Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Colônia do Sacramento, uma cidade perdida no passado



Hola, amigos!
Passamos o fim de semana no Uruguai. Saímos cedo em direção ao Porto para pegar o Buquebus em direção à Colônia do Sacramento (já havíamos comprado a passagem pela internet. Comprei a passagem de segunda classe para o barco rápido, que é bem confortável!) e como o porto fica a menos de 1km do apartamento e não estávamos levando muita bagagem, fomos a pé.
Em Buenos Aires tudo é diferente do que havia sido ano passado, quando vim de Colônia para cá. Aqui tudo é mais desorganizado, o barco não sai na hora e a imigração é mais demorada. O trajeto em si foi tranquilo e Colônia nos recebeu com um lindo dia de sol. Quando chegamos já eram mais de 3 da tarde, pois o Uruguai adota o horário de verão, então ele está uma hora adiantado em relação à Argentina.
Fomos até a “Posada do Rio” fazer nosso check-in, pois passaríamos uma noite na cidade, mas a pousada é bem fraquinha. Quartos apertadíssimos e pouco conforto, além de ser um tanto distante do centro histórico. Eu preferia ter ficado na mesma que fique ano passado (El viajero), mas não tinha vaga para o fim de semana, então tivemos que ficar nessa outra que eu não recomendo.

Centro de Colônia
Saímos para dar uma volta, olhar as lojinhas e comer alguma coisa. Fomos a um restaurante na Calle del Comércio chamado “Colônia Verde”, fica numa esquinazinha simpática e é muito gostoso! Comemos uma pizza deliciosa! Bem fininha, massa bem leve e recheio saboroso. Além disso o atendimento é muito simpático e o ambiente é bem acolhedor. Adoramos!


Dali, mais fotos, mais caminhada e voltamos até a Pousada para tomar banho, descansar e sair mais tarde. Nesse meio tempo tentei entrar na internet mas o sinal na pousada era péssimo, então desisti.
À noite fomos ver a cidade iluminada pois Colônia é cheia de arandelas com luzes amareladas que dão à cidade um ar de foto antiga, é bem bonito.
Jantamos no mesmo restaurante que eu havia ido ano passado chamado “Pulperia de los faroles” na calle des Misiones de los Tapes. Comida deliciosa! E, ao contrário de Buenos Aires, percebi que o Uruguai esse ano estava mais barato que no ano anterior. Comi uma carne deliciosa e minha mãe comeu um frango que veio muito bem servido, mas o que mais gostei foi a garrafa de água que era de uma leva comemorativa dos 120 anos daquela marca e que tinha um adesivo com desenhos de Carlos Paéz Vilaró, um artista muito conhecido aqui no Uruguai e cuja casa-ateliê eu visitei ano passado em Punta del Este . Gostei tanto da garrafa que tive a cara de pau de pedi-la como brinde. O garçom disse que ela era retornável e geralmente eles não deixam os clientes levarem, mas acabou permitindo (não deve ter muita gente que pede pra levar uma garrafa vazia) e eu voltei feliz da vida pra pousada! No caminho de volta, passamos pela Igreja Matriz e ainda vimos um casamento. A noiva havia acabado de chegar (eram 23h) e até entramos um pouquinho na Igreja só para ver melhor. Não tive coragem de tirar fotos, pois havia pouca gente na igreja e ficaria muito na cara que não éramos convidadas.
A garrafa com desenhos de Vilaró

Dormi mal pois o quarto é muito claro e acabei tento dificuldade para relaxar. Acordamos cedo, tomamos café composto de 2 torradas, 2 croissants, geleia, doce de leite, manteiga, suco de laranja e café com leite. E fomos fazer o check-out que era até as 11h. Deixamos nossa pouca bagagem guardada e fomos passear. Compramos, no Museu Regional, o passe para os 5 museus da cidade (custou 50 pesos uruguaios cada, cerca de 5 reais) e fomos visitar o Museu Português, a casa de Nacarello e o Museu do Azulejo (esse eu queria ver desde o ano passado, mas quando eu fui estava fechado). Todos bem interessantes mas bem pequenos.

