade, sem haver necessidade de passaporte, contudo a cédula de identidade deve estar em bom estado e ter menos de 10 anos de expedição.
Para países da América do Norte como Estados Unidos, Canadá e México é preciso tirar visto, geralmente com alguma antecedência, pois o processo demora um pouco. Descobri, outro dia, que quem tem visto para os Estados Unidos pode entrar no México com ele, sem precisar de outro específico, acho que isso também vale para o Canadá, mas não tenho certeza.
Dica: Há vários sites na internet que falam sobre visto, portanto se você vai para algum país fora esses que eu citei, procure se informar a respeito para não ser surpreendido na hora do embarque.

Creio que essas informações podem ajudar aos leitores desse blog a planejarem melhor suas viagens. Quem quiser também pode trocar dicas aqui na caixa de comentários. Assim como os blogs que li foram de fundamental importância para que eu tornasse minhas viagens quase perfeitas, espero poder ajudar àqueles que leem esse blog na busca de mais informações no que se refere ao tema.
Obrigada aos queridos leitores e até janeiro, na minha próxima viagem, onde eu convido a todos os amigos a viajarem comigo mais uma vez!

p.s. Todos os sites citados nesse post são ou foram usados pela autora e este blog não recebe nada por isso.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Tudo pronto para mais uma viagem

Olá, amigos!

Os preparativos para a viagem à Argentina estão a mil! Passagem comprada, hotel reservado. Tenho lido guias, olhado antigas revistas e feitos algumas pesquisas pela internet. Buenos Aires deixou de ser uma cidade barata! Tudo anda caro demais por lá pelo que eu fiquei sabendo através dos meus amigos portenhos.
É claro que, com o real valendo o dobro do peso, a viagem ainda sai em conta, mas foi-se o tempo em que se podia ir passar um feriadão na Argentina que valia a pena...
Eu e meus amigos passaremos 10 dias lá. Já planejamos alguns lugares para ir, mas não queremos engessar a viagem e deixamos alguns momentos livres para "o que surgir".
Também descobri que outro amigo meu, de São Paulo, estará lá na mesma época e aquele meu amigo de Aracaju também! Ou seja, será um comboio brasileiro andando pelas ruas de Buenos Aires!
De qualquer modo, estou feliz por poder retornar àquela cidade que me recebeu tão bem e que eu descobri que amava tanto! Além disso, quero tirar a péssima impressão que tive em janeiro desse ano, por causa da péssima companhia...
Buenos Aires que nos aguarde!

Até Breve!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Mais uma dose? É claro que eu tou afim!

Olá, amigos!

Falta pouco mais de 1 mês para eu iniciar minha big trip e estou aqui terminando os planejamentos e preparativos...tantas leituras, tantas anotações, tantas dicas...e eu tendo que resumir tudo em um caderninho para levar. Tarefa difícil! Decidi que vou levar apenas (?) três guias de viagem: um de Paris, que é a cidade em que passarei mais tempo; um de Veneza, que a segunda cidade em que passarei mais tempo e um de Roma, que a cidade com mais atrações para serem vistas por metro quadrado e preciso de um guia para, literalmente, não me perder em meio a tantos monumentos!
Contudo, as outras cidades por onde passarei também tem lá suas especificidades, suas atrações, museus, monumentos, praças, igrejas e restaurantes e fiz um resuminho ( um resumão!) de "o que fazer" em cada uma delas. Com detalhes.

