Sobre mim

Professora de formação. Viajante de coração.
Meus caminhos pelo mundo são feitos de história, poesia e felicidade. Descubro lugares e me descubro através das viagens.
Como diz o velho ditado: A gente só leva da vida a vida que a gente leva.

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sábado, 29 de maio de 2010

Verona, de Romeu e Julieta


olá, amigos!


Fiz mais uma reserva para a minha viagem! Dessa vez na cidade mais romântica da Itália: Verona! Descobri que a cidade imortalizada por Shakespeare em "Romeu e Julieta" tem um dos mais antigos anfiteatros do mundo, datado do século I d.c.!
Ele é simplesmente chamado de "Arena de Verona", fica na piazza central da cidade e foi palco de lutas entre gladiadores na época do império Romano. Também era palco de grandes espetáculos naquela época...e ainda é!

Descobri que entre julho e agosto ocorre, todos os anos, na cidade um festival de ópera. Claro que mais que depressa eu entrei no site http://www.arena.it/ e procurei para saber se haveria alguma apresentação nos dias em que eu estaria em Veneza. E havia! Dia 31 de julho vai ter "Aída", de Verdi. Mega produção! Fiquei super feliz e reservei um ingresso!
Já imaginaram eu ali, numa Arena do século I ( por onde já passaram gladiadores, imperadores, cristãos condenados à morte, peças de teatro antigas) assistindo a uma ópera composta no século XIX??

Ok, eu não entendo nada de ópera, provavelmente não vou entender uma palavra, pois será em italiano arcaico, mas sei que vou adorar! Só estar naquele lugar impregnado de tanta história vivendo esse momento já vale o ingresso!
E depois irei contar tudinho aqui...aguardem até 31 de julho!

Até breve!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Cenacolo Vinciano em Milão


Olá, amigos!

Esse título estranho do post se deve ao afresco da "Última ceia" de Leonardo da Vinci para o qual eu acabo de fazer reserva!
Na verdade, descobri, nas minhas andanças pela internet, que esse quadro fica em Milão, em uma igreja chamada Santa Maria delle Grazie (ok, eu também achava que ficava no Vaticano ou no Louvre, mas está em Milão!) e que para visitá-lo é preciso fazer reserva nesse site aqui ó:


Funciona da seguinte forma: cada dia possui alguns horários disponíveis para reserva e você só entra com o bilhete da reserva paga (na verdade você recebe um voucher por email que deve ser trocado na bilheteria 20 minutos antes do horário agendado). Não adianta chegar lá e tentar o "jeitinho brasileiro" sem reserva porque não cola. Só entram 25 pessoas de cada vez e só é possível ficar lá por 15 minutos, visto que é um afresco e que, embora já tenha sido restaurado inúmeras vezes, está se deteriorando a cada dia. A técnica do afresco consiste em pintar sobre o gesso ainda molhado, fazendo com que a pintura seja absorvida pelo gesso e fique impressa ali para sempre (teoricamente, é claro!). Fato é que esse tão famoso quadro do pintor da Monalisa corre o risco de deixar de existir em alguns anos e,como eu iria mesmo passar por Milão, não queria perder essa preciosidade artística e histórica!
Acontece que estarei em Milão por apenas 3 dias, por isso, passei mais de um mês entrando todos os dias no site para esperar abrirem as reservas para o mês de julho e hoje, finalmente, estavam abertas! Para minha sorte, dos três dias que estarei lá, um deles estava disponível e, mais do que depressa, reservei meu lugar para chegar mais perto da obra de DaVinci! É uma das poucas atrações pagas que irei em Milão, pois a maioria das atrações da cidade é cara e eu preferi optar pelos museus e igrejas gratuitos, já que Milão está no meu roteiro só por ser caminho para Veneza e não propriamente porque eu sonhava em conhecê-la.

De qualquer maneira, estou curtindo a ideia de ver uma obra tão famosa e que foi pintada há tanto tempo e tem tanta história...aliás, essa viagem será basicamente histórica e cultural. Estou indo ao velho continente em busca de história e cultura e, um pouco, em busca de mim mesma, pois a cada viagem, me encontro mais comigo e me descubro uma pessoa melhor.
Até breve!

domingo, 2 de maio de 2010

Planejar já é viajar!


Olá, amigos!


Outro dia eu estava lendo o blog da minha querida Mári Campos (http://pelo-mundo.blogspot.com/) e ali ela comentou que era muito mais fácil planejar a viagem dos amigos que a nossa própria viagem. E é verdade!