Detalhe da Fachada do Museu do Azulejo

Interior do Museu Português
Almoçamos pizza novamente no “Colonia verde” e depois tomamos sorvete na Freddo que é uma sorveteria argentina mas que abriu uma filial aqui. Ano passado ainda não existia. Aliás, ao lado da Freddo, em plena Plaza Matriz, há uma casa de câmbio que abre nos fins de semana e tem boa cotação, o que também é novidade, pois ano passado ou a gente trocava dinheiro na rodoviária ou no porto ou nas ruas fora do centro histórico. É bom ter uma casa de câmbio bem no Centro histórico, principalmente para aquelas pessoas que fazem um bate e volta à Colônia desde Buenos Aires.
Depois fomos buscar nossa bagagem na pousada e nos encaminhamos ao Porto, passando por várias casas bonitinhas e tirando muitas fotos.



No Uruguai parece que tudo é mais organizado e o barco saiu na hora. Trajeto bem tranquilo. Dia lindo! Chegamos em Buenos Aires e o sol estava de rachar, então voltamos para o apartamento, deixamos as bagagens, esperamos um pouco e só depois saímos para passear um pouco. Fomos a Puerto Madero, demos umas  voltas e voltamos para casa pois estávamos cansadas de tanto andar.
Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM DEZEMBRO DE 2012

domingo, 2 de outubro de 2011

De Colônia a Buenos Aires num Buquebus

Hola, amigos!

Acordei cedo e fui tomar café da manhã no albergue. Muito bom! Melhor que o de Montevidéu, embora seja da mesma rede. Depois fiz o check-out e deixei minhas malas lá, já que teria que ficar até 15 h rodando pela cidade antes de pegar meu barco para Buenos Aires.
O dia hoje estava bonito! Sol, céu azul e um friozinho gostoso! Aproveitei para tirar fotos melhores que as de ontem e resolvi subir no farol de Colônia. O ingresso custa 15 pesos uruguaios (algo como 1,50 reais), são 220 degraus até o topo, mas não é muito cansativo. A vista é bonita. Ventava muito, mas consegui tirar boas fotos.




Depois fui almoçar no “Pulperia de los faroles” novamente. Eu até tentei ir a outro restaurante, mas nenhum aceitava cartão e eu já não tinha mais pesos uruguaios suficientes para almoçar. A comida estava deliciosa, como a de ontem. Só que, como o dia estava bonito, resolvi comer nas mesas do lado de fora. Boa escolha, já que conheci um casal de Salvador e passamos o almoço conversando.
Depois tentei visitar o museu do azulejo novamente, mas estava mesmo fechado para reformas. Andei mais um pouco para me despedir não apenas dessa cidade que me encantou, mas desse país que me foi tão surpreendente! Os uruguaios são muito educados, as cidades que visitei eram muito limpas e bem cuidadas e mesmo em uma capital como Montevidéu, tem-se a impressão de que tudo anda mais devagar. As pessoas parecem não ter pressa e têm tempo de apreciar o caminho mesmo quando vão para o trabalho.


Achei curioso o jeito uruguaio de sempre carregar uma garrafa térmica com uma cuia de mate na mão. Achava que isso era lenda, mas é verdade! Eles realmente saem assim para qualquer lugar! Muitos falam o português muito bem. Descobri que isso se deve ao fato deles aprenderem o idioma na escola, já que o país foi colonizado por portugueses.
Fiquei realmente encantada com a calma, a educação, a limpeza e a simplicidade desse país tão pequeno, tão perto do nosso e tão pouco conhecido dos brasileiros. O Uruguai é bem melhor do que eu esperava!
Daqui a pouco pegarei o barco chamado “Buquebus” que faz o trajeto Colônia-Buenos Aires em uma hora cruzando o rio da Prata. O tempo está bonito e creio que a viagem será boa. Logo estarei na minha querida Buenos Aires para conhecer alguns dos tantos lugares que ainda faltam ver nessa cidade que também me encantou à primeira vista!

Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM SETEMBRO DE 2011

sábado, 1 de outubro de 2011

Colônia del Sacramento, uma linda cidade uruguaia

 Hola, amigos!