Fiquei lendo alguns depoimentos de pessoas que viajaram para os mesmos lugares que pretendo ir e vi que a maioria não faz esse tipo de planejamento tão detalhado. Grande parte das pessoas escolhe o destino e, ao chegar nele, passa no posto de informações turísticas, pega um mapa, um guias das principais atrações e vai...na fé!
Acho todo esse desprendimento até bonito, mas não consigo ser assim! Preciso planejar meu roteiro dia a dia! Saber o que abre em que dia da semana, até que horas fica aberto, qual o metrô mais próximo e em que restaurante vale a pena comer. É bem verdade que, geralmente, só sigo metade do meu roteiro a risca. A outra metade acaba ficando de lado em meio às descobertas do momento, mas acho que justamente é essa a melhor parte, porque, ao fazer um roteiro, posso me dar ao luxo de não segui-lo se eu não quiser! Certamente se eu não o fizesse, me sentiria perdida.
Sei que sou uma pessoa metódica. Mais do que eu gostaria, contudo, é só assim que me sinto segura para enfrentar 2 meses em países nos quais não domino completamente a língua e pouco conheço dos hábitos e costumes.
Não faço aquele estilo "turistão convencional" que vai no meio de uma excursão nem se sabe para onde e depois não sabe nem de onde são as fotos que tirou...gosto de estudar sobre os locais, saber sua história, acredito que, desse modo, conseguirei aproveitar melhor o pouco tempo que terei ali. Mas também não tenho dentro de mim aquele estilo aventureiro dos mochileiros, que vai com a cara e a coragem sem planejar nada, ao sabor do vento...
Talvez eu esteja no meio do caminho entre esses dois estilos de viajantes...de qualquer maneira, como eu costumo dizer, fui picada pelo mosquito da viagem e agora não consigo mais imaginar minha vida sem planejar, ao menos, uma viagem por ano! Quem se habilita a ir comigo?

Até breve!

sábado, 29 de maio de 2010

Verona, de Romeu e Julieta


olá, amigos!


Fiz mais uma reserva para a minha viagem! Dessa vez na cidade mais romântica da Itália: Verona! Descobri que a cidade imortalizada por Shakespeare em "Romeu e Julieta" tem um dos mais antigos anfiteatros do mundo, datado do século I d.c.!
Ele é simplesmente chamado de "Arena de Verona", fica na piazza central da cidade e foi palco de lutas entre gladiadores na época do império Romano. Também era palco de grandes espetáculos naquela época...e ainda é!

Descobri que entre julho e agosto ocorre, todos os anos, na cidade um festival de ópera. Claro que mais que depressa eu entrei no site http://www.arena.it/ e procurei para saber se haveria alguma apresentação nos dias em que eu estaria em Veneza. E havia! Dia 31 de julho vai ter "Aída", de Verdi. Mega produção! Fiquei super feliz e reservei um ingresso!
Já imaginaram eu ali, numa Arena do século I ( por onde já passaram gladiadores, imperadores, cristãos condenados à morte, peças de teatro antigas) assistindo a uma ópera composta no século XIX??

Ok, eu não entendo nada de ópera, provavelmente não vou entender uma palavra, pois será em italiano arcaico, mas sei que vou adorar! Só estar naquele lugar impregnado de tanta história vivendo esse momento já vale o ingresso!
E depois irei contar tudinho aqui...aguardem até 31 de julho!

Até breve!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Cenacolo Vinciano em Milão


Olá, amigos!

Esse título estranho do post se deve ao afresco da "Última ceia" de Leonardo da Vinci para o qual eu acabo de fazer reserva!
Na verdade, descobri, nas minhas andanças pela internet, que esse quadro fica em Milão, em uma igreja chamada Santa Maria delle Grazie (ok, eu também achava que ficava no Vaticano ou no Louvre, mas está em Milão!) e que para visitá-lo é preciso fazer reserva nesse site aqui ó:


Funciona da seguinte forma: cada dia possui alguns horários disponíveis para reserva e você só entra com o bilhete da reserva paga (na verdade você recebe um voucher por email que deve ser trocado na bilheteria 20 minutos antes do horário agendado). Não adianta chegar lá e tentar o "jeitinho brasileiro" sem reserva porque não cola. Só entram 25 pessoas de cada vez e só é possível ficar lá por 15 minutos, visto que é um afresco e que, embora já tenha sido restaurado inúmeras vezes, está se deteriorando a cada dia. A técnica do afresco consiste em pintar sobre o gesso ainda molhado, fazendo com que a pintura seja absorvida pelo gesso e fique impressa ali para sempre (teoricamente, é claro!). Fato é que esse tão famoso quadro do pintor da Monalisa corre o risco de deixar de existir em alguns anos e,como eu iria mesmo passar por Milão, não queria perder essa preciosidade artística e histórica!
Acontece que estarei em Milão por apenas 3 dias, por isso, passei mais de um mês entrando todos os dias no site para esperar abrirem as reservas para o mês de julho e hoje, finalmente, estavam abertas! Para minha sorte, dos três dias que estarei lá, um deles estava disponível e, mais do que depressa, reservei meu lugar para chegar mais perto da obra de DaVinci! É uma das poucas atrações pagas que irei em Milão, pois a maioria das atrações da cidade é cara e eu preferi optar pelos museus e igrejas gratuitos, já que Milão está no meu roteiro só por ser caminho para Veneza e não propriamente porque eu sonhava em conhecê-la.

De qualquer maneira, estou curtindo a ideia de ver uma obra tão famosa e que foi pintada há tanto tempo e tem tanta história...aliás, essa viagem será basicamente histórica e cultural. Estou indo ao velho continente em busca de história e cultura e, um pouco, em busca de mim mesma, pois a cada viagem, me encontro mais comigo e me descubro uma pessoa melhor.
Até breve!

domingo, 2 de maio de 2010

Planejar já é viajar!


Olá, amigos!


Outro dia eu estava lendo o blog da minha querida Mári Campos (http://pelo-mundo.blogspot.com/) e ali ela comentou que era muito mais fácil planejar a viagem dos amigos que a nossa própria viagem. E é verdade!

Eu estou aqui há meses às voltas com guias, mapas, revistas, dicas de blogs, orkut e outros e ainda não consegui fechar completamente a minha viagem. Sempre aparece um lugar interessante para incluir, uma cidade que fica "no caminho" e que não posso perder, ou ainda uma barbada que, pelo preço, eu "preciso" incluir no meu roteiro!
Isso sem falar na hospedagem...cada vez que me decido por algum apartamento, albergue ou hotel, surge outro que parece mais bem localizado por um preço melhor...como é árdua a tarefa de planejar uma viagem longa! Contudo, é também prazerosa, pois a medida que vou planejando, vou viajando um pouco naqueles novos costumes, naquelas novas cidades, naquelas novas paisagens e vou acumulando um conhecimento que curso nenhum seria capaz de me dar!
Eu já pré-defini 3 países pelos quais pretendo passar, as cidades que vou visitar nesses países e agora a minha mais nova atribuição tem sido definir o que fazer em cada dia de viagem. É lógico que isso é só para ter uma base, não quer dizer, necessariamente, que eu tenha que ir àqueles lugares naqueles dias, mas isso me ajuda a planejar melhor meu tempo para que não haja erros, como por exemplo, ir visitar o Louvre numa terça-feira que é o dia em que está fechado!
É claro que quero ter lá minhas surpresas durante a viagem, mas há tanto para ver em tão pouco tempo que, sem um roteiro, fica impossível extrair o melhor das cidades!
Isso porque eu nem mencionei os deslocamentos, que, aliás, serão todos de trem. Por dois motivos: primeiro pela facilidade de se ir a qualquer cidade europeia de trem, coisa que não temos no Brasil e segundo, porque eu não sou muito amiga da invenção de Santos Dumont. Tenho um certo medo de avião, então, se posso evitá-lo, por que não fazê-lo?
Só que nos meus planejamentos já andei olhando sites de horários de trem, o que me levou a ter de sacrificar um dos dias em que eu ficaria em Cinque Terre (eram 3, agora serão apenas 2), já que não havia horário disponível para que eu chegasse em Paris numa hora em que os metrôs ainda estivessem funcionando.
Aliás, essa minha história com Cinque Terre é estranha. As cinco vilas ficam na Riviera Italiana, na região da Ligúria, e são eminentemente cidades de praia. Eu, que sempre tive aversão a sol e areia, de repente, me vi incluindo essas vilas no meu roteiro de viagem. O motivo eu não sei dizer exatamente, mas me apaixonei pela descrição do lugar quando li uma reportagem em uma revista de turismo. As fotos daquelas casinhas coloridas penduradas no morro, com o mar ali embaixo, me deram vontade de ver de perto esse lugar que muitos chamam de paraíso. E mais: existe uma trilha de 9 km que liga as cinco vilas e pretendo fazer a primeira parte desse percurso, que liga Riomaggiore a Manarola, que é o pedaço chamado de "trilha do amor". Justo eu que sempre detestei trilhas!
É, parece que viajar abre mais que apenas nossos horizontes...faz com que façamos coisas antes inimagináveis e nos torna pessoas diferentes. Acho que isso sim é o grande aprendizado da viagem: poder fazer aquilo que eu jamais pensaria em fazer e provavelmente...gostar!