Eu estou aqui há meses às voltas com guias, mapas, revistas, dicas de blogs, orkut e outros e ainda não consegui fechar completamente a minha viagem. Sempre aparece um lugar interessante para incluir, uma cidade que fica "no caminho" e que não posso perder, ou ainda uma barbada que, pelo preço, eu "preciso" incluir no meu roteiro!
Isso sem falar na hospedagem...cada vez que me decido por algum apartamento, albergue ou hotel, surge outro que parece mais bem localizado por um preço melhor...como é árdua a tarefa de planejar uma viagem longa! Contudo, é também prazerosa, pois a medida que vou planejando, vou viajando um pouco naqueles novos costumes, naquelas novas cidades, naquelas novas paisagens e vou acumulando um conhecimento que curso nenhum seria capaz de me dar!
Eu já pré-defini 3 países pelos quais pretendo passar, as cidades que vou visitar nesses países e agora a minha mais nova atribuição tem sido definir o que fazer em cada dia de viagem. É lógico que isso é só para ter uma base, não quer dizer, necessariamente, que eu tenha que ir àqueles lugares naqueles dias, mas isso me ajuda a planejar melhor meu tempo para que não haja erros, como por exemplo, ir visitar o Louvre numa terça-feira que é o dia em que está fechado!
É claro que quero ter lá minhas surpresas durante a viagem, mas há tanto para ver em tão pouco tempo que, sem um roteiro, fica impossível extrair o melhor das cidades!
Isso porque eu nem mencionei os deslocamentos, que, aliás, serão todos de trem. Por dois motivos: primeiro pela facilidade de se ir a qualquer cidade europeia de trem, coisa que não temos no Brasil e segundo, porque eu não sou muito amiga da invenção de Santos Dumont. Tenho um certo medo de avião, então, se posso evitá-lo, por que não fazê-lo?
Só que nos meus planejamentos já andei olhando sites de horários de trem, o que me levou a ter de sacrificar um dos dias em que eu ficaria em Cinque Terre (eram 3, agora serão apenas 2), já que não havia horário disponível para que eu chegasse em Paris numa hora em que os metrôs ainda estivessem funcionando.
Aliás, essa minha história com Cinque Terre é estranha. As cinco vilas ficam na Riviera Italiana, na região da Ligúria, e são eminentemente cidades de praia. Eu, que sempre tive aversão a sol e areia, de repente, me vi incluindo essas vilas no meu roteiro de viagem. O motivo eu não sei dizer exatamente, mas me apaixonei pela descrição do lugar quando li uma reportagem em uma revista de turismo. As fotos daquelas casinhas coloridas penduradas no morro, com o mar ali embaixo, me deram vontade de ver de perto esse lugar que muitos chamam de paraíso. E mais: existe uma trilha de 9 km que liga as cinco vilas e pretendo fazer a primeira parte desse percurso, que liga Riomaggiore a Manarola, que é o pedaço chamado de "trilha do amor". Justo eu que sempre detestei trilhas!
É, parece que viajar abre mais que apenas nossos horizontes...faz com que façamos coisas antes inimagináveis e nos torna pessoas diferentes. Acho que isso sim é o grande aprendizado da viagem: poder fazer aquilo que eu jamais pensaria em fazer e provavelmente...gostar!


Até a próxima!

sábado, 27 de março de 2010

Conservatória, meu amor

Olá, amigos!

Sei que ando meio sumida e não posto há algum tempo, mas andei meio sem vontade de escrever depois do término da minha última relação amorosa (?)...enfim, passada a tempestade, veio a bonança! E veio em forma de viagem!
Resolvi comemorar meu aniversário em um dos lugares que mais amo: Conservatória!
Ganhei a viagem de presente e no dia 5 de março, sexta-feira, embarcamos eu, minha mãe e minha tia rumo aquele pedacinho do céu!

Essa viagem foi diferente de todas as outras que eu já fizera antes (acho que já fui umas 10 vezes a Conservatória) pois dessa vez eu estava sem carro! E fomos até lá de ônibus! Eu descobri que existe um ônibus direto que sai da Rodoviária Novo Rio, mas ele só sai às 20h15 de sexta-feira (é o único horário!!) e como eu não queria perder a seresta e a serenata de sexta à noite, tive que arrumar outro jeito de ir pra lá.
Pesquisei, pesquisei (viva a internet!) e descobri que a Viação Normandy nos levaria até Barra do Paraí e, de lá, pegaríamos outro ônibus até Conservatória. Pois bem. O processo foi simples:
Chegamos na Rodoviária na sexta de manhã e compramos a passagem para Barra do Piraí por R$ 34,00. Aproveitamos e já compramos a volta também! Há um ônibus direto de Conservatória para o Rio que sai aos domingos às 16h. Esse custou R$ 30,00.