            Hoje eu deixei o hostel de Montevidéu rumo à Colônia del Sacramento, uma pitoresca cidade uruguaia que, segundo me contaram, foi a primeira cidade fundada no país.
Peguei um ônibus no Terminal Rodoviário Três Cruces da companhia COT que saiu pontualmente às 11h30 e me deixou na rodoviária de Colônia às 14h. fui me instalar na Pousada El Viajero, da mesma rede que fiquei em Montevidéu, só que aqui eu reservei um quarto privado com banheiro que era ótimo!! Grande, com cama de casal, banheiro enorme e tinha até TV no quarto! Depois de instalada, fui conhecer a cidade, cujo centro histórico é bem pequeno.
             Peguei um mapa no Centro de Informações turísticas (na calle Manuel Lobo, em frente ao Portón del Campo) e entrei na cidade velha.
 Comecei atravessando a Porta da Cidade inaugurada em 1745 e que conserva parte das muralhas que cercavam a cidade. Como estava chovendo, resolvi conhecer alguns museus. O Museu Municipal, que fica na Plaza Mayor, vende um ingresso a 50 pesos uruguaios (5 reais) e que dá direito a ele e a mais outros três museus: museu português; arquivo nacional e casa de Nacarello.
            O acervo do museu municipal é o maior, mas não se pode fotografar. Ao lado dele está a casa de Nacarello, bem pequena, mas que guarda réplicas do mobiliário do século 18 e pode-se ter uma idéia de como se vivia na época colonial.


O museu português tem móveis e cerâmicas trazidos de Lisboa numa época em que Colônia pertencia aos portugueses. Há um escudo português original que ficava no pórtico da cidade, mas que foi retirado pelo rei da Espanha em 1777, quando Colônia passou a ser domínio espanhol.
Como o tempo melhorou um pouco, resolvi dar uma volta pela cidade, visitar as  lojinhas de artesanato local e tomar um café no lindo Café 1717, que conheci através do blog (http://viajeaqui.abril.com.br/blog/direto-buenos-aires/) e que tem uma bela exposição de fotografias.


Passeei pela famosa rua dos Suspiros, uma rua toda de pedras, que dizem ser a mais antiga de Colônia. Fui à Igreja del Santíssimo Sacramento, passeei pelos restaurantes onde se pode comer dentro de carros antigos (aliás, o que mais se vê por aqui são carros antigos, parece mesmo que a cidade parou no tempo!)




Depois fui até o Bastión del Carmem e descobri que, ao longo das margens do rio, existiam fortificações (Bastiones) da época  colonial que faziam parte da muralha defensiva da cidade e o mais bem conservado é esse, que conta, inclusive, com um centro cultural muito interessante.




De lá andei mais um pouco, porém começava a ficar muito frio e fui para o albergue para arrumar minhas coisas e esperar anoitecer para sair para jantar.
À noite a cidade ganha uma iluminação toda especial. Como estava muito frio, quase não havia ninguém na rua e eu me sentia numa cidade fantasma passeando pelas ruas de Colônia. Mas era bonito ver aquelas luminárias antigas acesas e iluminando aqueles muros de pedra da época colonial.


Jantei em um ótimo restaurante chamado “Pulperia de los Faroles” que, à noite, tem música ao vivo. Aceita cartão de crédito e não é muito caro. Comida boa e ambiente agradável, tão agradável que nunca demorei tanto para tomar um café depois da refeição!
 Saí e fui para o albergue naquele frio de rachar! Eram umas 22h30 e não se via ninguém nas ruas. Havia no ar um clima de cidade antiga. Parece mesmo que Colônia parou no tempo!

Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM SETEMBRO DE 2011

Atualizando: O Café 1717, infelizmente, fechou suas portas e quando eu voltei em dezembro de 2012  ele não existia mais. 

Último dia em Montevidéu


Hola, amigos!