Até a próxima!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A emoção vinda por E-mail

Ciao, amigos!

Planeja daqui, planeja de lá e eu aqui às voltas com guias de viagem, revistas sobre viagem, comunidades de viagem no orkut, blogs de viagem, sites de turismo de cidades interessantes, enfim, uma infinidade de informações que serão fundamentais para minha nova empreitada no velho continente.
Mas nada me deixou tão emocionada até agora do que fazer minha reserva em um hotelzinho de Veneza! Pois é...Veneza! Meu sonho em forma de cidade! Há anos sonho em visitá-la, em conhecê-la, em desbravá-la.
Quero andar pelas suas ruas labirínticas e me perder e me achar nessa cidade que é, na minha opinião, a mais romântica do mundo! Quero cruzar seus canais, suas pontes, respirar o aroma de seus mercados, andar de gôndola ouvindo um gondoleiro veneziano cantar desafinado e achar lindo! Quero entrar em suas igrejas, descobrir seus segredos, visitar seus museus e tomar um belline no Harry's Bar!
Quero me sentar ao pôr do sol na piazza San Marco e apenas observar...quero perceber o quanto a vida vale a pena, porque quem vai até Veneza (tenho certeza disso!) descobre que valeu a pena ter vivido para poder testemunhar essa maravilha de cidade e descobre como é simples ser feliz! Quem vai até Veneza deve ter a certeza de que o ser humano ainda tem jeito, pois foi capaz de criar algo tão belo e tão único e de perpetuar essa criação por mais de 1000 anos!
E hoje me senti mais perto de tudo isso quando recebi o email dizendo que minha reserva estava confirmada! Estarei ao lado da Piazza de San Marco que durante tantos anos povoou meu imaginário e me fez sorrir...Não dá para descrever como fiquei emocionada! Sei que parece meio ridículo, porém, para quem acalenta o desejo de conhecer essa cidade há mais de 25 anos, isso significa mais um passo rumo a esse sonho...mais um degrau galgado...em breve terei subido a escada inteira e lá de cima dela (e da Torre do Campanário) irei sorrir e dizer: "Veneza é mesmo tudo o que eu achei que fosse!"

Arrivereci!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O céu é o limite!


Bonjour!

Eu já sabia disso mesmo antes de viajar, mas depois que eu voltei, tive certeza! Fui picada pelo inseto da viagem! Não consigo mais fazer planos para o futuro sem incluir viagens nesses planos! E a cada viagem que se aproxima e que eu imagino que será a última (pelo menos por algum tempo)já estou planejando outra e outra e outra! Até a lugares que, há pouquíssimo tempo, eu jamais sonhava em conhecer!
Eu tinha a vã ideia de que depois que eu conhecesse os países que me interessavam no mundo (uma lista de 6 ou 7) eu pararia com esse desespero de querer viajar a toda hora, contudo, tenho percebido que essa lista aumenta a cada dia! Agora já são 12 os países que sonho conhecer, e tenho certeza de que daqui a alguns meses eles serão 18 ou 24 e assim por diante!
Até os EUA que nunca haviam entrado na minha lista, já começam a figurar no fim dela através da cidade de Nova York. Em breve é capaz até de países da Ásia estarem ali presentes!