A viagem até Barra do Piraí demorou umas 2h30, com direito a uma paradinha de 10 minutos em Piraí (cuidado pra não descer no lugar errado! A primeira parada é em Piraí e não em Barra! E é apenas para desembarque). Ao chegarmos no nosso destino, atravessamos a pequena rodoviária e compramos o bilhete para Conservatória pela Viação Barra do Piraí ( o nome é pomposo, mas é um ônibusinho bem comum. Quem tem passagem comprada, entra pela porta da frente, mostra a passagem ao motorista e senta no lugar marcado, quem não tem a passagem e vai pagar direto com o trocador, entra pela porta de trás) e esperamos que ele conseguisse atravessar o trânsito caótico da cidade (é incrível como certas cidades pequenas têm tráfego de cidade grande!) e nos acomodamos, pois a viagem demoraria mais 1h.
Enfim, chegamos a pequena rodoviária de Conservatória, que não mudou nada (que bom!) e que fica quase em frente ao local onde sempre nos hospedamos: A Pousada Martinez.
Só em respirar o ar de Conservatória parece que os pulmões já percebem que há algo diferente; a oxigenação do cérebro melhora e, incrivelmente, os problemas do dia a dia somem, como num passe de mágica!
Passeamos pela praça da cidade, pela rua que vem e pela rua que vai (já mencionei nesse blog que Conservatória só tem duas ruas, né?), fomos à belíssima Casa do Poeta, onde o Moa continua nos recebendo com o carinho de sempre e seus lindos versos! Passeamos, passeamos, passeamos e descobrimos, com alguma tristeza, que o Museu da Seresta foi fechado pela defesa civil. Agora os seresteiros se encontram na Casa da Cultura, que fica perto da Igreja, ao lado do cine-teatro e da escola Estadual. A seresta daquela sexta estava lotada, mas São Pedro não estava de muito bom humor, pois chovia a cântaros lá fora! Na hora de sair para a serenata (23h) os seresteiros foram e até tentaram sair cantando pela cidade, como costumam fazer, mas debaixo de chuva ficava impraticável!
Voltamos para a pousada com a sensação de que, interditando o Museu da Seresta, o movimento ficou meio órfão. Parece que nem todos os seresteiros aderiram à ideia de cantar na casa da Cultura...sentimos falta de algumas figuras ilustres de Conservatória, mas tínhamos a esperança de que no sábado tudo voltaria ao normal...
Acordamos cedo e fomos tomar café da manhã esperando encontrar o que sempre encontramos: música! Qual não foi a nossa surpresa quando descobrimos que naquela manhã não tinha nem o Ronaldinho do Cavaquinho, nem o Pedro Quinane e nem o Dehon alegrando nossa manhã...
É, Conservatória parecia sutilmente diferente das outras vezes...e eu começava a me incomodar com isso, afinal, ali é o meu paraíso!
Saímos para umas comprinhas e um passeio pela cidade. As mesmas lojas, a mesma hospitalidade, música pelas esquinas...É, parece que nem tudo está tão diferente assim. Ainda há uma esperança!
Resolvemos conhecer a tal Casa da Cultura, afinal, ela tem um acervo e não é só ponto de encontro dos seresteiros.
Há belas esculturas...


...um quadro dos irmãos José Borges e Joubert...

...aparelhos de som bem antigos...
...até um fuso, igual ao da Bela Adormecida...

Fomos para a pousada descansar e eu acordei com o barulho da chuva lá fora...o céu caia em forma de água! Chovia muito e, naquele momento, tive a sensação de que a serenata daquela noite estava definitivamente cancelada. Mas como somos brasileiras (e não desistimos nunca!), nos encaminhamos à casa da Cultura, quando a chuva deu uma trégua.
Só tínhamos nós! Durante mais de 30 minutos ficamos lá, só nós, e um casal de senhores cujo marido canta na seresta. Só lá pelas 21h15 as pessoas foram chegando timidamente...e lá pelas 22h o local estava cheio e a seresta aconteceu lindamente! Mais linda ainda porque descobrimos que há um novo movimento na cidade que ensina os jovens a tocar alguns instrumentos para que a serenata não morra! Achei lindo! Meninos muito jovenzinhos, com uns 12 a 14 anos, já conhecendo música boa e tocando lindamente! Dava gosto de ver!


Lá pelas 23h São Pedro deu uma trégua e saímos em serenata! Foi tão bonito! Como eu gosto de estar lá! Como aquele lugar me faz bem! Cantamos durante quase duas horas! Depois dormimos leves e felizes! No dia seguinte, surpresa! Tinha música no café da manhã! Estavam lá o Ronaldinho do Cavaquinho e o Dehon! Foi ótimo! Apesar de eu já conhecer as histórias deles há anos, adoro ouvi-los pela manhã. Faz bem pra alma!
Depois, saímos para a Solarata, um movimento um pouco diferente da serenata, não apenas pelo horário, mas pelo tipo de música que é tocado. Na solarata vale todo tipo de música (boa, que fique claro!) desde Vicente Celestino até Zeca Pagodinho! Foi divertido!
Almoçamos no Dó, Ré, Mi um escondidinho de aipim com carne seca que era dos deuses! Melhor só o da minha tia!
Fizemos check-out na pousada e pegamos o ônibus ali em frente as 16h. Três horas depois estávamos na Rodoviária Novo Rio.
Vivi um Fim de semana maravilhoso, em um lugar maravilhoso, com pessoas maravilhosas! E percebi como é simples ser feliz! Por que o ser humano complica tanto?

Até breve!

VIAGEM REALIZADA EM MARÇO DE 2010

Em tempo: Voltei a Conservatória em 2013 e a não é mais a viação Normandy e sim a viação Útil que faz o trajeto até lá. 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Viagenzinha à Paquetá (Sendo turista na própria cidade)

Olá, amigos!