Essa foi a segunda noite que eu dormi sozinha no quarto em Montevidéu! Gostei! Acordei cedo e fui tomar café. Encontrei dois brasileiros com quem tinha feito amizade ontem e saímos para passear: a Daniela, de Porto Alegre e o Lucivan, de Manaus.
Fomos até a Fonte dos Cadeados, na 18 de julio, uma fonte onde os namorados prendem cadeados com seus nomes e jogam a chave na fonte. Romântico.


Dali fomos até a faculdade de medicina que tem uma réplica, em bronze, do Davi de Michelângelo.
Almoçamos no “La Pasiva”, uma rede de restaurantes conhecida por aqui por ser boa e barata. Finalmente comi o famoso “chivito”, uma espécie de “X-tudo uruguaio”. É bom, mas os brasileiros são bem melhores.

De lá voltamos para o albergue para descansar um pouco, pois à tarde eu e Lucivan faríamos a visita guiada ao Teatro Solís. A Dani não iria pois já estaria no avião rumo a Porto Alegre.
Essa visita acontece às 16 h e é gratuita nas quartas-feiras, sendo que só há em espanhol. Nos outros dias da semana também há visita, contudo, são pagas e pode-se escolher o idioma (20 pesos uruguaios em espanhol e 40, em português). O lugar é bonito. A sala principal é bem menor que a do nosso Teatro Municipal e passou por uma reforma que durou 10 anos e, hoje, abriga espetáculos variados  do mundo todo.
 



O subsolo funciona como uma sala de exposições e havia uma temporária muito bonita com obras em papier machê. Pode-se visitar a exposição independentemente do teatro e é grátis.
Depois tomamos um café no “Café Allegro” dentro do próprio teatro. Bom, mas um pouco caro (70 pesos por um café com leite grande, ou seja, mais ou menos, 7 reais)
Dali voltamos para o albergue pois eu tinha de arrumar minhas coisas para amanhã, já que pegaria o ônibus de 11h30 para Colônia do Sacramento.

Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM SETEMBRO DE 2011

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Dia de Museus em Montevidéu

Hola,amigos!

O dia hoje rendeu demais! Acorde reativamente cedo e fui tomar café no albergue. Nada de especial: café com leite, pão, doce de leite, manteiga, geleia, sucrilhos e iogurte. Gostosinho. Comi o suficiente para não ficar com fome e saí pra explorar mais um pouco de Montevidéu. Como ainda era cedo para os museus estarem abertos (aqui eles só abrem por volta de 11 h da manhã), fui ao píer ver a tal “vista panorâmica” que a moça do posto de informações turísticas me falou. Não gostei! O píer é feio e tem uma população estranha no entorno. Na verdade, eu li que o Uruguai é um dos países mais seguros da América do Sul, que a polícia aqui realmente funciona e tal, mas, como boa carioca, levo minha paranoia para onde quer que eu vá. Por isso achei aquele píer estranho, mas valeu conhecer de pertinho um rio que mais parece um mar.
De lá fui até o Museu Municipal. Eu havia lido que eram 4 casas que faziam parte desse museu (A Casa Rivera, a Casa de Lavalleja, a Casa Montero e a Casa de Garibaldi), mas a maioria estava fechada, só achei aberta a Casa Rivera (calle Rincón, 437) a qual visitei. Funciona de terça a sábado de 11 h às 17 h e a entrada é grátis. Ali foi a casa do primeiro presidente uruguaio. É bonita, tem muita informação sobre a formação do Uruguai como país e da cidade de Montevidéu. Tem uma parte dedicada à religião católica e às missões empreendidas pelos jesuítas para catequizar os índios por aqui também. Gostei.

Dali desci até o porto para ir ao Museu do Carnaval que fica na Rambla 25 de agosto 1825 (bem ao lado de um posto de informação turística) e vizinho do famoso Mercado do Porto. Achei que seria um museu meio sem graça, afinal os cariocas têm um dos carnavais mais famosos do mundo, mas me encantei com o lugar! O museu é lindo, com exposição de roupas, máscaras e adereços carnavalescos, além de estar com uma belíssima exposição temporária. Ali descobri a origem do carnaval uruguaio: na segunda metade do século 18, os negros vieram para cá como escravos e em seus poucos momentos de lazer eles dançavam e batiam tambores, a isso deram o nome de “candombe” (pronuncia-se candômbe). Mais tarde essas danças foram proibidas dentro da cidade e eles começaram a se agrupar fora, por isso que até hoje a maioria dos blocos desfila fora do centro. O museu funciona de terça a sábado de 11 h às 17 h, sendo que às terças a entrada é gratuita. Nos outros dias moradores de países do Mercosul têm desconto. Vale a pena visitar!