O que eu sei é que tenho de aproveitar essa época em que sou relativamente jovem, tenho tempo e consigo juntar algum dinheiro para realizar esses sonhos mesmo que de forma bem modesta. Sei que isso não vai durar para sempre e sei que sentirei saudades quando essa fase passar, mas uma coisa que eu aprendi com a idade é justamente a aproveitar o dia que estou vivendo, em vez de lamentar o que não consegui viver!

Porém uma das coisas que eu acho mais interessante de viajar é estudar, com antecedência, sobre os lugares para os quais quero ir. Isso faz com que, não só eu saiba evitar certas roubadas nas viagens, como também me faz aproveitar a viagem antes mesmo dela começar de fato, pois a viagem, na verdade, começa quando sonhamos em fazê-la. É ali que ela nasce e, qual feto dentro do útero, ela vai sendo gestada e vai se desenvolvendo até nascer como uma viagem palpável e real!
Dentro dessa metáfora posso dizer que ando muito grávida ultimamente! E acho que são gêmeos!

A Bientôt!

sábado, 11 de julho de 2009

A uma semana da cidade-luz!


Saudações!

Somente uma semana me separa de Paris! Não vejo a hora de chegar lá! Já estou com praticamente tudo pronto, faltando apenas alguns pequenos detalhes de última hora! Já fiz nosso roteiro para a primeira semana, visto que pretendemos comprar o "Paris Museum Pass" que é um passe cultural que dá direito a entrada gratuita em diversos museus. Mas como ele tem um número de dias limitado, eu fiz o roteiro de modo a abarcar a maior parte dos museus nessa primeira semana, incluindo, é claro, o Louvre! Aliás, teremos um dia inteiro dedicado ao Louvre, porque eu não vou me abalar do Brasil para Paris para fazer só uma visitinha rápida à Monalisa...tenho consciência de que é impossível ver tudo mesmo em um dia inteiro, mas já separei as alas que mais me interessam, como a ala grega, a egípcia e a dos impressionistas. Vou ver tudo o que minhas pernas aguentarem e minha mente conseguir registrar...o Louvre é um sonho! O maior museu do mundo! Na segunda semana também teremos mais uma tarde dedicada a ele, mas dessa vez usaremos o ingresso que minha tia nos deu quando esteve lá ano passado.
Paris tem tantos lugares a ver que mesmo passando duas semanas lá acho que não conseguiremos ver nem a metade!
Aliás, falando em roteiro, consegui, finalmente, terminar meu roteiro da Bélgica e descobri que há coisas interessantíssimas para serem feitas em Bruxelas! Talvez nem valha a pena ir a Antuérpia ou a Bruges, talvez seja melhor ficarmos mesmo em Bruxelas para aproveitar tudo o que a cidade oferece...todavia, vamos ver como será na hora, porque por mais que façamos roteiros prévios, a viagem sempre se modifica ao longo do caminho, sempre descobrimos novos caminhos, sempre entramos em ruas que não imaginávamos e acabamos vendo uma cidade mais interessante do que se tivéssemos ficado com aquele roteiro engessado. E a graça de viajar é justamente essa! O roteiro é só para dar um norte, mas não é para ser seguido ao pé da letra! Principalmente se começarmos a entrar em ruas desconhecidas e nos perdermos no meio do caminho...mas, cá entre nós, difícil imaginar uma cidade melhor para se perder do que Paris!

A bientôt!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Parace que os caminhos só levam a Roma, mas e à Bélgica?

Saudações!