No último carnaval, tudo o que eu queria era paz! Queria fugir do burburinho e da confusão da minha rua, onde há uma quadra de escola de samba do Grupo especial do Rio de Janeiro, então eu e meus amigos fomos passear em Paquetá, uma ilha que fica na Baía de Guanabara, a 1h10 do Centro do RJ.
O dia amanheceu chuvoso e até pensamos em desistir do passeio, mas havíamos combinado esse piquenique há mais de um ano e, da última vez que tentamos, nos frustramos por não termos conseguido ir. Então decidimos que uma chuvinha não nos deteria! Pegamos a barca na Praça XV as 10h30 da manhã (4,50 reais a passagem de ida) e concordamos em fazer desse um passeio verdadeiramente delicioso!
Esses aí embaixo são meus amigos na barca. Fizemos uma baguncinha na proa da barca...

...passamos por baixo da Ponte Rio-Niterói que tem 14 km de comprimento e 36 anos de construção...



...e finalmente chegamos à ilha de Paquetá, que tem apenas 400 habitantes fixos, mas que pode chegar a 3000 pessoas nos fins de semana e feriados prolongados...


Logo que chegamos, fomos ao Parque Ecológico de Paquetá, um belo parque com entrada grátis que fica na ponta esquerda da ilha. Ali sentamos em alguns bancos e fizemos nosso piquenique...e, claro, tiramos fotos! Aliás, o lugar, apesar do dia estar nublado, era lindo! E valia a pena tirar fotos com aquele belo cenário ao fundo...
Após a comilança, tínhamos que gastar aquele monte de calorias ingeridas, então resolvemos andar pela ilha. Andamos, andamos e andamos! Não satisfeitos, resolvemos fazer uma pequena trilha que leva a um belo mirante, muito usado pelos namorados. Subimos e apreciamos a linda vista...





Depois que descemos do mirante, continuamos passeando para ver outros pontos turísticos de Paquetá, como a estátua de golfinhos...


...que fica bem em frente à casa que pertenceu a José Bonifácio, o patrono da Independência...


...outro lugar muito bonito foi um caramanchão de pedra que encontramos pelo caminho...


...Há também pedalinhos em forma de cisne para quem quiser se aventurar a pedalar nas águas na Baía de Guanabara. Pessoalmente, eu não aconselho, a não ser que seu sonho de consumo em uma viagem seja voltar para casa com hepatite. Mas que os pedalinhos são lindinhos, isso são!



Foi em Paquetá que Joaquim Manoel de Macedo ambientou seu famoso livro "A moreninha" (que também virou novela da Globo). E assim como a catedral de Notre Dame ficou famosa pelo corcunda Quasímodo ou as ruas de Verona ficaram famosas por serem o cenário dos apaixonados Romeu e Julieta, Paquetá também tem seu local famoso, que salta da literatura para a realidade e que é conhecido como "A pedra da Moreninha", onde a protagonista Carolina espera pelo seu amado Augusto. O autor explica, no livro, a origem de uma fonte de águas cristalinas que teria existido ali até o século XIX. É uma história baseada em uma lenda indígena e também conta a origem do local que é hoje conhecido como "O túnel do Amor"...



...passando por esse pequeno e estreito túnel chega-se à praia conhecida como "Praia da Moreninha"...


...ao lado há uma pequena trilha (mais uma! Pra quem não gosta de trilhas, duas no mesmo dia está de bom tamanho!) que leva ao topo da pedra...



...mas só se chega ao topo, de fato, depois de passar por uma sinistra ponte de madeira que, pelo estado em que se encontra, deve ser do tempo que Joaquim Manoel de Macedo escreveu o livro. Enfim, depois do sacrifício, a vista vale a pena!...




Depois dessa meia-maratona de subidas e descidas, ainda nos faltava ver metade da ilha (e eu que achava que ela era pequena...), então resolvemos fazer um passeio de charrete (50 reais para 40 minutos de passeio. O preço é por passeio e não por pessoa!), aliás, um dos poucos meios de transporte que existem por lá. Ela só compete com o cavalo e a bicicleta, já que carros e ônibus não existem na cidade.
Descobrimos alguns lugares interessantes, com casinhas singelas de varandas floridas...



...pracinhas arborizadas com mesas para jogar damas...



...um cemitério de pássaros...


...e a lenda do baobá, que é uma árvore centenária apelidada de "Maria Gorda". Diz a lenda:
"Sorte por longo prazo
a quem me beija e respeita
Mas sete anos de atraso
a cada maldade a mim feita"


Achamos a cidade toda muito bucólica e interessante, ótima para o passeio de uma tarde, principalmente porque o dia estava relativamente fresco e pudemos passear bastante sem nos cansar muito.


Ás 17h30 há uma barca de volta e foi essa que pegamos. O dia foi muito divertido! É muito bom poder passar um dia feliz com pessoas que eu amo e que sei que me amam também. Amigos são um bem precioso na vida e Deus me brindou com alguns muito especiais! Afinal, amigos são os irmãos que escolhemos!

Até breve!

VIAGEM REALIZADA EM FEVEREIRO DE 2010

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A emoção vinda por E-mail

Ciao, amigos!