Almocei no Mercado do Porto novamente, mas dessa vez comi no balcão, pois descobri que ali não se paga pelo “cubierto”, um espécie de couvert que a gente tem de pagar nos restaurantes comendo ou não. A comida, como era de se esperar ,estava deliciosa!
Saí de lá e fui ao “Palácio Taranco”(calle 25 de mayo, 376). Esse museu, assim como os outros, tem entrada gratuita e é o museu de artes decorativas de Montevidéu. Há muitas obras de arte, mármores e móveis trazidos da Europa pela família Ortiz de Taranco, prósperos comerciantes uruguaios. No subsolo há uma exposição de arte muçulmana bem interessante.



Resolvi voltar pela peatonal Sarandí e parei para tomar um sorvete no “freddo”, a rede de sorvetes argentinos que tem filial por aqui. Mesmo no inverno o sorvete deles é muito bom!!
Estava decidida a voltar para o albergue, mas bem pertinho da Puerta de la Ciudadela esbarrei com o Museu Torres Garcia (Peatonal Sarandí, 683) e entrei. O ingresso custa 60 pesos uruguaios (mais ou menos 6 reais) e contém o acervo de Joaquim Torres Garcia, pintor uruguaio, que por ter sido criado em Barcelona, absorveu toda aquela cultura catalã modernista que também influenciou Gaudí. Apenas dois andares estavam abertos, mas os quadros que ele fez de pessoas famosas como Velazquez, Bach, Mozart, Cristóvão Colombo, etc...estavam lá. Pena que só é possível fotografar o térreo, com apenas 3 obras.

De lá voltei para o albergue super cansada, depois de andar por quase 8 horas! Mas foi um bom dia, bem proveitoso!

Hasta Luego!  

VIAGEM REALIZADA EM SETEMBRO DE 2011

De Punta a Montevidéu no City Tour da AGT (recomendo!)

Hola, amigos!

Acordamos cedo hoje, pois sairíamos de Punta com destino a Montevidéu e não queríamos perder o delicioso café da manhã do hotel. O dia amanheceu bonito, com céu azul e sol, mas com um vento terrivelmente gelado!
Depois do café, fizemos check-out e fomos para o saguão esperar nosso city tour da mesma empresa de ontem. Resolvemos contratar esse city tour, porque, como teríamos mesmo que vir a Montevidéu (eu porque passaria 3 dias na cidade e minha amiga porque o avião dela sairia do aeroporto de Carrasco) pensamos que seria boa ideia fazer um passeio guiado, isso sem falar na gentileza do motorista que me deixou em frente ao albergue e a deixaria no aeroporto!
O passeio foi ótimo! Ônibus confortável, com banheiro, e o guia ainda foi explicando todo o percurso. Descobrimos, por exemplo, que a carne uruguaia é tão macia porque , como o país é plano, os bois não sobem e descem morros, então não criam músculos, logo, sua carne fica mais macia.
Fomos contornando o rio da Prata que mais parece um mar, não fosse a sua coloração mais escura. O guia nos disse que é o rio mais largo das Américas. É engraçado ver algo que se parece com uma praia (com onda e tudo), mas de água doce.
Nossa primeira parada em Montevidéu foi no Estádio de Futebol Centenário. É uma espécie de maracanã uruguaio, onde são disputados os clássicos entre o Peñarol e o Nacional. Não entramos (ainda bem!), apenas contornamos o estádio, que recebeu esse nome por ter sido inaugurado no ano do centenário da independência. Descemos para tirar algumas fotos.
De lá, fomos até uma famosa escultura em bronze chamada “La Carreta”. Outra parada para fotos. Dali rumamos para o Congresso Nacional e passamos pela primeira estação de trem de Montevidéu que, hoje em dia, está sendo transformada em um shopping (poderiam fazer isso com a Leopoldina também, embora eu preferisse que ela virasse um museu).