Quando resolvemos mudar o itinerário da viagem, eu não podia imaginar como seria difícil achar informações sobre a Bélgica. Simplesmente NÂO EXISTEM guias impressos sobre o país em português! E olha que fui a várias livrarias (Fnac, Saraiva, Siciliano, Livraria da Travessa e outras menores, de bairro)e em nenhuma encontrei um guia especificamente da Bélgica. Há guias da Europa que incluem a Bélgica, mas um guia próprio do país...fiquei querendo!
Quando os atendentes da livraria pesquisavam nos computadores com os nomes "Bélgica", "Bruxelas" ou mesmo "Benelux" (que é o bloco formado por Bélgica, Holanda e Luxemburgo) até encontravam alguns guias, mas TODOS fora de linha, nenhum para repôr no estoque, nem sob encomenda!! Fiquei impressionada!! Como é que um país que tem a sede da união Europeia pode não ter um guia? Ainda se fosse um lugar sem atrativos turísticos, eu entenderia, mas não é o caso! Bruxelas, por exemplo, tem a praça central tida como uma das mais belas do mundo!! Bruges é chamada de "Veneza do Norte" pela sua quantidade de canais e a Antuérpia é famosa por seus diamantes.
Então por que eu não consigo um guia em português sobre esses lugares??? Acho que essa é uma questão sem resposta...

Ao que parece, bem poucos brasileiros viajam para a Bélgica, pois se até pra Bancoc existe guia, creio que as viagens à terra dos smurfs estão meio em baixa por aqui.
O fato é que eu estou tendo um trabalho absurdo! Ficando horas e horas e horas na frente do computador tentando achar na grande rede algo que sirva para guiar meus passos por lá.
Em uma das livrarias citadas acima, tudo o que encontrei de Bruxelas foi um mapa turístico, que comprei, é lógico, para tentar me localizar antes de chegar lá.
Encontrei muita informação na internet, o problema é que estão todas desconectadas. Resultado: eu, igual a uma louca, tentando unir todas as pontas! Me sinto como Teseu , no labirinto do Minotauro! Estou, praticamente, criando um guia personalizado da Bélgica. Ao menos de Bruxelas, que é de onde encontro mais informações. Bruges e Antuérpia ainda estão bastante nebulosas pra mim.

Contudo o que mais de deixa,ao mesmo tempo, triste e perplexa, é ver como uma cidade como Bruxelas com tanto potencial turístico parece esquecida pelas agências de viagens e pelos turistas autônomos! Claro que tem um monte de gente que "dá uma passadinha" em Bruxelas e diz que dá pra ver tudo em um dia! Affe! Nem Conservatória dá pra ver toda em um dia!
Pelo que eu tenho pesquisado existem lugares maravilhosos para se conhecer em Bruxelas, diversos parques, museus, monumentos. Mas parece que os turistas e/ou viajantes preferem ignorar tudo e tratar a Bélgica como um país frio, sem importância e sem glamour!
Certamente Bruxelas não tem o glamour de Paris, tampouco a história de Roma, nem mesmo a movimentada noite de Madrid, mas ela tem seus encantos! Ela pode até não ter a tradição Renascentista de Florença ou a liberdade de Amsterdã, mas Bruxelas abriga um Parlamento europeu, onde as grandes potências do mundo se reúnem para discutir os rumos de seu continente. Democracia de dar inveja a qualquer grego.
Entretanto, reproduzo aqui um parágrafo de um livro que li há algum tempo, de Helena Perim Costa, "O Guia Michelíndio", que parece sintetizar o pensamento dos brasileiros a respeito da Bélgica:
" Se existe um lugar desperdiçado no mundo é este país. É mais ou menos como você ter um apartamento de frente pro mar. Só que de fundos. Ou seja, super bem localizado, mas você não vê nada. Tirando Bruges, uma cidade inesquecível, o resto você esquece. Esquece de ir, esquece que viu, esquece que foi..."