Planeja daqui, planeja de lá e eu aqui às voltas com guias de viagem, revistas sobre viagem, comunidades de viagem no orkut, blogs de viagem, sites de turismo de cidades interessantes, enfim, uma infinidade de informações que serão fundamentais para minha nova empreitada no velho continente.
Mas nada me deixou tão emocionada até agora do que fazer minha reserva em um hotelzinho de Veneza! Pois é...Veneza! Meu sonho em forma de cidade! Há anos sonho em visitá-la, em conhecê-la, em desbravá-la.
Quero andar pelas suas ruas labirínticas e me perder e me achar nessa cidade que é, na minha opinião, a mais romântica do mundo! Quero cruzar seus canais, suas pontes, respirar o aroma de seus mercados, andar de gôndola ouvindo um gondoleiro veneziano cantar desafinado e achar lindo! Quero entrar em suas igrejas, descobrir seus segredos, visitar seus museus e tomar um belline no Harry's Bar!
Quero me sentar ao pôr do sol na piazza San Marco e apenas observar...quero perceber o quanto a vida vale a pena, porque quem vai até Veneza (tenho certeza disso!) descobre que valeu a pena ter vivido para poder testemunhar essa maravilha de cidade e descobre como é simples ser feliz! Quem vai até Veneza deve ter a certeza de que o ser humano ainda tem jeito, pois foi capaz de criar algo tão belo e tão único e de perpetuar essa criação por mais de 1000 anos!
E hoje me senti mais perto de tudo isso quando recebi o email dizendo que minha reserva estava confirmada! Estarei ao lado da Piazza de San Marco que durante tantos anos povoou meu imaginário e me fez sorrir...Não dá para descrever como fiquei emocionada! Sei que parece meio ridículo, porém, para quem acalenta o desejo de conhecer essa cidade há mais de 25 anos, isso significa mais um passo rumo a esse sonho...mais um degrau galgado...em breve terei subido a escada inteira e lá de cima dela (e da Torre do Campanário) irei sorrir e dizer: "Veneza é mesmo tudo o que eu achei que fosse!"

Arrivereci!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Erros que acontecem...

Hola!!

Finalmente, depois de quase um mês, vou postar sobre minha última viagem a Buenos Aires, em janeiro de 2010. Na verdade, ela foi inesquecível, mas não no bom sentido da palavra e sim no pior de todos os significados: ela foi inesquecível porque eu estava muito mal acompanhada!
E não falo aqui da minha mãe e das minhas tias, que também foram a esse passeio e que são sempre companhias muito agradáveis. Falo de um certo cidadão que tive o desprazer de namorar por alguns meses e que cometi a burrice de levar comigo nessa viagem. O que prometia ser um sonho se tornou meu pior pesadelo!

Enfim, falemos do que interessa...
Buenos Aires continua linda! E quente! Aquele calor seco tão peculiar à cidade portenha. As praças continuam de um verde singular e o céu, de um azul invejável! Alguns monumentos estão sendo restaurados e os argentinos continuam muito simpáticos "con nosostros". Nada tenho a reclamar da cidade que, por duas vezes, me recebeu tão bem! Pelo contrário! Buenos Aires, para mim, é uma cidade que só merece elogios. É claro que ela tem seus problemas, como toda cidade grande, mas ainda preserva aquele ar "europeu" dentro da América do Sul.

Quando estávamos lá, presenciamos a morte de um cantor famoso chamado Sandro, el Gitano. Era uma espécie de Roberto Carlos portenho. A comoção nacional foi grande e ele foi velado no Congresso Nacional, bem perto de onde estávamos hospedados.
Dessa vez fiquei em um hotel de verdade: O Ibis-Congresso. Gosto dessa rede de hotéis. São todos limpos, bem cuidados, com atendimento simpático e, principalmente, bem localizados! Há um outro Ibis na avenida Corrientes ( a "Brodway portenha") bem em frente aos teatros e perto do Obelisco. Acho que, da próxima vez, ficarei lá. É mais movimentado. Não que a localização do Congresso seja ruim. Em absoluto!! Acontece que, à noite, há muitos mendigos e pedintes e eu, como carioca que sou, não quero ter de conviver com essa realidade tão de perto nas minhas viagens, afinal convivo com isso diariamente no bairro onde moro e, infelizmente, nada posso fazer para melhorar a vida dessas pessoas.
Aqui no Rio a gente acaba aprendendo a conviver com essas mazelas socais, o que não impede o carioca de ter cada vez mais medo de sair às ruas à noite...

Mas enfim, voltemos a Buenos Aires!!

Fui a poucos lugares diferentes dos do ano passado, mas três deles me chamaram a atenção:

1- O Museu Hispanoamericamo Fernández Blanco (calle Suipacha, 1422), que conta a história das várias civilizações de língua hispânica na América do Sul e cujo acervo belíssimo (!!) não pode ser fotografado...Tirei apenas fotos do jardim.
Esse museu é muito bonito, fica na Recoleta e se você saltar do metrô na Plaza Itália e tiver um mapa na mão, consegue chegar lá a pé.