Depois fomos almoçar no famoso “Mercado do Porto”, um local cheio de restaurantes. Comemos no “El Peregrino”. Pedimos carne, lógico! E estava simplesmente maravilhoso!!!! Parecia que derretia na boca! Uma das melhores carnes que já comi na minha vida! Serviço demorado, mas muito gentil. Pagamos 156 reais para duas pessoas com pratos enormes, bebida e couvert. Lá eles servem, como cortesia, o famoso drink “medio y medio”que é uma mistura de vinho branco com espumante. Não gostei, mas como não bebo, não sou parâmetro.

De lá, passeamos pelo centro velho da cidade, passando por alguns monumentos até chegarmos no albergue El Viajero (calle Soriano, 1073). Ali me despedi da minha amiga, do guia e começei a parte da viagem que farei “solita”.


O hostel é limpo, com staff simpático, boa estrutura, cozinha ampla e internet grátis, mas faltam pequenos detalhes, como locker para malas (há apenas um bem pequeno para dinheiro e documentos) e tomadas que funcionem no quarto. O meu, por exemplo, tem 4 tomadas, mas apenas uma funciona.
O quarto é para 4 pessoas, mas, por enquanto, estou sozinha. Adoraria passar as próximas noites assim: pagando por quarto compartilhado e tendo a conveniência de um quarto individual.
Depois do check-in fui dar uma volta pela cidade. Como hoje é segunda-feira, os museus estão fechados, então fui a algumas praças famosas como a Fabini, onde está um monumento conhecido como “El entrevero”, de José Belloni, que mostra a batalha entre brancos e índios. Bela praça. Muito limpa e bem cuidada.


Continuei andando pela avenida 18 de Julio, a principal, até a Plaza Independência, onde fica o Palácio Salvo, belo prédio que já foi sede do governo e, por muitos anos, o edifício mais alto de Montevidéu. Hoje é um prédio residencial.

Nessa praça está também a estátua do General Artigas, que proclamou a independência do Uruguai. No subsolo há um memorial em homenagem a ele, gratuito. É só descer as escadas ao lado da estátua.


Andando mais um pouco chega-se a “Puerta de la Ciudadela”, antiga entrada da cidade, que marca o início do centro velho. Nela também começa a Peatonal Sarandí, uma rua de pedestres, com lojas, restaurantes, camelôs e prédios bonitos.


Mais adiante está a Plaza de la Constituición, onde está a bela igreja Matriz e um chafariz que não estava funcionando.

Como eu já estava cansada e com frio (pois tinha deixado o casaco no albergue) resolvi voltar dali. Passei em frente ao famoso Teatro Solís, inaugurado em 1856 para colocar Montevidéu no circuito da Ópera. É bonito. Na quarta-feira vou fazer a visita guiada ao seu interior.
Passei em um supermercado, conhecido por aqui chamado Ta-ta, pra comprar algo para mais tarde, já que tudo o que eu queria era voltar para o albergue, tomar banho e descansar! O dia foi ótimo, apesar de bastante cansativo. Estou tendo uma ótima impressão do Uruguai!

Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM SETEMBRO DE 2011

As maravilhas de se ir a Punta del Este fora de temporada

Hola, amigos!

Acordamos cedo no domingo. Famintas, pois nossa última refeição havia acontecido mais de 12 horas antes, ainda no avião. O café da manhã do hotel é excelente, enorme variedade de pães, bolos, frutas e cereais. Adoramos! 
Como teríamos um city tour às 14 h, já incluso no pacote, pela manhã fomos apenas ao Punta Shopping para trocar dinheiro (obs.: A casa de câmbio abre aos domingos e tem ótima cotação!). Passamos em algumas lojinhas, passeamos muito e fomos almoçar a famosa carne uruguaia. Deliciosa! Tão boa quanto sua concorrente portenha! Derrete na boca!