Espero, sinceramente, conseguir ver mais magia nesse país (que, durante minhas pesquisas, tem parecido tão interessante) do que a autora!

A bientôt!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Mudança de Planos


Saudações!

Esses últimos 3 dias têm sido de loucura total! Eu tenho virado noites procurando informações sobre a Bélgica na internet! É que, diante do aumento de casos da gripe suína da Espanha, minha mãe resolveu mudar um dos destinos da viagem. Não vamos mais a Madri, agora iremos á Bélgica!

Isso implica ficar horas na frente desse notebook onde vos escrevo tentando achar dicas de atrações, restaurantes, lojas e passeios não apenas em uma cidade belga, mas em três! É que como a Bélgica é um país pequeno, ficar somente em sua capital -Bruxelas- por uma semana poderia ser meio chato, então resolvemos incluir outras cidades nesse itinerário, são elas: Bruges e Antuérpia.
Contudo o meu grande desafio tem sido encontrar qualquer site oficial de turismo, em português, é claro (ok, em espanhol tá valendo...do jeito que está difícil serve até em francês!) e que contenha mapas e dicas relativamente atuais.

Descobri que a Bélgica, apesar de ser a sede da união Europeia, não é um local muito visitado turisticamente, portanto, encontrar guias em papel sobre suas cidades é tarefa praticamente impossível. Mapa de verdade, então, nem pensar! Tenho que me contentar com os mapinhas do google mesmo e me virar pra tentar visualizar a cidade como um todo a partir de fragmentos cartográficos...vocês podem imaginar que eu, com essa minha incrível noção geográfica e espacial capaz de me perder até no meu banheiro, não estou tendo muito êxito nessa tarefa.

Estou um pouco triste por ter que mudar de planos, não pela Bélgica, pois o país me parece bonito e interessante, mas porque, além de eu não conhecer Madri, todo o meu trabalho de mais de um ano em pesquisas ficou meio sem sentido no momento. É claro que não será um trabalho perdido, visto que, mais cedo ou mais tarde, pretendo visitar a capital espanhola. Outra coisa que me deixa meio chateada é ter apenas 1 mês para pesquisar sobre um outro país. Eu gosto de fazer essas coisas com calma, fuçar blogs, encontrar revistas sobre o assunto, livros que tenham esse tema ( e ter tempo para lê-los), porém a realidade é outra. A viagem já está modificada! A reserva do hotel em Madri foi cancelada e agora eu tenho que correr pra conseguir pesquisar tudo a tempo.

Sei que muitos vão dizer que com um mês de antecedência daria tempo de pesquisar até sobre o mundo, mas sou perfeccionista, gosto de detalhes. Gosto de saber que existe uma lojinha em algumas esquina de algum lugar não-famoso que vende lembrancinhas curiosas daquela localidade. Não quero ir apenas como turista superficial que sabe o básico e se contenta com isso. Quero saber tudo! Quero estudar o suficiente para chegar a um lugar com a sensação de já conhecê-lo mesmo que eu nunca tenha colocado meus pés lá!

É claro que farei o meu melhor e sei que a viagem será ótima, até porque estamos trabalhando para isso, contudo eu sempre quero mais! Eu estou curtindo a ideia de ir a Bélgica, não posso negar, mas acho que vou sentir falta do "calor" do povo espanhol, daquela latinidade que é tão semelhante à nossa gente.
Bruxelas parece ser uma linda cidade, com recantos escondidos e potencial turístico a ser descoberto ainda, mas certamente não tem a força das touradas nem da dança flamenca.
Tenho pouco mais de um mês para descobrir a Bélgica em sua plenitude, me apaixonar por ela e fazer dessa uma das melhores viagens da minha vida, já que será minha primeira vez na Europa e os olhos de primeira vez são únicos! Mesmo que eu volte lá depois, a sensação de pisar no velho continente pela primeira vez não se repetirá jamais, portanto vou tratar de aproveitá-la ao máximo.
A bientôt!
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