2- O Palácio de Águas Corrientes (Avenida Riobamba, 750), que foi construído para ser o reservatório de água da cidade no século XIX e que parece mesmo um palácio visto de fora. Hoje em dia ele funciona como a "Cedae" aqui do Rio de Janeiro, mas vale a pena visitar pois é gratuito. Funciona de segunda a sexta de 9h as 12h e as 11h (segundas, quartas e sextas) há uma visita guiada muito interessante!


3- O museu de Arte do Tigre. Esse era um palácio que foi transformado em museu belíssimo e que só é possível acessar com guia, pois fica muito longe de tudo. Fomos com o Pablo, nosso incrível e simpático guia portenho. Eu já o conhecia desde a outra viagem e, dessa vez, contratei os serviços dele não apenas de guia no passeio do Tigre, mas de translado do aeroporto também. Excelente! Recomendadíssimo!

Pablo Blacher
Buenos Aires Trip
Desde el exterior Cel (54) 911-61471367
Desde Argentina Cel 1561471367
http://www.buenosaires-viajes.com.ar
Para consulta online no MSN: infobuenosairestrip@hotmail.com
(só lembrando que esse blog não recebe nada para fazer propaganda do Pablo, mas como ele é meu amigo e gosto dos serviços dele, faço isso de graça numa boa!)



Uma dica pra quem vai a Buenos Aires no verão:
A cidade agora tem um ônibus turístico, do mesmo estilo que eu peguei na Europa, no qual você pode descer e subir quantas vezes quiser durante o dia. Custa 50 pesos por pessoa para 1 dia e 60 pesos para 2 dias. No entanto, não compensa pegar esse ônibus! Pelo menos, não no verão! As filas são gigantescas e você pode perder até 2 horas esperando nelas. Sinceramente, tempo é o que não se tem para perder em qualquer viagem, portanto não aconselho a pegar esse ônibus, a não ser que sua intenção seja a de fazer o tour completo (em média 3 horas), ter uma visão geral da cidade e de seus pontos turísticos principais e escolher um deles para saltar durante o segundo tour e não pegar mais o ônibus! Caso contrário, é estresse na certa!

Fora esses três lugares diferentes que citei acima, fui aos outros lugares já conhecidos e descritos por mim neste blog: A Floralis Generica; A livraria El Ateneo; o tango do Café Tortoni; A casa Rosada, o Rosedal...lugares que foram muito mais divertidos de serem visitados ano passado sozinha ou com a galera do curso.

Contudo, entre brigas, lágrimas e arrependimentos, acho que consegui extrair o melhor de Buenos Aires que me foi permitido. Até porque a gente só sabe que determinadas pessoas não prestam quando se convive com elas e, principalmente, quando se viaja com elas! Bem que eu li em um dos tantos livros de viagem que "viajar junto com alguém pode consolidar ou destruir um relacionamento". E pode mesmo!

Porém, Buenos Aires estará sempre ali, a 3 horas de distância, pronta para me receber novamente com todo o seu carinho no próximo ano em que eu decidir ir para lá, afinal, sendo tão perto e tão barata, não vai ser difícil eu querer voltar muitas e muitas vezes, principalmente para fazer o que ficou pendente nessa viagem e para ratificar o ditado "antes só do que mal acompanhada", pois de uma coisa eu tenho certeza: mesmo que eu viaje sozinha, serei sempre minha melhor companhia!

Hasta Luego!

VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2010

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Os tetos de Paris

Bonjour!

Acho que nunca olhei tanto para cima quanto nesses dias em que estive em Paris. Em cada lugar que eu entrava me deparava com tetos de tirar o fôlego! O Louvre bateu o record! Em cada sala uma surpresa! E na Gallerie D'Appolon (uma sala enorme da ala Sully) os tetos mais esplêndidos que já vi na vida! Saí de lá com torcicolo e com a sensação de que, ainda que não houvesse nenhum quadro ou escultura dentro do museu, só os seus tetos já seriam a atração!






Salão de Festas do Musée D'Orsay...



Entrada da Basílica e Sacre-Coeur...



O teto modernista do Centro Georges POmpidou...



Pantheón...



A Notre Dame à noite...


O teto do Arco do Triunfo...


Olhar para cima é imperativo em Paris, seja dentro ou fora, pois, ao sairmos desses belos museus, também somos brindados com céu azul e, por vezes, rosa, fazendo com que eu entenda perfeitamente a música cantada por Edith Piaf, "La vie en Rose".



A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO DE 2009

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O céu é o limite!


Bonjour!

Eu já sabia disso mesmo antes de viajar, mas depois que eu voltei, tive certeza! Fui picada pelo inseto da viagem! Não consigo mais fazer planos para o futuro sem incluir viagens nesses planos! E a cada viagem que se aproxima e que eu imagino que será a última (pelo menos por algum tempo)já estou planejando outra e outra e outra! Até a lugares que, há pouquíssimo tempo, eu jamais sonhava em conhecer!
Eu tinha a vã ideia de que depois que eu conhecesse os países que me interessavam no mundo (uma lista de 6 ou 7) eu pararia com esse desespero de querer viajar a toda hora, contudo, tenho percebido que essa lista aumenta a cada dia! Agora já são 12 os países que sonho conhecer, e tenho certeza de que daqui a alguns meses eles serão 18 ou 24 e assim por diante!
Até os EUA que nunca haviam entrado na minha lista, já começam a figurar no fim dela através da cidade de Nova York. Em breve é capaz até de países da Ásia estarem ali presentes!