O shopping fica a mais ou menos um quilômetro do hotel, por isso fomos e voltamos à pé, apesar do frio de rachar que estava fazendo. Na verdade, nem estava mesmo tão frio, mas o vento que vem da praia é cortante! Ainda bem que trouxemos roupas adequadas!
As 14 h o city tour da empresa "AGT Tour" chegou para nos buscar no saguão do hotel. Passeamos pelas praias de Punta, pelo cassino Conrad e chegamos no farol que fica em frente à Igreja de Nossa Senhora da Candelária, padroeira da cidade. Tudo muito bonitinho.




Descobrimos que Punta é uma cidade extremamente segura, onde não há pobreza nem periferia, onde as ruas são limpas e policiadas e cuja estrutura é preparada para atender a até 1 milhão e meio de turistas por dia sem que falte nada. Essa é mais ou menos a quantidade de pessoas que circula por aqui no verão. Depois fomos até a Playa Brava (tem esse nome pois é banhada pelo Atlântico, já a Playa Mansa, do outro lado, é banhada pelo Rio da Prata) onde está a escultura “La Mano” de um escultor chileno. Segundo o artista, a mão mostra o homem barrando a poluição e protegendo a natureza e os 5 dedos seriam os 5 sentidos do ser humano. É uma escultura estranha, mas, de certa forma, bonita.


Dali fomos até os bairros famosos de Punta para conhecer os casarões de pessoas famosas, inclusive brasileiros ( a casa mais cara é do brasileiro dono da Grandene, aliás, a família dele toda tem casa lá!). Depois o guia nos levou a uma loja que vendia lindos xales de lã, mas eram muito caros para meu bolso, então fotografei as esculturas de dinossauros que enfeitavam o ateliê.
De lá fomos a uma lojinha de artesanato para irmos ao banheiro e beber água, além de podermos comprar algumas lembranças, o que não foi meu caso. O lugar era uma gracinha, então aproveitei para tirar muitas fotos!

Dali fomos ao lugar mais esperado para mim e para minha amiga: o Museu-casa Pueblo. É a casa e ateliê de Carlos Paez Vilaró, um pintor e escultor uruguaio que construiu sua casa como se fosse uma obra de arte. Linda! Lembra uma mistura de casas gregas e o estilo modernista de Gaudí. Demorou 36 anos para ficar pronta e há várias obras do artista expostas, além de obras de Picasso e Dalí que eram seus amigos.


Descobri que Vinícius de Moraes, também amigo de Vilaró, compôs aqui aquela famosa canção “A casa” quando ela ainda estava em construção. A música que diz:
“Era uma casa muito engraçada
não tinha teto, não tinha nada,
ninguém podia entrar nela, não,
porque na casa não tinha chão...”

O que eu não sabia era que o fim da música havia sido trocado. Ela não termina como conhecemos:
“mas era feita com muito esmero
na rua dos bobos, número zero”

Isso veio depois, o original é:
“mas era feita de pororó,
era a casa de Vilaró”




Apesar de eu não ser muito fã de Vinícius, achei bonitinho. De fato a casa é encantadora e hoje já tem teto e chão (ainda bem, pois quando chegamos estava chovendo) e cada escultura linda! Há uma lojinha lá dentro, mas tudo é caro demais. A entrada custa 120 pesos uruguaios (12 reais) e podemos fotografar tudo, inclusive com flash! Pena que o dia estava feio, pois fiquei sabendo que ali tem um dos pores de sol mais lindos da cidade!

De lá, o ônibus nos deixou no shopping de Punta pois queríamos comprar algo para comer no mercado e trocar mais um pouco de dinheiro. Adoramos o city tour que durou quase 5 horas! O guia era excelente e eu bem sei que isso faz toda a diferença (é só ler meu post sobre Brugges na Bélgica para constatar essa verdade).
O dia foi ótimo, apesar do frio e da chuvinha fina que aparecia de vez em quando, mas foi tudo muito divertido e fomos exatamente nos lugares que planejamos! Gostamos desse pacote de compra coletiva. Foi barato e valeu muito a pena ter conhecido Punta del Este, um lugar para onde eu dificilmente iria se não fosse dessa forma!

Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM SETEMBRO DE 2011
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