O que eu sei é que tenho de aproveitar essa época em que sou relativamente jovem, tenho tempo e consigo juntar algum dinheiro para realizar esses sonhos mesmo que de forma bem modesta. Sei que isso não vai durar para sempre e sei que sentirei saudades quando essa fase passar, mas uma coisa que eu aprendi com a idade é justamente a aproveitar o dia que estou vivendo, em vez de lamentar o que não consegui viver!

Porém uma das coisas que eu acho mais interessante de viajar é estudar, com antecedência, sobre os lugares para os quais quero ir. Isso faz com que, não só eu saiba evitar certas roubadas nas viagens, como também me faz aproveitar a viagem antes mesmo dela começar de fato, pois a viagem, na verdade, começa quando sonhamos em fazê-la. É ali que ela nasce e, qual feto dentro do útero, ela vai sendo gestada e vai se desenvolvendo até nascer como uma viagem palpável e real!
Dentro dessa metáfora posso dizer que ando muito grávida ultimamente! E acho que são gêmeos!

A Bientôt!

sábado, 19 de setembro de 2009

E o barquinho vai...

Bonjour!

Um dos passeios mais interessantes que fiz em Paris foi o passeio dos Bateaux Mouches. São barcos tipicamente turísticos que dão a volta pelo rio Sena. Existem 3 companhias que fazem o percurso e conheci duas delas: A Bateaux Mouches, que sai da Ponte de L'Alma, pertinho da Torre Eiffel e a Bateaux Parisiens, que sai da Notre Dame. O passeio simples de 1 hora, sem refeição, custa 11 euros e, no verão, os barcos saem a cada 15 minutos e o último sai às 23h.



O dia estava lindo e ensolarado. Aliás, fazia muito calor em Paris nesse dia e resolvemos pegar o barco às 17h, quando, teoricamente, o sol já está mais baixo...lêdo engano! Esquecemos que era verão na Europa e o sol só se põe as 21h30, portanto, às 17h ainda tinha um sol alto no céu! Contudo, a brisa tornava o calor perfeitamente suportável e a paisagem fazia com que a gente se sentisse dentro de um desses filmes de Hollywood.
O barco passa pelos pontos mais conhecidos ao longo do rio. Parace até um tanto banal, lendo assim, mas a sensação de estar em Paris, passeando pelo rio Sena é indescritível! Por mais clichê que possa parecer, é um passeio imprescindível para quem vai à cidade, principalmente para quem vai passar pouco tempo, pois dali dá para se ter uma exata ideia da dimensão da Paris Turística e dá para a gente realmente "ver" Paris! A cada metro a gente vai se deparando com uma paisagem de cartão postal...A Ponte Alexander III...



O Louvre...O Musée D'Orsay...A Conciérgerie...



De repente, surge por trás das árvores a majestosa Notre Dame!


...e para coroar o passeio não poderia faltar o ícone maior: A Torre Eiffel! Vista de todos os ângulos possíveis!

Feito à noite o passeio ganha uma aura ainda mais romântica e é muito bonito ver todos aqueles monumentos iluminados. Não é à toa que Paris é conhecida como cidade-luz! Tudo ali reluz, seja ao sol forte de cinco da tarde ou ao luar que desce mansamente sobre o rio mostrando a lua em plena luz do dia!
Ver Paris de dentro de um cartão postal é senti-la em sua essência, é " acreditar que o mundo é perfeito e que todas as pessoas são felizes", como diria Renato Russo.

A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO DE 2009

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Uma igreja que me levou a Paris

Bonjour!

Há muitos anos, quando eu ainda era adolescente, me caiu nas mãos um livro de capa dura que era um clássico da literatura mundial: "O corcunda de Notre Dame". Eu começei a ler, um tanto desconfiada, pois naquela época, eu ainda não tinha a paixão que tenho hoje pela literatura e chamar um livro de clássico era algo que, definitivamente, espantaria da leitura qualquer adolescente, minimamente, rebelde.
Contudo, começei a ler o livro e, apesar da linguagem ser um tanto estranha para mim, pois continha palavras difíceis e pouco usadas, à medida que eu ia lendo, ia me apaixonando pela história. Em pouco tempo lá estava eu chorando por Quasímodo e torcendo para que ele conseguisse viver seu amor com Esmeralda, embora eu (mesmo sendo uma adolescente romântica) soubesse que era impossível.
O livro terminou, enxuguei as lágrimas e passei algum tempo absorvendo toda aquela linda história de amor. Depois de alguns anos me peguei estudando sobre a catedral que fora o palco dos protagonistas, descobrindo que ela é uma da catedrais mais antigas de Paris em estilo gótico. Aliás, graças a ela, eu aprendi o que era "estilo gótico".
E foi assim, tomada por esse sentimento quase literário, que fui à Paris esse ano e escolhi ficar hospedada em um apartamento bem perto da Notre Dame.
No primeiro dia, depois de desfazermos as malas, ela foi o primeira coisa que eu quis ver na cidade. Torre Eiffel? Arco do Triunfo? Ah, isso fica para o dia seguinte! O primeiro dia é o dia dela! A igreja que me levou até Paris.
Foi assim, meio sem querer, que nos deparamos com ela, ali, imponente e com todo o seu esplendor! Eu sabia que ela era bonita, mas chegar perto da Notre Dame e observar seus detalhes era algo realmente mágico!


Fomos nos aproximando da entrada, e ali estava o portal que simboliza o juízo final. Simplesmente lindo!


Entramos e, logicamente, como não poderia deixar de ser, ela estava lotada! Um pé direito gigantesco! A nave central tem nada menos que 69 metros de altura! E lá em cima: A Rosácea! Tão famosa quanto Quasímodo, aquele vitral é de deslumbrar qualquer mortal!


Demos uma volta por dentro da Igreja e lá encontramos vitrais de cair o queixo...


...candelabros antigos que, embora não sejam mais usados, ainda estão ali preservados...


...maquetes da Igreja (mais tarde eu viria a descobrir a paixão dos franceses por maquetes de seus monumentos)...


...sem falar na aura de mistério, respeito e serenidade que o lugar passa!
Nos dias em que estive em Paris eu sempre dava um jeito de passar na frente da Notre Dame fosse para onde fosse. E na volta, também!
Acabei tirando foto dela de todos os ângulos possíveis...



....e em todos os horários...


Descobri que Paris foi fundada ali em frente, onde há o "marco zero", que é de onde partem todas as medidas da cidade.


Descobri também que ali na frente era um dos locais preferidos dos artistas de rua exporem sua arte e ganharem um trocado...





No último dia, resolvi encarar os 387 degraus e ir ver os gárgulas de perto! Descobri, inclusive, que isso que chamamos de gárgula, na verdade são "quimeras" e só foram colacadas lá em cima no século XIX.


Os gárgulas mesmo, que são da época da fundação da igreja, são aquelas cabeças usadas para escoar a água e, em tempos de guerra, serviam para despejar óleo quente sobre os inimigos.


A subida não é fácil. A escada é pequena, em formato de caracol e a cada etapa, vai ficando mais e mais estreita. Dei a sorte de ser a última do meu grupo (só se pode subir em grupos de 20 pessoas a cada 10 minutos, pois não há espaço para mais do que isso lá no alto)e isso me permitia subir no ritmo que eu quisesse, pois não havia ninguém atrás de mim. Também me permitia olhar aquela escada com mais calma, tocar nas pedras, observar pelas frestas. A cada etapa vencida, um suspiro de felicidade! São três etapas. A primeira de uns 150 degraus leva até a loja, onde há várias lembrancinhas para serem adquiridas.
A segunda, com mais uns 150 degraus, leva até o meio da Igreja, de onde se tem uma vista belíssima e de onde se pode tirar fotos dos gárgulas (ops, quimeras!).


Ali também pode-se entrar em uma portinha para ver o sino maior, chamado de Emmanuel. Aquele mesmo que Quasímodo tocara até ficar surdo!


Mais uns 87 degraus e chega-se ao topo! Dali pode-se ver toda a cidade. A vista é algo deslumbrante! Principalmente para quem leu o livro!


Olhando para baixo é possível ver a praça de onde Quasímodo salva Esmeralda da morte...


O rio sena está ali também e ao longe, a Torre Eiffel, que obviamente não existia no tempo em que Victor Hugo escreveu seu clássico, mas que se harmoniza perfeitamente com a paisagem. Dali de cima da Notre Dame, no último dia de viagem, eu tinha realmente a sensação de que eu estava em Paris!


Fiquei o máximo de tempo permitido. Tirei fotos. Muitas. Mas também guardei lembranças. Sensações que foto nenhuma seria capaz de registrar. Guardei aquele momento de mergulho no tempo, de mergulho na literatura, de mergulho na minha profissão, de lembrança das aulas de história e de lamento por nunca nenhum professor ter me feito ver a história como ela realmente é: viva!
Guardei aquele momento de alegria por me sentir uma professora competente, por mostrar aos meus alunos que um livro, um simples livro, pode ser capaz de transformar a nossa vida e nos transformar como seres humanos!
Desci daquela torre diferente. Não sei explicar o que mudara, mas algo se modificara. Algo que, um dia, foi sonho, acabara de se tornar realidade e isso trazia um novo sentido a tudo!
Á noite, indo me despedir de Notre Dame, pois seria a última vez que eu iria vê-la nessa viagem, havia um show diferente na frente de seus portões. Duas moças que dançavam dança cigana estavam ali se apresentando. Olhei para a mais morena delas e foi inevitável perceber...era a Esmeralda! Em outro tempo, de outra maneira, mas ela estava ali, fechando um ciclo que eu começara aos 14 anos, quando li pela primeira vez "O corcunda de Notre Dame"...

...Certamente, lá de cima, Quasímodo a estava observando...



A Bientôt!

VIAGEM REALIZADA EM AGOSTO DE 2009
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